Em seus olhos.

Escolhas.

Meu corpo estava em chamas, eu estava em um estado crítico de tesão, mais uma vez Luiza tinha me levado a loucura sem ao menos ter me tocado.

Permaneço ali no carro até ela entrar em casa e em seguida fico dando voltas, revivendo nosso momento aqui no carro tempo atrás, ainda sinto seu cheiro, a excitação em meu corpo ainda é presente..

Eu preciso relaxar, por essa energia pra fora, em uma vontade súbita, começo a dirigir em direção a casa da Fernanda, seria só mais uma transa, como todos as outras, sem importância, só por prazer.

Quando eu estava perto, vejo meu celular vibrar sobre o painel, vejo ser Luiza pela barra de notificação, rapidamente pego o telefone e leio a mesma.

Ela havia respondido minha mensagem de duas semanas atrás, fico com um sorriso bobo incontido nos lábios ao acabar de ler.

Nesse momento a necessidade de um corpo qualquer vai embora, e percebo que nenhum corpo além do de Luiza iria me preencher essa noite, que era somente o dela que eu desejava ali.

Ponho música no carro e volto pra casa cantarolando pensando nela, em como seria daqui pra frente, eu sabia que a queria, que a desejava, mas via também que com ela as coisas não eram como eu tinha costume e que talvez isso seria um impasse..

Logo cheguei em casa, tomei um banho demorado e me deitei pra dormir.

Na manhã seguinte, respondi Luiza.

"infelizmente eu não me lembro se sonhei com você, mas sabe uma coisa que é difícil de esquecer?"

Rapidamente vejo Luiza visualizar, e pouco tempo depois me responder.

"O que?"

"Do seu beijo."

Ela digita, para.. e minutos depois me responde.

"Você é difícil de esquecer por completo."

Sorrio ao ler.

"Te vejo mais tarde?"

"Sim linda, até mais tarde."

Mordo meus lábios e logo me disperso para meus afazeres.

Hoje eu não tinha as duas primeiras aulas, então acabei chegando mais tarde, ao chegar tive uma única aula, e não foi com Luiza.

Na saída ela me mandou mensagem avisando que estava no bar com Duda, e me disse pra encontra- lá.

E assim fiz, eu e Vitor fomos de encontro a ambas e ficamos por lá um bom tempo jogando conversa fora, eu não bebi, mas Luiza tomou uma duas cervejas, era umas 19h quando decidimos ir embora, afinal beberíamos muito amanhã, não tinha porque queimar largada hoje.

Eu estava de carro, justamente pra levar Luiza.

Ao entrarmos no mesmo, ela ficou olhando, percebeu não ser o mesmo do outro dia.

- Esse é seu?

- Sim linda, eu não uso muito, prefiro a moto, mas assim eu posso te agarrar com tranquilidade.

Luiza.

Naquele momento eu pensei: eu e mais quantas?

É incrível o quanto minha mente me sabota, é como se eu fosse uma amadora.

Mas logo mantenho o foco, e sorrio sacana pra Valentina que me retribui o sorriso.

- Pode é? Pergunto enquanto ponho o cinto.

Ela da partida no carro e rapidamente me olha.

- Não posso?

Ela põe uma mão sobre minha coxa, aperta de leve e começa fazer um carinho de dedos ali, eu me estremeço com esse simples toque.

A encaro enquanto ela dirige e sussurro: - você pode tudo.

Valentina mais uma vez parou algumas quadras antes da minha casa, e novamente eu estava lá, sobre o colo dela naquele banco do carro, sendo invadida por sua língua.

Valentina me beijava com intensidade, com desejo, mas com cuidado, diferente dos toques de suas mãos que me apertavam parecendo que queriam me desmanchar, e eu estava quase me desmanchado, sem mesmo ser tocada.

Após algum tempo ela me deixa na porta de casa, estávamos conversando sem tirar o sorriso do rosto, feito duas bobas. - Dorme comigo amanhã? Depois da social..

Fico um pouco surpresa com seu pedido, ao mesmo tempo que meu corpo desejava aquilo..

- Valen, eu não sei, com certeza a Duda vai dormir lá.

- Ela não dorme no meu quarto, fica tranquila.

Me respondeu com um sorriso sínico nos lábios.

Revirei os olhos e lhe dei um leve empurrão no ombro.

- É só que não sei se eu me sentirei a vontade..

Ela me olha e nada responde, apenas se aproxima e me dá um beijo gostoso e calmo de despedida, antes de sair do carro Valentina me dizer

- Me promete que vai pensar com carinho.

Vi que não era um pedido, e sim uma intimação.

- Prometo.

Sorrio pra ela e desço do carro.

Tempo depois Valentina me avisa que estava em casa, sinto alívio por ela ter chegado bem e por também estar em casa...

Trocamos mais algumas mensagens e logo adormeço, estava com cansaço físico e mental da semana.