03 - O trabalho

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Soube que estava com problemas maiores quando começou a conversar com o moreno de cabelos grandes, que se chamava Baji Keisuke, e o mesmo demonstrava estar preocupado com a ferida do amigo, assim como o loiro, também parecia preocupado, mas foi com um longo diálogo que você acabou dentro do carro deles no banco do passageiro ao lado de Kazutora e descobriu que ele não poderia ir ao médico, e também que eles faziam parte da gangue mais perigosa de Tokyo; ele não poderia ir ao médico mas a gangue tinha um doutor particular, que infelizmente não poderia atender ele agora, o que te deixou mais furiosa ainda, então com o desespero dos dois amigos que achavam que podiam perder o outro, e sua impaciência, decidiu você mesma tratar dos ferimentos novamente.

No momento, estava em um carro, que tinha acabado de estacionar na frente de uma casa exageradamente grande, a garagem sozinha era maior que sua casa, haviam inúmeras motos e carros luxuosos também. Baji e Chifuyu ajudaram o amigo a andar enquanto te guiavam pela residência, subiram um elevador que levava para o andar principal e só pode ser ativado com a digital de um deles.

Quando as portas se abririam teve a visão de uma sala grande com um sofá enorme e mais à frente haviam outros cômodos de lazer, um deles era uma enfermaria.

Não era como a de um hospital, era melhor.

Deixaram Kazutora deitado na maca e tiraram a camiseta dele, antes de tocar em qualquer coisa lavou bem as mãos e prendeu os cabelos, também adiantou aos outros dois que deveriam fazer silêncio total, pois odiava fazer essas coisas com barulho, se aprontou em pegar tudo que precisava e logo começou a cuidar do ferimento.

Estava bem infeccionado, trocou os pontos e fez uns bem melhores, higienizou tudo e desta vez tinha anestesia, mas o próprio paciente disse que não queria, então começou a passar a agulha com cuidado, ele resmungou bastante e gemeu de dor, mas não tanto quanto esperava.

Os outros dois não aguentaram ficar na sala por muito tempo, e saíram dizendo que iriam vomitar.

Assim que terminou tudo, limpou o ferimento e as mãos, o homem estava respirando um pouco cansado e notou aquilo, olhando melhor para o abdômen coberto somente pela faixa, viu que ele era de fato bem bonito, brigou com si mesma ao ver que estava tendo tais sentimentos, e balançou a cabeça negativamente, ajudou o mesmo a se levantar e voltaram para a sala de estar, onde os dois rapazes estavam conversando jogados pelo sofá.

Ajudou Kazutora a se sentar ali e fez o mesmo ficando ao lado dele enquanto pensava no que iria fazer agora.

Estava em uma casa de criminosos, depois de salvar um, pela segunda vez.

Era assustador pensar nisso, ainda mais pelo fato que você era muito medrosa.

Se assustou mais ainda quando as portas do elevador se abriram revelando quatro homens, dois seguravam uma arma, e esses dois eram bem parecidos na questão de aparência, o que mudava era a cor do cabelo, havia um em especial que se destacava por ser o mais alto, e ter uma tatuagem de dragão na cabeça, o outro estava de feição seria e os cabelos eram escuros, rapidamente Baji e Chifuyu se levantaram desesperados, eles adentraram na sala e depois de uma longa explicação acalmaram os nervos.

Uma memória surgiu em sua mente, reconhecia um deles, o de fios negros com tatuagem no pescoço, ele era baixo e não iria esquecer esse rosto, havia visto na televisão dizendo que era ele o principal suspeito de ser o líder da Tokyo Manji, assim como também cometeu inúmeros crimes.

— O que tanto olha no meu rosto?

Engoliu em seco ao ouvir a pergunta vindo de quem você estava pensando.

— Nada. - respondeu. — Só me parece familiar.

— Qual seu nome? - o mais alto perguntou cortando o colega. — E o que te fez ajudar esse idiota? - apontou para Kazutora que estava sentado no sofá parecendo irritado.

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