Capítulo 34

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Enchi a vasilha de cereal com o leite, misturando tudo dei para Guadalupe, agora que sou noiva e mais ou menos dona dessa casa serei madrasta de mentira para os filhos do Leôncio, eu estou saindo muito bem

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Enchi a vasilha de cereal com o leite, misturando tudo dei para Guadalupe, agora que sou noiva e mais ou menos dona dessa casa serei madrasta de mentira para os filhos do Leôncio, eu estou saindo muito bem

nesse papel. Guadalupe é carente e precisa de uma mãe, e o Bernardo, bom, é meu filho de verdade e está gostando que seja a noiva do seu pai e não a Juana García.

Falando em rameira, ficou maluca na festa e queria me agredir na frente dos convidados, e por causa da sua irresponsabilidade e do seu vexame, foi jogada na rua, sem mais e sem menos, pela sua bravura e decência transei feito cadela em cio com o meu noivo de mentira.

— Está uma delícia esse café da manhã — Camille comentou mexendo no seu pedaço de bolo.

Conheço o seu tipo, uma jovem mimada de vinte e poucos anos, não trabalha, parou a faculdade no meio ano letivo para dedicar as suas futilidades, vem de uma família riquíssima na França e recebe literalmente tudo na mão, a sua única ordem pode proporcionar um prazer absoluto.

Traduzindo: Uma herdeira.

Odeio esse tipo de indivíduo, passei anos convivendo ao lado deles, as suas únicas preocupações eram a última coleção de outono e inverno.

— Tia Cristina que fez o bolo — Comentou a Guadalupe de boca cheia.

— Guadalupe, não fale de boca cheia. — Peguei o guardanapo e comecei a limpar os cantos da sua boca carinhosamente. — É muito feio.

— Desculpa!

Beijo a sua testa, nem percebi a Cristina olhando para nós. Balançou a cabeça negativamente e saiu, pisando duro.

— Vocês viram o Alejandro? Quando acordei, ele já tinha saído.

— Provavelmente olhando as suas terras, matando a saudade — María entra na sala, puxou a cadeira ao lado da Guadalupe, olhou para sua sobrinha e fez cara feia — Oh, garota porca! Isso lembra de uma pessoa — Olhou para mim sorrindo.

— Está roxo no canto da sua boca, o que aconteceu? — Apontei o dedo com más intenções, lembrando-a da surra de ontem e que posso fazer de novo, sem se importar com mimadinha francesa e o Alejandro nesta casa.

María fechou a cara, e resmungou, provavelmente me xingando de vários nomes. Por satisfeita, pego a minha xícara fumegante de café e bebo aos poucos.

— Camille? Está sabendo que Alejandro ficará aqui e que cuidará dos negócios da família?

Parei de beber o café para ouvir a conversa alheia. Camille deixa o garfo no pires e se endireita na cadeira.

— Não! Ele não me contou nada, no início a gente iria ficar alguns dias, pelo menos uma semana e voltar para a França.

Alejandro morando aqui? Não acredito, pelo menos eu irei embora desta fazenda. Às vezes me pego pensando fugir dessas terras, porém, Leôncio Hernández não tem cara de deixar barato, provavelmente iria me caçar feito animal e cumprir a sua promessa até o fim. E agora que sei sobre as máfias que existem além do Cartel, é melhor ficar ligada e com os olhos bem abertos.

BELA POSSE - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora