Capítulo_04

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Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos.

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Para o ômega, Júlio Verne, autor de A Volta ao Mundo em 80 Dias, parecia um homem muito inteligente e aventurado. Sua história era mais que interessante e o intrigava a cada folha lida, e relida. Ele não queria deixar passar nada.
Enquanto lia a história, apaixonado pelo conto, Jongho disse que o autor possuía mais livros como aquele, de aventura, como A Ilha Misteriosa, ou Viagem ao Centro da Terra.

Ficou mais do que curioso e ansioso, para quando pudesse encontrar os livros citados, e lê-los.
Todos aqueles contos poderiam ser reais? Estava imaginando que sim.
Ficou o resto do tempo que tinha, em uma sala de estar, lendo, enquanto Jongho terminava os preparativos da viagem e o jantar. Pessoas desconhecidas chegavam e saíam, guardando malas em um carro grande. Algumas, permaneciam paradas em alguns pontos da mansão, vigiando.
Tentava não parecer, mas estava mais que ansioso para conhecer o alfa que iria casar. Seus olhinhos fugiam das palavras do livro, para ver o que acontecia ao seu redor. Mobílias eram tapadas, ou carregadas para fora.
Estava esperançoso sobre o tal Choi ser uma pessoa gentil e bondosa consigo. Até arriscaria em pedir por mais livros, se não atrapalhasse-o.

— Senhor Choi ? — deu um salto ao escutar aquilo, mas era apenas um beta chamando-o.

— Eu?

— O jantar está pronto, e logo, poderemos ir.
— se curvou diante do ômega, para em seguida continuar com suas tarefas.
Wooyoung suspirou, antes de ir em direção a cozinha. Toda aquela mordomia estava começando a ser exagerada demais, começando pelo jeito cordial que o tratavam, sempre se curvando. Ele não tinha o direito de receber tal ato, era apenas um simples ômega.

— Jongho. — entrou na cozinha, vendo o alfa terminar de colocar a última panela em cima da mesa.

— Sim, Wooyoung? — segurou em uma cadeira, puxando-a, para que ele sentasse.

— Por que todos ficam se curvando para mim? Eu não fiz nada — sem que percebesse, já estava chorando. Aquilo iria alarmar a todos, e Choi , quando descobrisse que o garoto havia chorado, ficaria irado — estou com medo.

— Ei, olhe para mim — se agachou ao lado dele, puxando-o levemente pelo rosto. Passou os polegares pelas lágrimas quentes — você é importante agora, sabia? — acenou que não com a cabeça — senhor Choi é alguém com poder, e você será esposo dele, isso o torna alguém importante também, Wooyoung. Não tenha medo, estão apenas devidamente respeitando um superior.

— M-mas — gaguejou, querendo falar, mas soluçou antes que pudesse continuar.

— Não se preocupe, vou ajudá-lo. — sorriu pequenino para ele, fazendo-o soltar uma risadinha — então, como tem sido a leitura? Você não desgrudou mais daquele livro — mudou de assunto, para distraí-lo.

— Oh — sentou-se corretamente, enquanto o alfa passava a servir um prato com a refeição — eu adorei! Queria poder viajar como conta a história... é possível?

— Possível o que? — riu soprado. O ômega estava novamente animado. Aquilo o tranquilizava.

— Viajar tão rápido!

— Ah, entendi — assentiu, vendo um olhar de espanto do garoto — na história, é uma época diferente, mas o personagem conseguiu porque fez a viagem ao leste, ganhando quatro minutos para cada grau que andava, sendo no total 360, ganhando 24 horas a mais — explicou, vendo os olhos do ômega brilharem, e nem havia explicado o mais importante — atualmente, pode-se sim, completar uma volta ao mundo. Agora, caso queira, você pode comprar uma passagem aérea chamada Volta ao Mundo

— Isso é incrível — bateu palmas, realmente animado. Começou a comer, enquanto escutava Jongho falar mais sobre o assunto, do autor e dos livros dele.
Era tudo fascinante.

[...]

San assistia um seriado na tela plana da sala de estar, quando um empregado chegou sem fazer barulho.

— Sim? — não desviou o olhar da imagem.

— O ômega, senhor, está quase chegando. Devo fazer algo? — era um dos betas que trabalhavam para si. Pensou ter esquecido algo, ao escutar a frase, mas deixou passar.

— Prepare minha suíte, ele vai estar cansado e para quando ele acordar, uma refeição leve. — ordenou, concentrado no que assistia.

— Sim, senhor Choi. —Havia lembrado.

— Suho? — chamou o beta, que se curvou para si — O nome do ômega é Jung Wooyoung, mas deve chamá-lo pelo meu sobrenome. Avise os outros empregados.

— Entendido, senhor Choi.— curvou-se novamente, para sair dali. Queria correr. A aura de Choi era pesada e difícil de respirar quando estivesse perto. Ele parecia muito irritado, o tempo todo, por conta disso.
Se esparramou no sofá, cansado, entre suspiros. Esperava que o ômega não lhe desse trabalho, e como dito por Jongho, ele era fácil de lidar, sendo alguém muito inocente e calmo. Então, não arranjaria problemas.

— Está tarde. Esperando o ômega? — Yunho adentrou o cômodo, usando um pijaminha com desenhos de dinossauros bebês. Era engraçado, de fato, e isso Choi não pode negar, rindo um pouco alto da imagem do amigo.

— E você? Vai a uma festa infantil? — brincou, fazendo o Jeong criar uma carranca, mas logo rindo junto.

— Gosto de pijama, é gostoso pra dormir. E você não respondeu minha pergunta — cruzou os braços.

— Claro que não estou, mandei preparar meu quarto para ele e decidi ficar aqui — deu de ombros. Ele ainda usava roupas formais.

— Ah, dormir de gravata é um novo hobbie? — zombou, recebendo um travesseiro contra si — apenas não seja um babaca com o garoto. Ele foi vendido por um tio nojento, lembra?

— Eu sei, Yu

— Boa noite pra você, Biscoito — deu uma risadinha, para sair correndo dali.

— Boa noite — sussurrou.
Sim, ficaria ali até o ômega chegar, mas não admitiria ao amigo nem morto.

[...]

O quarto estava escuro, enquanto apenas um abajur iluminava parcialmente uma pequena parte do cômodo. Choi Jungsu, o lúpus que fundou e criou todo aquele bando, olhava pela grande janela que dava visão da entrada da mansão.
Seu único filho iria se casar e ter filhos, isso o deixava feliz, Jung Wooyoung era o nome do ômega que logo ganharia o sobrenome Choi e lhe daria os sonhados netos.
Claro que, sendo o líder de tudo, sabia de tudo. Até sobre os motivos de ser aquele ômega de família simples.
Mas assim como seu filho pensava, ele pouco se importava sobre a linhagem do ômega.
Era um velho, com muito sangue nas mãos, que queria descansar do trabalho, deixar tudo no comando de seu filho, ter um genro e netos para cuidar e paparicar.
Sim, pesquisou tudo sobre Jung Wooyoung.
Era, de fato, um garoto simples, doce e belo, tratado como um bastardo por seus pais.
E como justo que sempre fora com ômegas, era aquele mesmo o escolhido.
A Rainha do império herdado ao seu filho.

— Mestre Choi, Jung Wooyoung chegou — um empregado o tirou de seus pensamentos.
Sorriu grande.
O garotinho lembrava sua falecida esposa, tão aventureira quanto, implacável, que o havia aceitado, mesmo sabendo de seu passado, presente, e possível futuro.
A mulher que amou, e o deu seu único e precioso filho.
É, pensar nela, o deixava com o coração mole.

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Um Omega para o primogênitoOnde histórias criam vida. Descubra agora