ʚĭɞ 33 | Uma Fugidinha

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A noite trouxe estrelas lindas e um céu límpido o suficiente para que a lua e as estrelas pudessem ser admiradas por todos.

No quarto dos soberanos, Jimin olhou para o rosto adormecido de Alfie e acariciou os cabelos do filhote, ele era tão pequeno e adorável. O ômega não conseguia se ver em uma vida onde ele não tinha Jungkook e seu filhote, sua vida pertencia aos seus dois amores... bem, agora três amores, contando com o brotinho que estava a caminho.

Às vezes, o ômega ficava surpreso que estava mesmo carregando o fruto de seu amor dentro de si mesmo, ainda era algo incrivelmente mágico. E sempre que pensava se aquilo tudo era realmente verdadeiro, seu filhote fazia questão de se mover e lhe dar alguns chutes, como se dissesse "ei mamãe, eu sou de verdade, estou bem aqui".

O ômega não podia negar que sempre se emocionava com as tentativas de comunicação que seu filhote fazia, eram adoráveis e um pouco dolorosas, mas nada - ainda -, insuportável.

Oh, Jimin também estava deveras emotivo. Se tornou comum encontrar o ômega chorando em algum canto do castelo. Seus genes de ômega misturados aos hormônios da gravidez estavam o deixando sensível ao extremo. O motivo mais pequeno e bobo, causava um grande chororô no ômega, a prova disso foi quando ele esmagou uma pobre borboletinha, até hoje, quando vê uma borboleta, pensa que é algum parente que veio vingar a morte da outra.

Jungkook era quem mais sofria com os surtos de seu ômega; mas isso não era um incômodo para ele, na verdade, estava adorando vivenciar aquela fase de suas vidas. Seu lobo sempre ficava eufórico com o pequeno ômega, ora cheio de dengo, ora tão furioso quanto um guerreiro de suas terras em campo de batalha.

Mas a verdade era que mesmo que seu ômega seja muito forte e valente, cuidar e proteger ele em seus momentos de fragilidade deixavam o alfa contente e ainda mais desejoso de seu esposo.

As especulações dos lupinos eram diversas. Muitos acreditavam que o filhote era um alfinha, pois, já no ventre de sua mãe, o alfinha poderia competir com seu pai pela atenção de sua mãe. Jungkook ficou bobo ao saber disso, para ele, era engraçado e embaraçoso saber que seu filhote competia contra o próprio pai.

Mas tinham os que acreditavam que se tratava de um ômega, ômegas são sensíveis e manhosos, sempre procurando pelo seu alfa, mas ao ficar estressado, poderia ser mais impiedoso que uma vespa raivosa.

O Rei não sabia em qual das teorias acreditar, afinal, todas eram compatíveis com as reações que Jimin sempre tinha. Porém, a possibilidade de ser gêmeos estava descartada, só tinha um filhote lá, ele e seu lobo podiam sentir tanto a presença quanto o cheiro - agora mais presente -, de leite e mel.

Mas saber o sexo de seu filhote, não era uma preocupação para o casal. Apesar de tudo, eles estavam muito felizes com a família que estava crescendo, e era isso que importava.

A gestação trouxe eventos inesperados para a vida do ômega, além dos inchaços no corpo, dores constantes nas costas e desejos que deixavam Jungkook à beira da loucura, também veio o estranho fato de seus peitos estarem doloridos. Bastava um esbarrão para deixá-lo sensível. Suas auréolas estavam ficando inchadas a cada dia e a dor que antes era suportável, começou a incomodá-lo absurdamente.

Ele sentia o desejo estranho de pedir ajuda a seu marido para tentar solucionar aquele incômodo, mas o que o seu alfa poderia fazer? Em sua concepção, nada.

Jimin não sabia por que estava sentindo aquilo naquela área de seu corpo. Estava apavorado com todas as sensações, mas também não ousava tocar-se. Tinha medo de que poderia causar algum problema irreversível em si mesmo, na verdade, tinha medo de descobrir o que estava causando aquilo. Diversas vezes pensou em falar com Jungkook sobre aquilo, mas a vergonha logo o inundava e ele suportava o incômodo em silêncio.

Noivo do Rei ♔ | JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora