Dancing with our hands tied

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Angelina Pov

Nos separamos por falta de ar e ficamos nos encarando, o sorriso tomava conta do rosto das duas. Eu não acreditava que isso realmente tinha acontecido, e minha eu interior estava pulando de alegria.

Meu coração pulsava cada vez mais rápido, eu gostava de Taylor e isso era óbvio para mim, mas eu tinha medo de que ela não sentisse o mesmo. Passo novamente minhas mãos pelo rosto dela e beijo sua bochecha, vendo ela fechar os olhos lentamente.

—O que faremos agora?— ela perguntou.

E sua pergunta era muito vaga, podíamos interpretar de formas diferentes e eu não sabia qual era essa interpretação. E eu não queria responder algo que deixasse o momento estranho, então resolvi não falar sobre o beijo.

—Vai me mostrar sua casa não?— ela dá uma risada de canto e segura em minha mão.

—Vou sim, quer conhecer o que primeiro?

*      *
Acabamos de olhar o apartamento de Taylor e eu fiquei encantada, ele com certeza o design de interior dele foi pensado por Taylor, não tinha nada mais que exalasse ela do que aquele apartamento. E eu adorei conhecer mais sobre ela e sobre seus gostos pessoais.

Cada vez que eu ficava mais imersa na vida dela, eu a admirava mais, se era possível. A loira tinha um jeito que me instigava a me envolver nela e a conhecê-la melhor.

Agora estávamos no quarto dela, ela sentada perto da cabeceira e eu esticada no pé da cama, conversávamos sobre várias coisas, mas principalmente sobre os álbuns que ela iria lançar em breve.

—Estou muito animada com a regravação de Red, por que quando foi Fearless eu recebi um Feedback incrível dos fãs e aquilo me deixou tão, mas tão feliz que só tenho mais vontade de regravar os outros logo assim que conseguir todos os direitos. Além de ficar animada em criar novos álbuns que nem os últimos dois.

Provavelmente já disse o quanto eu adorava ver as pessoas falando sobre o que amavam, mas quando era Taylor, parecia que eu estava imersa nos pensamentos dela, entendia cada sentimento que ela sentia.

Me peguei observando cada detalhe do rosto dela enquanto falava sobre os trabalhos novos e os olhos de Taylor, que já eram azuis, ficaram ainda mais claros em um tom de azul celeste invejável. Eu ia me apegando cada vez mais nesses pequenos momentos e detalhes dela, não só por medo de ser tudo um grande sonho, mas por que a loira era simplesmente uma obra de arte, que parecia ser irreal.

—Terra chamando, Angelina!— finalmente "acordo" e solto uma risada sem graça por ser pega no flagra.—Onde você estava, Lina?

—Desculpa, é que eu admiro o amor com que você fala de seu trabalho e eu acabei me deixando levar.—Ela me encarava e eu coloquei as mãos no rosto de vergonha.—Desculpa de novo, que vergonha.

—Não, Lina, não precisa sentir vergonha, eu achei muito bonita essa sua confissão. Sei que já te disse, mas vou repetir, eu amo esse seu jeito de me apoiar independente do que seja, foi um mês longe de você e você não desistiu de mim e da minha amizade, mesmo sabendo que essa é a minha vida.

—E eu já te disse que se for com você por mim tudo bem enfrentar esses meus receios.—Ela sai da cama para andar e pula em cima de mim.

Seus braços envolvem meu corpo com uma certa dificuldade por que eu ainda estava deitada sobre o colchão. Taylor me aperta contra ela e eu solto uma risada nervosa, esses contatos mais íntimos ainda estavam longe da minha realidade, mas mesmo que eu não estivesse acostumada, eu amava aqueles momentos.

—Para de falar essas coisas para mim, senhorita Watts, meu coração é frágil demais.—me viro com muito esforço e fico cara a cara com ela que se senta em meu colo.