Capítulo 24

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Renan deixou a gente super a vontade bebida, mesa de frios as meninas estavam super animada. Nosso reservado só ficou a gente curtindo e bebendo. Estava me sentindo jogando em casa mesmo estando na nova Holanda.

Bruna: E o banco do carona já tem dona espaço reservado no seu nome com os vidros rebaixados e o som tocando desfilo com minha dona e as criança - cantou me gravando.

Manu: espaço reservado com seu nome literalmente - riu.

eu: se manca. - dei um gole no copo.

Estava bebendo mas observava tudo atentamente, o Renan desde aquela hora não apareceu, deve tá com a mona que ele conheceu  uns dias já, perguntou o que eu achava e mandei ele ir em frente. Também não ia prender alguém a mim com essa indecisão que estou, conversamos e pedi pra mantermos o respeito pela nossa amizade que vale muito mais, nos damos super bem na amizade e não quero perder jamais essa sintonia nossa.

...

Já estava ficando no brilho, cantava aquelas música de facção abrindo o baile da nova, era muito bico pro alto juntos com os fogos. Fiquei ali quietinha bebendo, batia cada lembranças nesse momento, sai de mim, euim.

Sentir alguém chegando por trás de mim, olhei era ele, dei um sorriso.

Renan: tá se sentindo a vontade? Quer alguma coisa?

eu: não, tá tudo certo

Renan: jae

eu: tá tudo bem? - ele estava com um cara de estressado, poucos amigos.

Renan: nada não

eu: temos pouco tempo de amizade mas te conheço bem baby - ele riu

Renan: vários bagulho, mas tá paz - dei um abraço nele por impulso e sentir um volume da cintura dele.

eu: vai ficar tudo bem - disse soltando ele.

Renan: vai po - ele foi encher o copo dele.

Ainda bem que eu não demos ênfase na gente, eu queria tapear achando que ele não era do crime, e infelizmente é. Não quero nunca mais viver essa vida, isso é um ciclo vicioso e se encerrou no falecido.

Eu pensei que seria diferente, mas não é e ainda bem que não levei pra frente!

Aquela vida ingrata de tráfico que eu vivia, vivi muito bem mas acabou quando o outro morreu.

A Bruna veio

Bruna: mona vocês parecem casal

eu: separa as coisas, amizade já falei - ficava pé da vida com essas coisas, pessoas não pedem ver homem e mulher tendo amizade.

Bruna: ele vai queimar seu filme e você o dele - riu

eu: aí você é ridícula

Bruna: ele tá com a cintura super ignorante

eu: percebi - falo cabisbaixa.

Bruna: pra mim ele trabalhava pra alguém, não que ele era isso "tudo". - revirei os olhos.

As meninas tavam fazendo vira vira de bananinha uma bebida que elas gostam, vieram na minha direção.

Manu: anda

Maitê: abre a boca mona

Bruna: vejo que isso não vai dá certo

eu: tô fora - ela me seguraram e comecei a rir, abri a boca e elas encheram minha boca daquela bebida, desceu me esquentando toda.

Manu: aqui na nova Holanda

Todos: de quatrão, de quatrão, de quatrão

Manu: sento no monopólio com dono do petróleo - começamos a rir.

Bruna: para tudo na nova Holanda que elas vão ficar de quatro - joguei meu cabelo pro lado, segurei na mesa e jogava minha bunda pro alto. Quando olhei de relance Renan estava parado na porta do camarote conversando com um cara que me secava demais e ele também. Nem me importei, só queria rebolar.

Maitê: gente baixou a maravilha na Beatriz - rir.

Bebia e dançava como não houvesse o amanhã, pela primeira vez eu estava curtindo de verdade. Sem olhares daquele povo da Penha malditos.

Eu me soltei completamente todas as dança eu ia até o chão, bebendo meu bom whisky.

Já estava tão no grau que até vídeo da minha irmã eu aparecia rebolando, nem aí pra nada e pra ninguém.

Bruna: as piranhas trepa mas glock não - cantou.

eu: vamos da um rolê lá embaixo - falei com a Maitê.

Maitê: no povo?

eu: sim

Manu: tá pra frente mesmo - riu.

Fomos saindo do camarote

Renan: vão embora ja? - fala segurando meu braço.

eu: não banheiro - ele concordou.

Fomos andando e descemos a escada do camarote e fomos andando pelo povo, estava lotado.

Aonde passava alguém puxava a ponta do meu cabelo e tinha uma monas muito remoçadas, não me conhecem mas fazem questão de fazer cara feia. Pra que guerra? Grandes e bobas, passava nem aí pra ninguém.

Andamos tudo e logo depois voltamos pro camarote, na hora que entrei meu olhar bateu com uma menina. É impressionante como sinto tudo, tenho quase toda certeza que essa é a mona que tá com ele, meu santo é foda não me deixa enganada em nada. Mas fiz a Katia, entrei fomos até o camarote e fui direto pra encher meu copo.

eu: ainda tá aí - fala na ondinha.

Renan: tava esperando vocês voltar pô do rolê, a não do banheiro, tava bom né ficou até descabelada - comecei a rir.

Ajeitei meu cabelo olhando na frontal do celular e dei um gole no meu copo. Ele saiu e continuei ali, ia começar o show do Vitinho.

Bruna: você vai da ele pra outra mesmo mona - fala bebada, me enchendo o saco.

eu: para de loucura, não tem nada além de amizade

Bruna: o jeito que ele te olha nem precisa falar nada!

eu: se manca! Chatice isso, coisa que não existe. Chega desse assunto - ela se calou.

Maitê: aí muito curtir aqui longe daquelas recalcadas que querem viver sua vida - falou bebada, rindo.

eu: e olha que meu preço é alto e ainda tem gente querendo pagar ele por mim, tem que ter coragem

Maitê: muito amiga - todas riram.

Bruna: é o preço mesmo de ser você.

Maitê: muito difícil ser eu - rimos.

eu: coloca difícil nisso baby pqp

Tocava os funks a gente fazia trenzinho, uma se jogava em cima da outra, a gente estava parecendo criança. Nosso camarote estava o centro das atenções, foi palhaçada pura.

Maitê: pula aqui - Manu pulou em cima dela e ela foi rebolando com elas nas costas.

eu: que isso kkkkkkkkkkkkkkkkk

Bruna: só vergonha

Maitê: tu é gostosa então joga tudão - rimos.

Manu: aí vai começar o show, se comportem

Bruna: vocês né, todo mundo olhado

eu: kkkkkkkkkkkkkk

Maitê: me beije me excita e vem por cima da piroca - cantou doidona.

Manu: vocês hoje querem roubar meu lugar em

Todas: kkkkkkkkk

eu: lá na treta da NH hoje é dia de cachorrada, noite das safadas - disse jogando minha bunda.

Maitê: só safadona kkkkkk

[...]

Doce veneno✨ (M)Onde histórias criam vida. Descubra agora