Capítulo V: Aliado inesperado.

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Aurora tentou guardar o segredo de sua aparatação ilegal e os cadernos ganhos pelo garoto fantasma para si mesma. Ela realmente tentou. Mas veja bem, a garota tinha um problema enorme de não conseguir esconder segredos por muito tempo, principalmente quando isso envolvia esconder algo de seus melhores amigos.

O resto da semana passou muito bem ( a pegadinha com Moody realmente havia  valido a pena), e Aurora quase conseguiu passar os míseros sete dias da semana sem contar a Maya ou Draco sobre os cadernos que ela achou na casa em ruínas.

Quase.

Ênfase no quase.

Foi na sexta-feira, depois de um longo dia estudando e tentando entender as novas fórmulas de aritmancia. Maya havia ido passear com umas Lufanas do quinto ano e Draco e Aurora resolveram passar o tempo na torre da Grifinória.

Os dois estavam sentados em uma das poltronas, conversando sobre feitiços ilegais além das imperdoáveis. Aurora começou a ficar obcecada pelo assunto, talvez fosse o medo se transformando em curiosidade.

— Mas Dora diz que a parte mais difícil foi aprender a aparatar — Draco espreguiçou-se e afundou mais ainda no sofá. Hermione, Ron e Harry desapareceram aquela tarde, então eram somente Draco e Aurora.

— Aparatar não é difícil, você sabe — Aurora disse sem nem mesmo perceber. E assim que proferiu as palavras, sentiu uma enorme vontade de prender sua boca com fita.

Draco se inclinou sobre a poltrona, com um olhar desconfiado no rosto. Droga, o maldito conhecia muito bem Aurora, ele certamente estava pensando em várias possibilidades para a garota ter falado aquilo. Draco aprendeu que tudo que Aurora falava não era por acaso.

— E como você sabe disso? — perguntou, cauteloso.

Aurora tentou fazer com que não falasse nada. Ela quase levou às mãos à boca para se impedir de falar qualquer coisa comprometedora. Mas ela não podia mentir para Draco.... Não quando o primo o encarava daquela forma que fazia ela querer guarda-lo num pote e protegê-lo do mundo....

— Ah, porque eu aparatei várias vezes esse verão.

Certo.

Era uma declaração ousada, ela sabia. Faria Draco ficar surpreso? Sim. Mas ele não precisava ter feito toda aquela algazarra por umas palavrinhas...

Assim que Aurora revelou sobre aparatar, Draco se levantou num pulo, chamando atenção de todos que estavam na comunal. Ele puxou Aurora pelo braço, forçando-a a se levantar da poltrona, e arrastou-a escada acima para o dormitório das meninas.

Mas o sonserino obviamente havia se esquecido que o sistema da Grifinória não era igual ao da Lufa-lufa. Então quando ele deu três passos escada acima, um barulho ensurdecedor de buzina começou a soar e os degraus se transformaram em um escorregador, fazendo o garoto e ela caírem no chão da comunal.

Antes que Simas, que parecia prender a risada, falasse alguma coisa, Draco puxou Aurora novamente e arrastou-a para entrada do quadro da mulher gorda como se ela fosse uma boneca de pano. Então ele andaram pelos corredores até encontrarem uma sala abandonada e Draco entrar nela, jogando Aurora numa cadeira empoeirada e fitando-a com um olhar sério.

— Explique-se — ordenou.

Aurora puxou a varinha do bolso e, lentamente, começou a tirar o pó da sala — Bem, eu estava querendo aprender novos feitiços esse verão, para me preparar.... Então eu vi esse livro sobre aparatação...

Wolfstar.... — Draco sibilou com um tom de aviso na voz.

— E tentei várias vezes... Sozinha... Até conseguir. Comecei a aparatar para uns lugares... Mas acho que acabei parando num lugar esquisito....

Uma História (muito) diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora