Doce veneno✨ (M)

Capítulo 28

Não conseguir pregar o olho o dia todo a bala voando, não parava. Quem conhece a Penha sabe como é a operação aqui, estado genocida com o morador.

Vieram aqui na minha mãe reviram a casa toda, ainda bem que meu pai não estava aqui.

Nem imagino como ia ser, infelizmente NÃO EXISTE EX BANDIDO. Meu pai colecionou diversos inimigos tanto contra o estado como com outras facção.

Pela minha mãe ela ia embora do morro ontem pra morar na pista, mas meu pai tem pavor da covardia de alguém ir buscar ele em casa essas coisas ou tentar contra nossa família. Até porque quem bate esquece, quem apanha não como ele sempre fala.

Meu irmão olhava coisa por coisa e aos poucos via que esses passa fome tinha levado era coisa, minha mãe vai enlouquecer quando ver que a coleção de perfume dela foi pro espaço, mas não tem nada não vem em dobro.

Minha irmã estava apagada, Maitê com a cara tão inchada de tanto chorar pois eles fizeram milhares de ameaças para meu irmão, mas eu me mantive firme mesmo querendo desabar escutando tudo aquilo, Serafim sempre me ensinou nunca deixar transparecer o medo e assim mantive minha postura.

Minha cabeça parecia que ia explodir, minha mente estava toda no Renan até agora nem sinal ainda desse homem.

...

A noite caiu e parecia está tudo calmo

MV: mais de 16 corpos na mata - meu coração parecia que ia sair pela boca.

eu: e o Renan?

MV: sei não, vou na rua ver se reconheço alguém com os moleques

Bruna: cara tem muitos mortos, foi completamente uma chacina - disse descendo mexendo no celular, eu me sentei no sofá e passei a mão no rosto.

Maitê: me deixa em casa, tenho que ver se fizeram algo lá em casa - fala preocupada

Vinicius saiu com ela e fiquei sentada em choque.

Bruna: será que tem alguém que a gente conhece - fala no tom de preocupação.

eu: não sei

Bruna: Renan ainda nada?

eu: nada!

Aquele silêncio tomava conta do complexo e nas redes socias era muita gente chorando. Vídeo de família carregando corpo, segunda se instalou o luto e o choro por aqui.

Eu não aguentava mais ficar em casa sem ter notícias, levantei colocando uma roupa qualquer, fiz um coque no meu cabelo.

Bruna: vai aonde?

eu: ter alguma notícia do Renan, Vinicius também não voltou até agora

Bruna: vários ronca faleceu Beatriz é melhor ficarmos em casa

eu: eu que decido o que é melhor pra mim

Bruna: você é teimosa cara, quer relembrar mesmo teu passado né, peito de aço

Olhei bem seria pra cara dela e fui saindo sem saber por aonde começar, mas não ia desistir de ter notícias dos meus!

Peguei minha moto e fui em direção a mata.

Manu: Oh - me gritou, dei a volta e parei

eu: oi

Manu: tá subindo pra mata pra que cara? Tá louca

eu: quero notícia do Renan, meu irmão saiu também e até agora não voltou! Não consigo ficar dentro de casa sem notícia nenhuma

Manu: também tô assim, Twitter maior tristeza! Vários ronca, cada hora acha mais corpo

eu: vou lá

Manu: vou contigo, te deixa sozinha não - concordei.

Ela subiu na garupa e acelerei a moto.

Chegamos na mata, estava lotada de bandido, estacionei a moto e desci.

Jota: Oh, tá fazendo o que aqui? - vem na minha direção, jogando o fuzil de lado.

eu: meu irmão cadê?

Jota: pô Bea foi levar um amigo na direção do médico daqui, tomou um tiro, mas os amigos resgataram o meno

eu: sabe o nome? - meu coração estava super acelerado.

Jota: tô ligado não

eu: poxa

Jota: vou ver aqui com os amigos, pera aí - ele saiu.

Manu: será que é o Renan cara - ela fala preocupada.

eu: aí Manuela - abracei ela

Manu: calma amiga

Ele veio mexendo no celular

Jota: é aquele mano lá da NH que fica com teu irmão - na hora meu coração parecia que ia sair pela boca.

Manu: Galo?

Jota: isso mesmo

eu: mas como ele tá? Você sabe?

Jota: tô ligado não amiga, só sei que os amigos conseguiu resgatar ele ainda vivo, mas tomou tiro! Os bopes tava de Tróia dentro da mata e ninguém sabia - segurei minhas lágrimas.

Manu: sabe pra aonde eles foram?

Jota: ver lá na chatuba - concordei.

A Manuela conseguiu algumas informações e fui na direção que falaram que meu irmão estava.

Chegando lá tinha uns menino da porta e era o segurança dele da Nova Holanda

eu: oi, Renan tá aqui?

Xxx: quem é você pô? - fala um cheio de marra.

Xxx1: tá paz mano, ela tava na NH lá com ele

eu: posso ver ele? Por favor - o menino fez positivo com a cabeça sério, mandou eu seguir ele e fui andando logo atrás.

Entramos na casa ele estava deitado de olhos fechados e meu irmão falando com o médico.

MV: tá fazendo o que aqui?

Nem dei ouvidos fui rápido me sentando do lado dele, que estava com braço e perna enfaixadas.

eu: Renan - falo chorando, naquele momento eu cansei de manter forte, apenas desabei deitando com cabeça de leve no peito dele.

Renan: oi, fica tranquila - fala fraco, abrindo os olhos aos poucos.

eu: você prometeu voltar bem poxa

Renan: e tô, vaso ruim não quebra fácil assim - ele fala fazendo um pouco de esforço.

Dr: ele precisa repousar, você não pode fazer esforço assim meu amigo

Renan: o pior já passou doutor, só agradecer mesmo pô - fala gemendo de dor.

eu: eu preciso de você aqui ogrinho - falo baixinho no ouvido dele.

Escutei um gritaria lá fora

Xxx: eu vou entrar sim, A MULHER DELE SOU EU! PIRANHA NENHUMA VAI OCUPAR O MEU LUGAR NÃO - fala entrando passando pelos bandidos.

Manu: abaixa tua bola, até porque aqui não tem piranha nenhuma bonita e outra isso não é momento de cacarejar e nem fazer show!!!!!

Xxx: TÁ ME CHAMANDO DE GALINHA?

Manu: ainda tô pegando leve amiga - fala afrontando ela.

MV: ou, ou, ou se liga porra não tua responsa! Abaixa tua bola aqui porra, tá vendo que não é momento pra isso caralho - fala na maior arrogância.

[...]