Ultrassom

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Um toque de tambores o acordou.

Quando Sokaris abriu os olhos, viu que o céu já estava ficando laranja, então deduziu que já estava entardecendo. Se espreguiçou e pegou o seu celular que estava na cômoda.

Vendo o nome de quem ligava, atendeu logo.

-Boa tarde. -Disse o beta com a voz ronca.

-Oi pai. -Era Hapi no outro lado da linha, tinha um tom estranho na voz que incomodou um pouco o beta. -Como é que você está?

-Bem filho. -O homem se sentou na cama e levou alguns fios para trás. -Eu tirei uma soneca agora a pouco, então ainda estou um pouco sonolento.

-Hum. -Certamente tinha algo de estranho no ômega, não tinha aquela alegria que geralmente possuía. -Ei, ahn, poderia fazer um favor para mim?

-Posso sim, mas, aconteceu alguma coisa? Você parece desanimado.

-Bem... -O homem do outro lado da linha levou alguns segundo para voltar a falar. -É sobre o meu ultrassom.
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Eles haviam chegado uns dez minutos antes do horário da consulta, o que foi um alívio pra eles.

Tanto o alfa quanto o ômega demoraram um pouco mais do que deveriam durante o "banho duplo", mas o azulado não se arrepende, afinal, eram poucas as vezes que eles tinham intimidade desde o quarto mês de gravidez do ômega.

Tinha mais uns três casais ali. Alguns para a consulta de pré-natal e outros para ultrassom também, e por sorte, Hapi e Andjety eram os segundos na fila.

-Senhores Elmahdy? -A recepcionista chamou por eles.

-Aqui.

-A doutora Silvestri já está esperando por vocês na sala 4.

-Certo, obrigado. -O casal se levantou e foram para a sala dita. -Colocou nós dois com o mesmo sobrenome?

-Não. -O alfa disse. -Acho que eles decidiram escolher só um mesmo para nós dois.

-Sei. -Hapi olhou desconfiado pro namorado, mas depois sorriu e o puxou para um beijo.

-Olá, é bom ver vocês denovo. -Falou uma mulher na casa dos quarenta e um sorriso no rosto.

-O mesmo, Heqet. -Os dois entraram na sala e se sentaram nas cadeiras.

A sala era clara e grande, tinha uma mesa de vidro e o equipamento de ultrassom ao lado de uma cama cinza.

O casal já tinha consultado com a mulher desde a descoberta da gravidez, e praticamente, já eram conhecidos. Hapi gostava da mulher por ser amigável e exalava uma aura calma, o que o ajudou muito durante as consultas.

-Então, como se sente Hapi? -Começou a médica com a caneta na mão.

-Bem. Tomei as vitaminas que me recomendou, também fiz as caminhadas e os alongamentos que me sugeriu. -Hapi começou a listar as coisas que tinha feito naquele último mês, mas omitiu a atividade que tinha feito mais cedo com o alfa. -E também estou usando aquele top que me recomendou.

-Certo, então, vamos começar? -A médica já se levantou da cadeira.

-Sim, vamos. -Hapi se levantou também, sendo seguido pelo Jety.

A médica e o casal se dirigiram para a cama perto dos aparelhos. -Por favor, deite-se aqui Hapi e levante a camisa. -O ômega fez o que a mulher pediu e levantou a blusa que vestia, revelando a enorme barriga. -Parece que o seu peixinho já não é tão pequeno assim.

O ômega riu com essa frase. -Haha, sim, não é mais um peixinho.

-Tá mais pra um bebê golfinho. -Comentou o alfa, segurando a mão do azulado, ele fazia isso muitas vezes, para mostrar que ele continuaria ao lado do seu amado.

Um par... improvável- ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora