Convocado

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Logo depois que a temporada de treinamento começou, o esquadrão do Hórus fez um show aéreo para comemorar o aniversário de 200 anos do Esquadrão Pharaohs, o primeiro esquadrão que continha ômegas que lutaram na Grande Guerra de Duat.

Foi um excelente show, tinha muitos nobres e aristocratas para observar o espetáculo, mas um deles teve um grande interesse no moreno, na verdade, a filha dele. Hathor D' Noir, uma linda mulher de pele clara, cabelo longo preto com enfeites dourados e olhos da cor roxa, ela era a ômega mais bela de todas e que enfeitiçava qualquer alfa e beta que quisesse, e dessa vez, ela queria o Hórus como um dos seus amantes.

Mas Hórus não queria nada com ela, não importasse quantas vezes ela tentasse, mas ela não desistia tão fácil. A mulher até fez com que o seu pai ficasse de olho em qualquer ação do moreno, então ela saberia onde ele tinha ido, foi e irá, em uma dessas ocasiões, a Hathor até liberou um pouco dos seus feromôrnios para atrair a atenção do homem, sendo respondida com os feromôrnios de defesa do Hórus, expulsando os feromôrnios da ômega. Tendo os dois gêneros, o moreno tinha uma mistura de ambos os gênero nos feromôrnios, eles poderiam ter um cheiro doce que acalmava qualquer um ou um cheiro forte que afastava os outros.

Ele achou que, demonstrando essa ação dos feromôrnios, a mulher poderia deixa-lo em paz.

Mas foi o contrário, agora a mulher não queria só faze-lo seu amante, como também queria faze-lo seu marido.

O pai dela, ofereceu inúmeras propostas de casamento para o pai do moreno, já que, no Império de Kemet, os pais que faziam as propostas de casamento para os filhos se casarem, a maioria seria a favor dos filhos , foi assim durante séculos, mas o pai do Hórus recusou inúmeras vezes, pois ele já não gostava dos D'Noir por um motivo pessoal. Hórus agradecia aos deuses por terem enviado o Sokaris para a sua vida.

Mas não era só a Hathor que o estava incomodando. Ele descobriu que tinha um stalker na sua cola.

Ele descobriu isso depois de um dia de treino, o moreno estava indo com alguns companheiros para comemorar o noivado de um colega seu, com a permissão do general, é claro. Eles foram para um restaurante perto da base, onde foi lá que Hórus percebeu que uma pessoa do lado de fora observando o grupo, a pessoa estava toda coberta com um casaco grande e um chapéu escondia o seu rosto.

A princípio, Hórus achou que fosse sua imaginação, mas um dos seus companheiros apontou que a pessoa tinha escolhido o mesmo prato que ele e parecia que só estava interessado no moreno.

Então, Hórus começou a ver essa pessoa sempre que saia da base, seja visitando o pai ou em um evento, aquela pessoa estava lá. Isso estressou o moreno até o ponto que relatou para os seus superiores, que aumentaram a segurança envolta do quartel.

Isso tudo em um ano, meio que afetou o corpo do Hórus, que faz com que o cio fosse bloqueado até aquele momento.

-Cabo Garcia. -Apareceu uma mulher usando um uniforme da cor preta com conderações.

Hórus, que finalmente saiu da enfermaria, reconheceu essa voz. Era a segunda-tenente Satet, das Forças Armadas do Império, ela raramente vinha para aquele quartel. -Sim, senhora.

-Você está sendo chamado, meu jovem. -A mulher já tinha se virado para ir embora.

-Por quem?

-Pelos seus superiores, por quem mais seria? -Ela tinha se virado para responder o moreno. -O que está esperando soldado? Vamos.

Hórus seguiu a mulher até a base central, onde os superiores estavam. O nervosismo dominava o corpo do moreno, a última vez que convocado para falar pessoalmente com eles foi a dois anos atrás, quando foi promovido a cabo, ele só tinha que mandado um relatório para eles sobre a sua situação, como forma de comunicação, não desejava vê-los denovo. Ao entrarem na base, foram recebidos por outros soldados, que levaram o Hórus para a sala de reuniões, que era uma sala simplesmente grande com uma mesa e várias cadeiras, onde já alguns coronéis, tenentes e o Major Monthu, um alfa grande de pele parda e cabelo escuro.

-Cabo Garcia, obrigado por vir. -Disse o Major, levantando a mão, silenciando os outros. -Sente-se, por favor.

Hórus fez o que lhe foi pedido e olho para frente, não podia abaixar a cabeça, pois seria um sinal de vergonha e fraqueza, principalmente na presença dos coronéis e tenentes das Forças Armadas e da Marinha.

-Cabo Garcia, recebemos um relatório seu e dos seus colegas que está sendo perseguido, correto? -Perguntou uma tenente, com papeis nas mãos.

-Sim, senhora.

-E o senhor não sabe quem poderia ser essa pessoa, sabe? -Perguntou um outro tenente.

-Não, senhor. -O moreno pode ver que os coronéis se olhavam entre si, depois analisavam alguns papéis.

-Também recebemos queixas dos seus colegas que envolvem um nobre. -Ah, aí está o motivo de ser chamado. Era por causa desse aristocrata e a sua filha que Hórus foi convocado para esse interrogatório.

Ele apertou os os punhos nos joelhos, ele certamente não era favorecido pelos deuses.

-Gostaríamos que explicasse melhor esse- Antes que a tenente terminasse de falar, a porta foi bruscamente aberta com um chute, quase a quebrando-a, chamando a atenção de todos, principalmente a do Hórus.

Parado na porta, um homem de pele clara usando um uniforme preto, mas com muitas condecorações e detalhes dourados, também tinha um quepe que cobria os olhos, mas isso não impediu de ver o rosto dele. Era bonito, na opinião do moreno, o homem tinha um rosto belo e emanava uma aura impetuosa, como alguém que recém tinha chegado no auge da sua vida adulta, ombros largos e braços fortes, onde no direito, tinha o emblema de alfa e abaixo, tinha uma palavra pequena que não tava para ser lida.

-Que saco! -Foi a primeira coisa que o homem falou, na verdade exclamou. -Deveriam ter me avisado sobre essa merda mais cedo, tive que deixar o meu esquadrão com o meu subtenente para vir aqui. -O homem passou pelo Hórus, que ainda estava na cadeira, mas depois parou para analisá-lo. -Humh, é esse o piloto azarado?

O moreno desviou os olhos do visitante. Piloto azarado? Aquele ano já foi ruim o suficiente para o moreno, agora descobre que recebeu um apelido disso! Seja lá quem for esse homem, o moreno só quer que ele desapareça.

-Coronel Ludwig, eu gostaria que agisse com respeito em relação a situação do Cabo Garcia. -Disse o Major pro visitante.

Coronel... Ludwig?

Hórus olhou para o homem de preto, só percebendo agora a nuca dele. Cabelo vermelho sangue, preso pelo quepe.

Deve ser brincadeira... O moreno pensou.

O homem que invadira a sala de reuniões do Major Monthu, e que chamou o Hórus de azarado, era o temível Seth Ludwig, o coronel mais jovem do Império de Kemet e, auto proclamado pelos inimigos, Deus da Guerra!

É, ele é realmente azarado.

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Próximo capítulo:

Hórus tentando explicar a sua situação.

Até em breve. 👋

Um par... improvável- ABOOnde histórias criam vida. Descubra agora