Meu lar.

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No dia seguinte após a conversa com Luiza, eu acordei determinada a conversar com meu pai e convencer o mesmo a finalmente me deixar morar sozinha.

Já tínhamos conversado sobre isso outras vezes, eu tenho um bom dinheiro guardado, fora que ele jamais me deixaria desamparada, mas ele sempre conseguia me convencer a ficar ali, com ele e o Igor.

Tomamos café juntas e tivemos uma conversa longa e um tanto exaustiva, meu pai era amoroso, mas também era cabeça dura e teimoso, tive a quem puxar.

- Pai, eu já tentei de todas as formas, eu quase não paro em casa, só pra evitar esbarrar com ela. Você acha isso normal?

- Minha filha.. eu vou sentir saudade de você, a casa não vai ter a mesma beleza sem você aqui.

- Você pode me visitar todos os dias, e eu sempre irei vim visitar você e o Igor também.

- Você promete que vai sempre me procurar quando precisar de qualquer coisa?

- Prometo pai.

- Eu vou viajar sábado pra Brasília, resolver algumas coisas, que ir comigo? Passar alguns dias grudada com seu velho pai, como fazíamos antes?

- Claro que eu quero pai.

Me levantei, o abracei apertado e beijei o rosto do mesmo.

- Eu te amo!!!

- Também te amo meu amor.

- Eu já tenho dois apartamentos em mente, fiz uma boa pesquisa.

- Ficam bem localizados?

- Sim, inclusive irei amanhã ver ambos pessoalmente, não quero perder mais tempo.

- Tudo bem, eu não vou mais te prender aqui.

- Obrigada, isso é verdadeiramente importante pra mim.

Nos despedimos e ele foi pra empresa.

Eu passei aquele dia inteiro conversando com os dois consultores imobiliários, estava verdadeiramente ansiosa e feliz.

Fui no muay thai, na musculação, e a noite, eu contei pro Igor, ele ficou tristonho, disse que não queria perder sua dupla, mas logo ficou feliz e passamos a noite inteira agarrados.

No dia seguinte eu fui ver os apartamentos, eram mais lindos ainda pessoalmente, ambos ficavam próximos a empresa e a faculdade, tinha uma ótima localização.

Um me chamou atenção em um ponto mais específico, tinha uma vista linda pro mar, uma área enorme na sacada, e a suíte principal era imensa.

Liguei pro meu pai de vídeo chamada e mostrei tudo,  ele aprovou e ficou animado.

Meu lar seria ali.

Passei o restante do dia resolvendo papeladas, fui no escritório algumas vezes, assim como no banco com meu pai, fizemos algumas procurações, e agora estava mais perto do que nunca.

Era só aguardar toda documentação ficar no meu nome, e eu ter a chave em mãos.

Ele foi pra casa antes de mim, e assim que cheguei escutei ele e minha mãe brigando no quarto.

Resolvi ignorar e ir para o meu arrumar minha mala.

Antes de dormir decidi ir ver Luiza, eu tava com saudade da mesma e não poderia viajar sem dar sinal, por mais chateada que eu estava, ela é minha namorada.

Não contei a mesma que iria morar sozinha, e muito menos a finalidade real da viagem com meu pai.

Optei por não dormimos juntas aquela noite, a verdade é que eu tava mexida e receosa de tocar na mesma depois da última conversa, eu sei que tudo era real, eu sentia, mas muita coisa martelava em minha cabeça.

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