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— Eu amei as flores!

O sorriso em seu rosto era um dos mais sinceros, sem contar a felicidade que sentia nesse momento, suas bochechas um tanto quanto coradas e a timidez que estava te consumindo aos poucos, não poderia ser diferente. O rapaz na sua frente estava tão sorridente quanto você, com as mãos atrás do corpo bem animado, a essa altura todos os olhares das pessoas passeando pelo parque se encontravam em vocês, era um início de tarde um tanto quanto emocionante.

Nos últimos dois anos sua vida virou de cabeça para baixo, coisas incríveis e terríveis aconteceram, mas a sua atual situação era bem tranquila.

Se tratava de um rapaz, um belíssimo cavaleiro que acabou por encontrar ao passar do tempo, ele era chefe de cirurgia no hospital em que você começou a trabalhar, e aos poucos vocês se aproximaram, e no momento a felicidade e paixão estava no coração dos dois, bem romântico e único.

Ron, era um homem tradicional, mais velho e muito romântico, desde da primeira vez que conversaram você acabou por ser encantada com os gestos tão delicados que ele tinha com você. As ideias eram parecidas, e ficaram amigos muito rápido, e nos últimos meses se tornaram muito mais que amigos, mas não havia acontecido um pedido oficial ainda, e isso era mais sobre você do que sobre ele. Pois desde do início da relação vocês, você demonstrava retraída a tudo isso, e ele entendeu, escolheu esperar um tempo até fazer o pedido, e agora com as margaridas em um lindo buquê, você disse sim para o pedido de namoro.

Um abraço amoroso veio logo após sua confirmação, as pessoas aplaudiam e riam apaixonadas com a cena.

Era um lindo domingo.

— Obrigada por dizer sim. - ele sussurrou em seu ouvido em meio a risos, se afastou e depositou um selar em sua testa, te encarando com os olhos serenos. — Aliás, não sei se disse antes, mas você está muito bonita.

— Você já disse isso umas três vezes.

Com um riso tímido você agarrou na mão dele e passaram a andar pelo parque, era um dia de folga de ambos então não precisavam se preocupar.

— Quer tomar um sorvete? - ele olhou em volto procurando por uma barraca, e assim que encontrou te guiou até a mesma.

Fizeram os pedidos de cada um, e como sempre ele pagou por tudo, se sentia até mal por isso, mas sabia que se falasse qualquer coisa sobre isso ele iria ignorar, então não comentou nada. Ele sabia como manter uma conversa divertida, então enquanto tomavam o sorvete discutiam coisas triviais, e passaram o resto do dia andando pelo parque e conversando.

Na hora de ir embora ele guardou seu buquê no banco de trás e abriu a porta para você, de um modo mais cavalheiro possível, e como todas as vezes te deixou em casa, agradeceu por isso é se despediu do mesmo, adentrou na sua casa com um sorriso no rosto e o buquê nas mãos, e assim que avistou sua avó na sala assistindo o jornal correu até a mesma super empolgada. Contou para ela tudo que aconteceu, e todos os detalhes, ela ouvia atentamente, mas você sabia que ela estava dispersa de tudo, pelo menos tem sido nesses últimos dois anos, ela estava em um estado bem severo de depreciação.

E você sabia o motivo.

Assim que notou os sinais após você comprar essa casa, a levou numa consulta, apenas para provar seu ponto de que ela estava sofrendo, mas o médico não conseguia fazer muita coisa, apenas passou uns remédios. A mais velha te olhava com um sorriso e te ouvia, mas desde de que voltaram a ter uma vida pacata ela se encontrava em uma tristeza, com saudades de Kazutora, assim como você.

Porém, você soube seguir sua vida, acontece que ela estava em uma idade que não poderia mais seguir em frente, então tudo que sentia era saudade.

E saber disso te deixava com um pouco de raiva, com raiva de Kazutora.

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⏰ Última atualização: Feb 11 ⏰

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