Capítulo 2

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Com os cotovelos apoiados na mesa de escrivaninha, escutava a minha mãe berrar silenciosamente comigo, lágrimas desciam a cada puxão que era dado no meu couro cabeludo. Ela soube toda a verdade sobre o meu papel de amante, me esperou silenciosamente no quarto e quando entrei, recebi um tapa tão forte que caí no chão, tem uma marca de cinco dedos gravados na minha bochecha direita.

As pessoas vão comentar sobre o arroxeado debaixo dos olhos e o canto da boca. Queria falar que não tinha culpa, tinha medo das consequências da minha desobediência e acatava tudo que o Alejandro pedia para mim. O mais temia, aconteceu, ela soube pela boca do Leôncio.

Ai meu deus, se ele contar para os seus pais? Estamos ferradas, até a Cristina entraria na lista negra deles, não quero ser mandada na lavoura.

— Você é puta, Paola. — Pegou o meu queixo com brutalidade e apertou-lhe — É uma cadela que fica fazendo esses serviços depravados no meio da noite.

Outro tapa.

— Mamãe.

Pegou o meu cabelo e puxou para trás novamente, seus olhos estavam em chamas de puro ódio.

— Abra as pernas, quero ver um tamanho estrago que ele fez em ti.

Acatei as suas ordens, tirei a calcinha manchada pelo gozo dele e abri as pernas, mamãe enfiou dois dedos em mim e ficou remexendo, seus olhos arregalaram quando aprofundava e causava desconforto e dor, retirou os dedos. Colocou os dedos sujos próximo ao seu rosto, e ficou observando e depois cheirou, lágrimas desciam pelo seu rosto.

— É muita abundância de esperma do homem dentro da sua vagina, você está completamente preenchida por ele. Não gozou fora ou usou camisinha? Uma menina tão inteligente e dedicada aos estudos não sabe que o esperma do homem engravida uma mulher? Eu nem sei ler e escrever direito, mas eu sei disso.

Esfregou os seus dedos melados na minha cara, gritei. Sou empurrada para a direção da cama, caio entre as almofadas fofas.

— Vai te limpar e tirar o máximo que puder. Se tu engravidar, vai tirar esse bebê dentro do seu ventre. Me ouviu?

— Sim, mamãe!

Levantei na cama toda trêmula, e fui ao banheiro, tirei o meu vestido e olhei para meu corpo despido refletido no espelho oval, meu corpo todo marcado por manchas roxas e vermelhas, não tem nenhum canto do meu corpo que esteja marcado por ele. Mamãe tem razão, fui uma cadela imprestável e miserável, se engravidar dele serei morta ou mandada para lavoura, terei que abortar.

Toco na barriga, mas não sei se estou realmente grávida, todos esses anos não fiquei prenha do Alejandro, e talvez que isto nunca aconteça, mas se o destino for cruel comigo, terei ser uma vilã. Não posso sacrificar duas vidas por uma.

Afastei a cortina para o lado, e entrei. Ligo o chuveiro, me abaixo e abro as pernas, com dois dedos limpo a área suja por dentro e por fora, não pode ficar nenhum indícios do esperma dele, se não, vou pegar barriga. Limpo também a área do meu ânus, meteu três dedos nesta área nojenta. Queria enfiar o seu pênis também, mas não deixei, faço cocô nela.

Cristina entrou no banheiro, cruzou os braços e ficou me vigiando calada se estava fazendo o certo.

— Quanto tempo está dormindo com o patrão?

— Desde os meus quatorze anos.

Fechou os olhos e depois respirou bem fundo, seus lábios tremeram porque estava querendo chorar novamente.

—Alejandro não forçou nada, eu gostava disso.

— Está fazendo o meu papel, tal mãe, tal filha.

BELA POSSE - LIVRO 1Onde histórias criam vida. Descubra agora