Capítulo 1

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- Irene! Mas o que que você tá fazendo?

Antônio invadiu o quarto dos dois aos berros e ficou aturdido ao ver a esposa chorando e claramente nervosa arremessando com raiva suas roupas em uma mala.

- Irene La Selva, pare já com isso! Eu tô mandando!

- E desde quando você manda em mim? - Irene interrompeu o que estava fazendo e avançou na direção do marido em fúria - Desde quando você se importa com o que eu faço ou deixo de fazer com a minha vida? - Voltou a chorar, detestava chorar na frente das pessoas, mas o retorno de Agatha tinha tirado qualquer controle sobre suas emoções - Você viu como você me tratou na frente daquela mulher? Como se eu fosse uma qualquer! UM LIXO ANTÔNIO! EU SOU A SUA ESPOSA! E você gritou comigo pra falar com ela na primeira oportunidade que surgiu...

- Eu precisava ouvir uma explicação.../

- Que explicação? Explicação pro chifre que ela te deu antes do Caio nascer? Explicação por ter abandonado o menino e ter ido embora da cidade com outro homem? Explicação pro fato de ter passado esses 20 anos presa? ELA É UMA BANDIDA! ESSA É A EXPLICAÇÃO, e você é um IDIOTA enfeitiçado por essa maldita!

- NÃO FALA ASSIM DELA!

-Tá vendo só... Mesmo depois de tudo o que você soube é comigo que você grita! Mas eu cansei. Eu não vou ser mais o seu saco de pancadas Antônio. ACABOU! - Irene terminou de fechar a mala e quando ameaçou ir em direção a porta do quarto, Antônio a pegou pelo braço.

- O que que você quer dizer com isso?

- Eu estou dizendo que eu tô indo embora dessa casa.

- Você ficou doida de achar que eu vou aceitar esse absurdo. Dessa casa você só sai morta ouviu bem...

- Não é a ela que você ama? Ótimo, fique com ela, que sejam muito felizes. Espero que quando você tenha problemas, ela os resolva. E principalmente, espero que quando ela volte a enfeitar a sua testa com novos chifres você bata palmas, e veja ela indo embora novamente, que você seja, de novo, o maior corno de Nova Primavera.

- Irene eu não vou aceitar isso.

- Eu quero o divórcio.

- Eu não aceito. Você é a minha mulher. MINHA

- Você devia ter pensado nisso antes de me ferir Antônio. Eu vou dizer pela última vez. SOLTA O MEU BRAÇO. - disse pausadamente

Mesmo contrariado Antônio soltou o braço de Irene e viu sua mulher pegando a mala que fez e saindo do quarto. Irritado e ele desceu atrás dela as escadas e a viu ir em direção ao seu carro.

- Isso não vai ficar assim, você ainda vai voltar pra essa casa tá me ouvindo. IRENE, escutou bem o que eu disse?

Irene somente suspirou e entrou no carro estava cansada de discutir. Não era burra e sabia que perderia muito abrindo mão de todo o seu patrimônio e do amor de Antônio, mas a humilhação que passou ao ser colocada de lado por Antônio quando ele viu Agatha foi indescritível.

Enquanto Agatha era somente um fantasma lidar com esse amor de Antônio por ela já era difícil, mas agora que a mulher estava viva ela tinha que recalcular toda a sua vida. E o primeiro passo era mostrar para Antônio o quanto a sua presença era necessária. Antônio sem ela não era nada.

Antônio furioso mandou Ramiro seguir o carro de Irene para saber pra onde a mulher iria e depois informá-lo. Sabendo mais tarde que a esposa estava na pousada de Lucinda. Irene obviamente virou o assunto da cidade. O retorno de Agatha e logo em seguida a notícia de que Irene estava hospedada na pousada da cidade logo viraram a notícia mais comentada por todos.

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