Após uma boa e longa noite de sono, sem se preocupar com monstros. Acordamos bem e prontos para partir, nossa estadia aqui foi boa, mas precisamos ir e reconstruir nossa cidade.Ao me levantar, me deparo com Julia e Lucas conversando na beliche debaixo.
--- Se eu pudesse ficaria aqui pra sempre - Julia diz desanimada - Aqui é um ótimo lugar, não tenho do que questionar. O que você acha daqui?
--- Pra mim tanto faz... - Ele abre um maço de cigarro que entregaram a ele ontem como presente - Será que isso é bom?
--- Acho melhor você não inventar moda, não somos seres humanos comuns. - Ela toma a caixinha da mão dele
--- Tá bom, mamãe! - Ele diz de forma debochada
--- Bom dia! - Sorri pra eles
--- Olha ele, pensei que fosse acordar só na hora do almoço - Lucas dá um leve sorriso - Tava cansadinho é - Ele debocha de mim
O humor de Lucas estava aflorado hoje, isso era bom. Joguei meu travesseiro bem na cara dele e ele fez o mesmo.
--- Vocês parecem duas crianças- Julia ri da gente e nós acabamos dando com o travesseiro nela também.
Nossa diversão acabou quando Paulo entrou no quarto do nada, com um maço de cigarro na boca, ficamos encarando ele.
--- O que foi? - Ele tira o cigarro da boca - Eu tenho meus vícios!
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.Após o almoço, estávamos prontos para ir. Nossos irmãos e superiores foram com o ônibus que eles usaram para vir pra cá, enquanto nós fomos de caminhão. Algumas pessoas de nosso povo receberam o comunicado que nossa cidade estava bem e que poderiam retornar. Era bem provável de chegarmos lá primeiro, já que havíamos partido ainda pela manhã.
O caminho teve monstros e guerreamos com todos eles, até o destino. O problema agora era, como íamos esconder Aurora?
Dessa vez, por estar de manhã, quase não houve monstros no caminho. Conseguimos chegar na cidade quase ao anoitecer do dia.
Assim que chegamos, todos foram recolher os corpos, que eram muitos aliás. E fazer covas em um semiterio da nossa cidade. Enquanto eles focavam em escavar e chorar pelos mortos, sai de fininho e fui ver como Aurora, João, Mada e Mayron estavam. Claramente já havia pensado em como esconder Aurora. Paulo era um homem solteiro e tinha uma casa perto da base. Ela podia ficar lá até encontrarmos algo melhor.
Confesso que não gostava muito da ideia, mas era perigoso descobrirem a existência dela.
Ao chegar na base, olhei tudo para ter certeza que não havia ninguém. Andei devagar até o porão, vigiando o meu redor e minhas costas. Pus a senha, com o coração a mil, ouvi o barulho da porta se destravar, estava tão ansioso, que abri a porta rapidamente, só foram 1 dia e algumas horas longe dela, mas parecia uma eternidade.
Assim que abrir, me deparei com João, Mada e Mayron com olhares assustados. Nunca vi eles com aquele semblante, era aterrorizante.--- O que houve? Por que estão assim?- Olhei sem entender, entrei na sala e nenhum sinal de Aurora.
--- Joaquim... Aqui não é mais seguro - João diz muito assustado. - Precisamos sair daqui logo! - Seus olhos cheios d'agua me suplicam
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Um amor que transcende o tempo
Science FictionAurora, uma estudante do ensino médio que acabou viajando no tempo sem perceber. Lá ela encontra um mundo totalmente diferente do dela e um belo garoto pelo qual ela se apaixonou. Temas corriqueiros da história: Liberdade, justiça e sentido de vida.