Capítulo 42

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— Desgraçada, INFELIZ — Peguei a primeira coisa que vejo e jogo na parede com tudo, não me contento peguei os travesseiros e comecei a rasgar um por um sem sobrar mais nada

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— Desgraçada, INFELIZ — Peguei a primeira coisa que vejo e jogo na parede com tudo, não me contento peguei os travesseiros e comecei a rasgar um por um sem sobrar mais nada. Estou puta e ansiosa, aquela vagabunda imprestável vive ganhando das merdas que faço contra ela.

Por acaso ela é a preferida de Deus? Sempre saí como vitoriosa e enquanto a mim saio como doida varrida, merda, inferno. E o corno do Humberto está apenas parado observando a sua esposa enlouquecer, outro infeliz da minha vida, só tem bostas de pessoas convivendo comigo.

— Sabe o que está parecendo? Uma louca.

Eu estou louca? Jamais meu querido.

— Culpa da Paola, odeio aquela mulher.

Vou à direção do closet, pego todos os meus vestidos e jogo no chão, piso em todas elas, depois vou na penteadeira e derrubo todos os meus cosméticos, foda-se que estou fazendo o papel de mulher desequilibrada. Sento-me no chão próximo à cama, abraço o meu próprio joelhos e comecei a chorar, em minha mente iria dar certo mostrar aquelas fotos horríveis e murchas, mas não, ela simplesmente veio caminhando como se fosse a Gisele Bündchen e deu aquele discurso maravilhosamente bonito.

Humberto veio e sentou-se na extremidade da cama, apoiou os seus cotovelos em ambas as pernas e suspirou.

— Não sei qual é a fonte de tanto ódio que você sente pela Paola. Essa mulher não fez nada, desde criança trabalhou nesta casa feito escrava doméstica.

Não quero olhá-lo, e também não sei como responder a sua pergunta. Só fico olhando na direção do closet destruído, talvez sinto inveja, sei lá, eu tenho tudo. Nome limpo, sempre fui bonita desde sempre, marido corno, amante fiel, dinheiro, e a Paola? Nada, além de ser odiada na América.

— Quer transar? Já faz alguns dias que nós não transamos, o que você acha?

Ouço suspirar novamente, levantou-se na cama e ficou na minha frente, desceu o zíper da sua calça e depois pós o seu pau para fora.

— Talvez tomar o seu leitinho melhora o seu humor de cão.

Engulo a seco. Fico de joelho, pego o seu pênis e comecei a chupá-lo. Humberto é um ótimo marido, fiel a mim, eu só preciso ser uma esposa decente para ele, e eu serei a partir de agora.

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Manhã seguinte

Sentada no seu colo esperando a minha respiração normalizar enquanto Miguel dava leves beijos no meu ombro nu. Estamos no local do nosso encontro, no celeiro, não sei quanto tempo estou aqui. Aproveitei que o Castiel está muito bem alimentado, Humberto saiu pra trabalhar não sei para onde, Soraya foi para escola e aproveitando chamei o Miguel. Aproximei o meu nariz no seu pescoço, cheiro de homem, cheiro de macho trabalhador. O seu pênis ainda estava dentro de mim, vazando o seu esperma, que de novo esquecemos a camisinha.

No fundo gosto quando isso aconteça, é a lembrança de um ótimo sexo que tivemos, jurei que seria uma boa esposa mas é impossível com o Miguel cavalgando neste território. Arriscando a minha própria reputação de boa moça e uma esposa dedicada à família, mas por outro lado morro de medo caso encontre alguém para amar livremente. Caso isso aconteça, terei que matá-lo, nenhuma maltrapilha irá tirar ele de mim, ninguém.

Miguel me tirou do seu colo, e me deitou na cama improvisada, e levantou-se.

— Preciso ir.

Começa a procurar as suas roupas jogadas pelo chão um por um, enquanto se vestia, silenciosamente observava o meu macho. O seu corpo esculpido detalhadamente perfeito, braços fortes, musculoso e queimado pelo o sol, sua barriga zero de gordura e as suas pernas torneadas, tudo isso é meu. Porém, estou sentindo algo estranho vindo dele, Miguel está distante e às vezes indiferente.

Será que tem uma mulher no meio? Se for, terei que descobrir.

— Vista-se, daqui a pouco chega alguém.

Eu vesti a calcinha de algodão e logo depois a calça jeans, a blusa foi por último.

— Aconteceu algo de ruim para ficar tão indiferente? — Levantei os olhos para ele, Miguel está de costas para mim — Miguel.

— É melhor nós pararmos por aqui, María. — Colocou o seu chapéu na sua cabeça — Estou cansado de viver nesta vida, quero construir uma família grande que nunca tive.

Agarrei os seus dois ombros e coloquei-o na minha frente.

—Tem outra mulher? Tem uma puta no seu caminho?

Miguel afastou-se de mim.

— Estamos nesse relacionamento há anos, já está na hora de acabarmos com isso. Quero construir uma família, ficando com você jamais terei isso.

— Miguel... — Lágrimas já desciam pelo meu rosto. — Somos perfeitos juntos.

— Não somos, e no fundo você sabe disso. Desculpa, María.

Foi embora levando o meu coração junto com ele em pedaços. No fundo já sabia que um dia iria acontecer mais cedo ou mais tarde, e este dia chegou, não imaginava que seria tão doloroso assim. Não aguentei, e desabei no chão abraçando o meu próprio corpo, deixei os soluços escaparem entre os meus lábios trêmulos. Desgraçado, Miguel me abandonou.

Por que? Há quanto tempo ele estava esperando jogar essa bomba em mim? Do nada ouço aplausos, todo o meu corpo tremeu. Levantei a cabeça e vi a Paola rindo da minha cara segurando um celular.

— Sua vadiazinha, é tão boa moça. Não é María Hernández? E faço uma pergunta, quem é a vagabunda da história agora?

Levanto-me no chão, com pernas bambas e nariz escorrendo, sigo a sua direção.

— O que você disse? — Perguntei.

Paola balançou o celular no ar.

— Gravei tudinho você trepando com o Miguel, estava tão quente que queria até participar. Imagina alguém descobrisse o seu casinho?

Limpo o meu nariz.

— Desgraçada. — Rosnei.

Paola se afastou brincando com o seu celular. Saiu do celeiro, arrumei o meu cabelo rapidamente e fui atrás dela com passos apressados.

— PAOLA, VAMOS CONVERSAR! POR FAVOR!

A cadela parou e virou para trás e caminha lentamente na minha direção.

— A partir de agora você vai me chamar de senhora, tá? E com a voz aveludada oh, senhora.

— O quê?

— Foi isso mesmo que você escutou, se não... o seu segredinho tornará em público.

— Desgraçada, eu deveria ter matado você quando tive chance.

— Deveria, mas não fez.

Fecho os meus punhos, estou ferrada. E estou sozinha nessa história, filha da puta, preciso emplacar esse jogo.

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BELA POSSE - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora