Capítulo 30: a pena de sangue.

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A noite do dia seguinte havia chegado e Harry estava, naturalmente, uma pilha de nervos. Tivera uma briga com Angelina mais cedo, na qual ela disse a ele para tentar fazer Umbrigde libera-lo na sexta-feira, pois era quando os testes de quadribol iriam acontecer. Ingênua, pensou Harry quando ela se afastou, Umbrigde nunca fará isso. Então ele nem iria tentar perguntar.

Ele se moveu para a sala da Professora quando cincos horas tocou no relógio. A sapa velha estava esperando-o, sentada na cadeira da escrivaninha. Desconfiado, Harry perguntou o que ele tinha de fazer. " Linhas" ela respondeu com um sorriso doce, ainda mais apreensivo que antes, ele ousou perguntar onde estava a tinta da pena que ela o entregara. Umbrigde riu.

— Não se preocupe, você não vai precisar de tinta. Agora, escreva: não devo contar mentiras.

— Quantas vezes?

— Ah, o tempo que for preciso para a frase penetrar — disse ela com meiguice.

Harry encostou a ponta da pena no pergaminho e escreveu: não devo contar mentiras.

E soltou uma exclamação de dor. As palavras apareceram no pergaminho em tinta brilhante e vermelha. Ao mesmo tempo, elas se replicaram nas costas de sua mão direita.

Ele lançou adagas a Umbrigde com o olhar, mas não ousou falar nada, não queria dar o gostinho de vitória para a mulher. Então, enquanto a noite descia à janela, ele continuou escrevendo frase após frase, não com tinta, mas com seu próprio sangue, e não perguntou quando teria permissão para parar.

Quando Umbrigde ficou satisfeita com o resultado, ela mandou-o embora. Harry saiu da sala sem dizer uma palavra. A escola estava deserta e provavelmente passara da meia-noite. Sua mão latejou quando sua mente enervada levou sua mão esquerda para o bolso das vestes e tirou de lá o espelho encantado que ele usava para se comunicar com seus amigos ( cortesia de Maya).

— Draco Tonks — ele murmurou para o espelho. O espelho tremeluziu, o reflexo de Harry se borrando e se turvando, mostrando no lugar de Harry uma cama com dossel esverdeado e um garoto louro de cabelo preso sob uma presilha de cobra.

— Harry? — ele coçou os olhos.—Uma hora dessas?

Harry não disse nada, ainda lhe doía muito a mão.

— Eu... Eu te acordei? — Harry escorou-se na parede e os olhos de Draco se estreitaram.— Sinto muito
.

— Não, eu ainda estava acordado — Draco continuou olhando para ele.— Harry, você está bem?

Harry sentiu o sangue escorrer pela mão.

— Estou machucado — ele soltou antes que pudesse se impedir de contar.— Está doendo — soou sôfrego.

Draco parecia estar se levantando da cama.

— Estou indo, me encontre na sala precisa.

O espelho borrou-se novamente e voltou a mostrar o reflexo de Harry. Harry se forçou a caminhar para o sétimo andar, onde a sala precisa ficava. Ele abriu as portas, o cômodo se tornando o mesmo de quando eles usavam a sala para realizar os Sabbaths no terceiro ano. A nostalgia bateu forte. Harry lavou a mão na pia e sentou-se numa poltrona, esperando.

A porta da sala precisa se abriu lentamente, e Draco apareceu lá. Usava um pijama esverdeado e um moletom trouxa, estava segurando uma bolsa que parecia cheia de coisas. Ele correu para Harry assim que fechou a porta atrás de si.

— Que é que aconteceu? — perguntou enquanto segurava o rosto de Harry pelas bochechas.

— A detenção com a Umbrigde.

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