capítulo VII: O cálice de fogo.

35 7 15
                                    


Harry sabia que Alissa andava bastante desconfiada dos eventos recorrentes ao torneio Tribruxo, mas também não esperava ser parado na frente do quadro da mulher gorda pela garota. Eles tinham acabado de voltar para sua comunais, o banquete das Boas-vindas de Durmstrang e Beauxbatons ainda bastante presente em sua mente.

— O que? — Harry estava confuso com o pedido da garota.

— Quero que você me dê o mapa do maroto — Alissa respondeu calmamente, seus olhos âmbar encarando Harry diretamente.

— Hm.... Tudo bem — embora Harry ainda estivesse confuso com o comportamento da amiga, ele não poderia negar o mapa nem se quisesse. Afinal, Remus e Sirius haviam avisado que o mapa era para ele e seus amigos, quase como se consagrassem eles como os novos Marotos. O mapa também era de Alissa por direito — Eu só preciso busca-lo no meu dormitório.

Ele então entrou pela passagem do quadro, e minutos depois reapareceu com o mapa velho na mão, entendendo-o para a amiga. Alissa o pegou e o alisou, uma sobrancelha erguida, ela então redirecionou um sorriso ao garoto.

— Obrigada, Prongs, até amanhã! — e saiu correndo pelo corredor, esbarrando em alguns alunos grifinórios que ainda estavam vindo para a comunal.






Alissa sabia que era a pessoa que possuía maior raciocínio lógico dentro do seu grupo de amigos. Três anos em Hogwarts, um deles em que ela havia sido envolvida com assuntos da câmara secreta. Ela não imaginava que iria fazer amizade com Harry Potter, é claro. Mas ela aprendeu que quando se é amiga de Harry Potter, você deve estar preparada para qualquer tipo de situação esquisita que aparecesse.

Então, veja, não é um pouco conveniente demais que um torneio estivesse sendo realizado em Hogwarts, quando Voldemort tinha voltado à ativa? O quão conveniente seria se Harry Potter fosse escolhido pelo cálice e, acidentalmente, morresse durante as tarefas?

Ela sabia que o amigo não tinha vontade nenhuma de participar do Torneio.

Isso não significava que outra pessoa não pudesse inscreve-lo.

Chame-a de louca se quiser, mas todos os seus amigos são um pouco loucos. Draco pareceu concordar muito com ela quando Alissa o apresentou sua teoria da conspiração.

“ sei como Tom age “ O sonserino disse a ela.” Ele é esperto, Striker, não duvide de nada. Toda essa situação é muito conveniente e ele irá se aproveitar dela, sei disso”

E talvez fosse por essa paranoia que ela passou a noite acordada, olhando atentamente o mapa do maroto. Suas colegas de quarto já haviam ido dormir a muito tempo. Luna Lovegood mencionou que haviam muitos narguilés ao seu redor, e que Alissa deveria se acalmar mais, pois ela estava muito estressada. Alissa não respondeu-a nada.

A lua já jazia lá no alto, não se ouvia nenhum som em toda a torre da Corvinal. Ela já estava quase caindo no sono, sua varinha frouxamente desabando na cama, quando de repente despertou-se. Esfregou os olhos para ter certeza se estava vendo certo. O mapa do maroto nunca errava, e por isso, ela achou esquisito quando o nome “ Bartô Crouch “ foi mostrado em cima do Grande salão.

Mas ele já não tinha ido embora? Pensou ela. O chefe de Percy não parecia o tipo de pessoa que ficava para dormir em algum lugar.

Fez uma careta raivosa quando lembrou do homem, sua mente já projetando inúmeros xingamentos. Morcego velho, filho da puta, arrombado do caralho, asno, miserável....

A situação era tão esquisita que parecia quase natural investigar. Isso pode levar a mais pistas, talvez a uma resposta. Mas seria uma ação tão imprudente...

Uma História (muito) diferente.Onde histórias criam vida. Descubra agora