Capítulo 27

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Viemos parar no pagodinho ao vivo que estava tendo, mas estava um pouco indisposta mas estava bebendo.

Olhei na direção do meu irmão e o Renan estava conversando com ele, encarei ele mas ele nem olhou pra mim. Deve tá com raiva porque ignorei ele, nem vou falar nada.

Estava sentada na nossa mesa curtindo, estava lotado.

Meu irmão veio direção

MV: bora

eu: já?

MV: papo de operação

eu: tá falando sério? - meu coração disparou.

MV: sim, bora logo! Vou tentar atravessar com Galo pra ver se consigo tirar ele daqui - concordei

Avisei as meninas, que rápido pegamos nossas coisas e fomos saindo.

MV: vai pra casa sozinha?

eu: vou pra minha mãe - ele concordou.

MV: vai pra lá também Maitê - ela concordou

eu: você vai ficar aonde?

MV: vou pra casa só vou ver se dá pra atravessar com ele, se ele vai ficar por aqui mesmo

eu: tá

MV: meu pai já ganhou de rua com a minha mãe, vai pra lá mesmo - falou mexendo no celular.

eu: não dá pra gente descer mais né, não queria ficar aqui

MV: acho que tá tudo cercado já, melhor evitar - concordei.

Meu pai não devia mas nada, mas ele tinha pavor da covardia que podiam fazer com ele, então com todos os papos de operação ele saia do morro com a minha mãe, infelizmente ele nunca vão ter 100% de paz.

Fui em direção minha moto o Renan estava parado no carro dele, fui até ele que mexia no celular.

eu: Oh

Renan: oi - falou mexendo no celular ainda.

eu: se cuida tá - ele me olhou.

Renan: fica tranquila, vou ver se consigo atravessar pra NH se não, vou ter que ficar por aqui mesmo

eu: Renan

Renan: oi cara - me encara, meu coração estava apertado.

eu: eu não quero te perder por favor, se você não conseguir sair daqui me promete que você vai ficar bem - falo com as lágrimas descendo.

Renan: para de loucura, vou ficar bem pô cara. Vou lá pro outro lado se não conseguir sair.

eu: você promete? Por favor não me deixa sozinha

Renan: para com isso, prometo pô! Vem cá - ele me abraçou e respirei fundo.

MV: bora

Renan: tô indo já - soltei ele

eu: fica bem, tô te esperando

Renan: eu sei minha boneca - ele deu um beijo na minha testa e saiu com meu irmão.

Maitê: que vida maldita né cara

Respirei fundo, subir na moto, deixei a Manu em casa porque ela tinha uma avó senhora.

Passei na Maitê ela pegou algumas coisas dela e descemos pra minha mae. Estacionei minha moto na garagem e a Bruna a dela.

Andei pela casa toda vendo se minha mãe tinha esquecido de esconder alguma coisa, Bruna fazia a mesma coisa.

Minha cabeça parecia que ia explodir!

Bruna: hoje o viado do tino Júnior fica agoniado pra começar, vai ser uma perturbação

eu: nem fala com aquele mosquito fofoqueiro

Não conseguia pensar em nada, meus pensamentos ficava todo no Renan, mandei mais uma mensagem pra ele mas só foi um ponto.

Fui pro quarto e deitei na cama, fiquei pedindo a Deus pra proteger ele, mesmo sabendo a vida que ele levava era errada, mas não queria perder mais uma vez.

Tentava fechar os olhos mas não conseguia minha mente estava a mil, levantei tomei um banho pra ver se me sentia melhor.

....

Estava deitada, minha mãe me ligou pra saber como estava as coisas, que meu pai estava acompanhando no grupo que os bopes já estavam dentro da mata pois eles estavam fazendo armando uma Tróia, meu coração cada vez ficava mais apertado,

Ela perguntou pelo meu irmão e eu mentir falando que estava deitado com a Maitê, olhei no relógio era 4h e nada dele.

Falei mais um pouco com ela e desliguei.

Maitê: seu irmão não responde

eu: nem a mim, mensagem nem chegou pro Renan também

Maitê: tô morrendo de dor de cabeça

eu: também

Bruna já estava apagada, devia estar no milésimo sono.

Levantei peguei um remédio de dor de cabeça pra gente, peguei água

eu: toma - ela pegou e tomou.

Maitê: pensei que ia pintar hoje

eu: e eu - rir

Maitê: última operação foi um caos, não quero imaginar essa

eu: to com medo amiga, não quero perder mais ninguém

Maitê: não vai, vamos pensar positivo sempre amiga!

eu: meu coração tá apertado sabe

Maitê: imagino

Escutei a porta era meu irmão todo sujo, me trazendo um alívio.

Maitê: que isso?

MV: tranca tudo

Maitê: tava aonde Vinicius? Todo sujo

MV: levando o amigo na direção do mano pra ele se entocar com os caras

eu: ele não conseguiu sair né - falo preocupada.

MV: não, já tá tudo tampado

eu: meu Deus - falo me sentindo fraca.

MV: se ele tenta sair roda ou matam ele, melhor tentar sobreviver com os amigos

eu: tô sem forças - falo me sentindo mal.

MV: calma, vai ficar tudo na paz pô

Não passou nem meia hora e começou um tiroteio, helicóptero sobrevoava tudo.

MV: pau vai quebrar agora - começou muito tiros.

eu: que Deus proteja todos, inclusive os inocentes cara

A cada operação se abria uma ferida no meu peito lembrando tudo que eu já passei, tenho trauma, um pavor. Todas as vezes parecia que eu estava revivendo aquele pesadelo de meses atrás. Era uma sensação horrível, não conseguia nem explicar!

Maitê: vai tentar deitar um pouco amiga - concordei

Levantei e fui deitar do lado da Bruna pra tentar cochilar, mesmo sabendo que seria em vão e não iria conseguir dormir com os tiros.

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Chega de comemorar, voltei!🤣❤️

Doce veneno✨ (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora