Um Omega para o primogênito

Capítulo_28

Oi amores, voltei com mais um capítulo espero que tenham gostado do capítulo anterior amo vocês .

Boa leitura a todos.

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Jung Hee possuía uma aparência assustadora aos olhos do ômega que abrira a porta durante a madrugada.
Ele lhe olhava com nojo, esperando por respostas após ter dito o que queria, conversar com San e seu sobrinho, Wooyoung. O cheiro de suas roupas deixava claro o quanto tinha bebido e fumado.

- Ômega nojento! - insinuou que avançaria contra o ômega, que gritou pelo susto, encolhendo-se ainda mais contra a parede. Escondeu o rosto com os braços.

- Ei! - alguém interviu o Jung, que olhou confuso para trás. Era Jongho, ainda com suas roupas do dia-a-dia. Uma jaqueta por cima de uma camiseta preta simples. Seu cabelo preto estava bagunçado e seus olhos transmitiam a raiva que sentia - fique longe dele! - rosnou alto para o Jung, que riu em escárnio, aproximando-se do ômega para tocar em seus cabelos ruivos.

- Dele? - arqueou as sobrancelhas, risonho, enquanto acariciava os cabelos do garoto. Sua fala estava um pouco alterada, mas perfeitamente bem para entender - ah, ômegas - riu, segurando nas mechas ruivas com força - usando esse cheiro doce para fazer com que a gente foda eles, hm? - olhou de soslaio para Jongho, que tentava controlar-se para não avançar no mais velho com toda sua força e ódio - entendi - aumentou sua risada, olhando para o ômega e Jongho - você gosta dele.

- Baek... - chamou por ele em um sussurro, preocupado. O ômega olhou assustado - você está bem?
Baekhyun não respondeu em palavras, apenas com um assentir, enquanto lágrimas desciam por suas bochechas.
Jongho fechou a cara novamente, olhando para Hee. Seus olhos tomaram um tom em verde esmeralda brilhoso e intenso.

- Os jovens... seus lobos gostam de qualquer um - Hee rolou os olhos, soltando Baek. O ômega olhou confuso para Jongho e seus olhos verdes.
Ele nunca havia dito que queria algo sério consigo.

- O que quer aqui? - empurrou o Jong com força, colocando-se na frente do ômega.
Não reconhecia Jung Hee, nunca havia visto o alfa.

- Oras, vim falar com meu querido sobrinho... - soluçou, dando uma risada no final - e seu futuro marido!

- Wooyoung? - indagou, não desfazendo-se de sua guarda e alerta. Baek segurava em sua jaqueta firmemente. Precisava protegê-lo do alfa maluco que estava na sua frente. Nunca se perdoaria se algo acontecesse a ele.
Queria formar uma família, e logo quando conhece alguém, o ômega é tocado por alguém desconhecido e desprezível? Ah não. Isso, não.

- Isso - soluçou novamente - meu querido sobrinho... vai ficar rico! -
Seu cérebro parecia que iria explodir de tanta felicidade das vantagens que seriam ter um sobrinho rico. Nunca mais precisaria trabalhar, ou sujar suas mãos. Pegaria uma quantia cheia e sumiria no mundo.

- Meu ômega - San soltou da escada, junto de seu lúpus, andando em passos lentos. Seus olhos estavam em dourado, e sua aparência indicava que havia acordado agora. Ele usava um pijama preto com detalhes amarelos, assim como Wooyoung - um ser tão desprezível como você... - com a luz que vinha da lâmpada da sala, Hee e Jongho conseguiram notar a adaga nas mãos do alfa, que a girava entre seus dedos - querendo chegar perto do meu ômega... meu companheiro - terminou de descer os degraus, olhando como um predador para o Jung.
Havia acordado, praticamente, possuído pelo seu lúpus irritado. Ele tinha sentido o cheiro de Hee durante o sono.
Jongho notou que o lúpus tomaria conta da situação, e que poderia ficar perigoso, virando-se para Baekhyun e pegando-o no colo, sentindo-o agarrar-se em seu pescoço com força.

- Se acalme. Vou tirar você daqui - sussurrou para o ômega, saindo com ele da sala de estar.
San deu uma risadinha, criando um sorriso perverso nos lábios.
Seu ômega estava bem, dormia tranquilo no quarto. Casaria com ele e teriam uma família.
O alfa na sua frente havia participado dos planos de Yeosang sem nem pensar e foi uma das dores de Wooyoung.
Vingaria-se rapidamente daquela escória a sua frente.

- Quanta ousadia aparecer aqui.

- Wooyoung é meu sobrinho! Ficará rico! - Mesmo com o medo instaurado em seu corpo por estar com o lúpus bem ali na sua frente, iria permanecer com seus planos.

- Isso - deu de ombros. Hee franziu as sobrancelhas, confuso - Wooyoung... Choi Wooyoung será mais que rico - o ômega com seu sobrenome. Gostou de pronunciar aquilo, mesmo no momento tenso que estava - e você não chegará perto dele novamente - segurou a adaga com firmeza na mão, segurando-a na altura dos olhos do Jung.

- V-você não p-pode! - soluçou - eu sou sua família!

- Família? -Não foi o lúpus que pronunciou, e muito menos Hee. San suspirou, olhando para o pé da escada. Em silêncio e escutando tudo, Wooyoung estava ali, com o rostinho vermelho e lágrimas grossas e quentes descendo por suas bochechas.
Aproximou-se de seu alfa, sorrindo e segurando sua mão livre, para concentrar-se em seu tio.
San não o impediu, segurando sua mãozinha com firmeza.

- Você nunca foi - disse firme - e nunca será minha família - respirou fundo, tomando coragem. Não iria impedir San no que ele iria fazer, mas precisava falar algo - até mesmo a minha mãe, que sempre foi tão devota ao meu pai, foi melhor do que você!

- Sua mãe? - riu, preocupado pela ação do ômega. Ele estava arisco - ela é uma doente! Eu que cuidei de você em seus primeiros anos de vida - claro que mentiria. Talvez assim, amoleceria o coraçãozinho frágil de Wooyoung.
Para sua surpresa, em meio às lágrimas, Wooyoung soltou uma risada descrente, virando-se para San e abraçando-o.

- O passado não importa - sentiu o lúpus abraçá-lo de volta - mesmo com todos seus problemas, minha mãe foi firme, e eu agradeço por isso, mas não acreditarei em nenhuma palavra sua - soltou uma risadinha, sentindo-se mais leve. Beijou o pescoço de San , tomando coragem - estou livre de todos vocês, tio Hee - olhou para o alfa, sorrindo - meu alfa me ama e me protege, seu dinheiro não é importante.

- C-como? Não seja tolo e egoísta!

- Egoísta? - riu - estou pensando, pela primeira vez, em mim mesmo - puxou o rosto do lúpus, dando-lhe um beijinho nos lábios - faça o que achar melhor, Sannie - sentiu a mão quente do alfa acariciar sua bochecha - estarei esperando em nossa cama - sorriu, beijando-o novamente, para ir em direção as escadas e chegar ao quarto.
San suspirou orgulhoso e aliviado, vendo como Wooyoung havia tentado ser forte em suas palavras e decisões. Amava tanto aquele ômega.
Sorrindo, virou-se para Hee, que tremeu contra a parede.

- Escutou? Meu ômega ele é tão forte - deu uma risadinha boba - e, agora, vou dar um fim em você por ele - pensou - porque eu obedeço e sou completamente apaixonado por aquele garoto. Tudo que ele me pedir, farei com a maior alegria. Principalmente, matar você.

- N-não...

San aproximava-se com firmeza, sem tirar o sorriso de seus lábios.

- Nos encontramos no Inferno, seu merda.

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