Capítulo 53

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Estou numa das fazendas de café, alguns trabalhadores estão ficando doentes sem nenhuma explicação aparente

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Estou numa das fazendas de café, alguns trabalhadores estão ficando doentes sem nenhuma explicação aparente. Estão com os mesmos sintomas, mesmo sendo severo com eles, os meus empregados tomam vacinas conforme a lei. Preciso de mão de obra, sem eles, toda essa riqueza será em vão. Talvez seja gripe ou outra coisa, tomara que não seja contagiosa. Se não, terei que tomar medidas drásticas, e esconder milhares de corpos não é nada fácil, precisamos ser bastante cautelosos. Chamo o Humberto, que está conversando demoradamente com um capataz. Meu braço direito vem caminhando na minha direção com passos apressados.

— Fala patrão. — O rosto dele está sujo de terra — Algum problema?

— Quantas pessoas que estão doentes? —Pergunto olhando em volta, pessoas com expressões abatidas e cansadas rodeiam a gente.

— Dez mulheres e cinco homens — Respondeu. — Quer conselho meu? Mate-os, um doente foi responsável por contaminar quatorze pessoas e essas pessoas com sintomas sem nenhuma explicação irão contaminar o resto. E daqui a pouco vai virar o inferno.

— Sempre me pergunto, onde você tirou tanta frieza. Nunca quis conhecer o seu pai ou sua mãe?

— Não, me abandonaram na beira da estrada quando eu era apenas uma criança. Se não fosse o seu pai, eu estaria morto agora.

— Hum, você que sabe! — Ajeito o meu chapéu — Vou aderir a sua ideia, mesmo que essa escolha seja difícil. Não posso me arriscar a perder a mamata toda. Vamos embora, daqui a pouco será o seu aniversário de casamento.

Humberto sorriu.

— Pois é! Treze anos de casados, é uma coisa boa. E você senhor Leôncio? Daqui a pouco se casará novamente.

Casamento, às vezes penso casar com a Paola. Mas ela é um bicho bruto, precisa ser amaciada antes de colocar uma coleira nela.

— Espero que sim!

Montamos no cavalo e começamos a cavalgar, ao longe passavam os capatazes conduzindo um pequeno rebanho de ovelhas. Considero esse lugar um paraíso, exceto pela escravidão e mortes que rondam nesse lugar belo.

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Coloquei o meu cavalo no celeiro, e fui caminhando ao lado do Humberto. Passei entre as decorações da festa na entrada da casa, muitas pessoas profissionais participando neste evento, e é óbvio que o sairá no meu bolso. Humberto sendo um Hernández, não tem fortuna mesmo se casado com a Herdeira, está no contrato, caso de divórcio Humberto sairá com nada, vai sair do mesmo jeito que entrou: Liso. Subimos os degraus, na entrada encontrei María esculhambado a coitada da Anna Carmen que agora está belíssima, está mais viva e tem brilhos em seus olhos, realmente aquele encosto que mandei matar estava sugando até o último fio de cabelo da sua filha com a sua ganância.

— Eu te expliquei a diferença entre o guardanapo interfoliado e convencional, vou explicar lentamente porque burra como você só dá trabalho, morta de fome.

BELA POSSE - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora