Capítulo 36

266 36 14
                                    

Tomei um banho bem demorado, estava pensando na conversa que tive ontem com a Paola

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Tomei um banho bem demorado, estava pensando na conversa que tive ontem com a Paola. Ela mudou bastante de personalidade e de atitude, ela nunca falaria daquele jeito comigo, sempre manteve a cabeça baixa e esperando as minhas ordens ou qualquer pessoa desta fazenda. Quando desejou mal ao meu filho e à minha noiva, a minha vontade era bofeteá-la como fazia antigamente. Mas mative calma, e como ela estava segurando um garfo e com certeza usaria contra mim.

Não gosto de ser contrariado, nem a Camille fala assim comigo, se falasse, uma boas bofetadas resolveria o problema.

Saio do Box já pegando a toalha e enrolei na minha cintura, vou à pia, deslizo a mão sobre o espelho para tirar o vapor. Meu corpo estremeceu ao ver Camille encostada no batente com os braços cruzados. A conheci na festa do meu amigo, tinha um namorado de cinco anos e traiu ele comigo, fui o seu amante durante seis meses.

— Não quero ficar aqui, o lugar é bastante bonito mas não é compatível com o meu estilo de vida.

Saio do banheiro, esbarrando em seu ombro.

Camille Lambert é herdeira de uma imensa fortuna e é princesinha dos tabloides por seus escândalos de uso excessivo de álcool e drogas, e ao meu lado, até que melhorou bastante o seu vício. É tanto, que Alessandro Lambert me adora e me presenteou um carro exclusivo e caro, uma Ferrari vermelha.

— Compatível com a sua vida? Qual a vida que você tinha na França além de fazer compras, beber ou usar drogas? Aqui tem tudo, Camille, principalmente uma plantação de maconha e vários shoppings.

Vou à closet, sinto a sua presença atrás de mim.

— Você teve alguma coisa com aquela mulher?

— Que mulher?

— Paola Flórida. — A ignoro, e calço a cueca — Eu o vi de modo que você olhava para ela no café, no almoço e no jantar, e o modo que ela te olhava, mas tinha diferenças nesses olhares. Poderia me explicar?

Virei, Camille às vezes é paranoica e ciumenta. Aproximei-me dela, agarrei as suas bochechas e apertei levemente, colocando um pouco de pressão.

— Está tudo na sua cabeça, Camille! Quer que eu ligue para o seu pai? Quer voltar para clínica de reabilitação?

— Não!

A empurro — Então, seja uma boa menina e uma nora perfeita. E respondendo a sua pergunta sobre morar aqui, falei com o seu pai e ele concordou, você não tem para onde ir Camille Lambert.

Seus lábios tremeram, saiu do quarto quase correndo. Neste instante a minha mãe entra no quarto toda angustiada.

— Mãe? O que houve? — Perguntei vestido a calça jeans — Aconteceu alguma coisa com o papai?

— Pior — Foi à direção da poltrona que fica em frente na varanda — É sobre o casamento do seu irmão e aquela sonsa, nunca imaginei que a filha da empregada carregaria o sobrenome da nossa família.

BELA POSSE - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora