35 - A visita do Deus Yama

39 6 0
                                    


Na manhã seguinte tive aula e conversei com Samila sobre a tal substância que haviam me injetado no primeiro dia.

--- Eu esqueci completamente de falar com Apolo. Talvez ele esteja livre mais tarde, irei perguntar a ele.

--- Tudo bem...

Talvez eu devesse perguntar pessoalmente para ele. Depois do almoço fui para a sala onde iria sofrer mais uma Mutação.

--- Relaxe... - Fátima aplicava o antídoto em minha veia.

Estevão parecia nervoso olhando de longe para mim.

--- Tem certeza que não sentiu nada ontem? - Fátima olhava para o aparelho estranho.

--- Sim, não senti nada.

Ela esperou alguns segundos, mas nenhum efeito surtiu. Ela pegou outro antídoto, parecia receosa e aplicou novamente.
A essa altura do campeonato eu não podia mais desistir, essa porcaria já devia esta fazendo efeito em meu organismo.
Aos poucos meus olhos foram pesando até que adormeci.

.
.

--- A pressão dela está instável! - Escutava ao fundo as vozes, mas não conseguia abrir os olhos.

--- PEGUEM ESSA SERINGA! - Eu pude ouvir a voz de Fátima

Meu coração estava muito acelerado eu não conseguia respirar. Senti Fátima enfiando algo em meu nariz.
Meu corpo doía, estava tão quente.
Senti a agulha atravessar meu braço.

Minha mente foi levada para outro lugar.

--- Aurora... - Escutei uma voz grossa e masculina ao longe - Por que faz isso com nosso corpo?

--- Quem é você? - gritei ao longe

--- Não importa... Diga, por que não o usa corretamente? Deixe de ser tola! Acabe com Gliese sua inútil, humana! - A voz engrossava mais e ficava estridente.

Ao longe pude ver uma grande sombra.

Ao longe pude ver uma grande sombra

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

--- Yama...

Fui retirada do local. Meu corpo automaticamente levantou, acordei desesperada com falta de ar.

--- Aurora! - Estevão me abraçou - Pelos deuses, Fátima! NUNCA MAIS DE DUAS DOSAGENS PARA ELA! - ele grita e guarda sua adaga.

"Que merda tá acontecendo aqui?"
Eu continuava ofegante tentando recuperar o ar.

--- Consegue se levantar? - ele me tira da cama

--- Me sinto fraca... - Meus lábios estavam secos e meu corpo amolecido e dormente, até o toque mais leve parecia que iria arrancar minha pele fora.

--- Eu vou cuidar de você - ele me pegou no colo.

Com os olhos pesados e ardendo, fechei eles novamente. Enquanto Estevão descia as escadas comigo no colo, sentia todo meu corpo doer a cada movimento seu. Meus ossos pareciam que iam quebrar a qualquer momento.

Um amor que transcende o tempoOnde histórias criam vida. Descubra agora