5 anos depois.
5 anos em que me sinto a mulher mais realizada e feliz desse mundo, não só pelo meu relacionamento com Valentina, mas comigo mesma, com a mulher que me descobri e me tornei.
2 anos em que estamos morando oficialmente juntas, tantas manias, costumes, tanto em comum, mas ainda sinto frio na barriga todas as vezes que ela me olha.
Meus pais voltaram pra São Paulo nesse último ano, já que Carol haviam se mudado pro Roger pouco tempo depois que passei a morar de forma definitiva na Valentina, por conta da rotina de trabalho e estudos, as visitas não eram tão constantes, e bom, assim como meus avós, meus pais gostam de casa cheia e em São Paulo, estão vivendo isso.
Duda e Igor tiverem uma filha, a Ana, e estão casados, não surpreendendo a ninguém, a Ana é linda, e eu AMO ser tia babona, me deixa com vontade de ser mãe também..
Nesse último ano, eu me tornei vice presidente executiva da Alburque's Rio, sim aos quase 26 anos de idade.
Não me perguntem como, mas a Catarina foi o voto majoritário que me pôs nesse cargo.
Ela nunca se redimiu com Valentina, o que não é uma surpresa, mas mudou seu comportamento ao decorrer dos anos, como se fosse um pedido de perdão silencioso, e bom, Valentina me afirmou não precisar do perdão da mãe, ela mesma já se perdoava e se aceitava.
Marcos e Catarina agora moravam em Brasília, tomavam conta da filial de lá, e de outras três da forma que podiam.
Marcos se dizia cansado do Rio e de toda dor de cabeça que a empresa aqui lhe causava, passando todas as ações da mesma para Igor e Valentina.
Valentina abriu mão da presidência para Igor, que fez questão que eu estivesse ao seu lado, depois de muita insistência e de acreditar em mim mesma, eu aceitei, estou há um ano cargo.
Valentina continua na área jurídica, ela de fato amava se sentir no controle, e era muito boa nisso..
Ela se tornou faixa vermelha no muay thai, até pensou em se dedicar pra virar grã mestre, mas acabou tomando apenas como hobbie, assim como aquele treco barulhento que vez ou outra, ela insiste em me fazer andar em sua garupa, e por mais que eu finja odiar, eu amo ir agarradinha sentindo o cheiro dela.
Agora somos mães.
De pet, adotamos uma gatinha.
Fernanda veio nos visitar algumas vezes, assim como outras amizades, que mantínhamos um certo contato após a formatura. O Guilherme, graças a Deus eu nunca mais tive o desprazer de vê-lo e muito menos saber qualquer notícia sobre.
Agora eu tenho uma sala só pra mim, que quase sempre é solitária, mas que se ilumina com a beleza de uma certa mulher de olhos azuis quando vem me visitar, como agora.
- Amor, a gente não vai transar aqui de novo, eu to cheia de coisa pra fazer agora.
Valentina me prensava contra a mesa e tentava imobilizar meus braços.
- Mas eu to morrendo de saudade da minha mulher, como faz?
- Que tal você ajudar sua mulher, pra ela terminar tudo mais cedo e vocês irem pra casa fazer um amorzinho antes da festa?
- Hm, acho que vou deixar minha mulher em paz então, pra ela se concentrar e vou pra casa descansar..
Consegui me soltar e dei um tapa fraco no braço da mesma.
- Folgada, pra gastar energia de outras formas você quer né, mas pra me ajudar..
Falei e me sentei, ligando o notebook outra vez e pegando alguns papéis.
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Em seus olhos.
FanfictionVocê já se encontrou e se perdeu nos olhos de alguém? Já se viu do céu ao inferno com apenas um olhar? É assim que Luiza e Valentina se sentem, se perdem, se encontram, se prendem, em seus olhos.