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Taylor pov

Mal foi o tempo de Angelina entrar no banheiro para dar um banho em Flora que já ouvi um miado na porta, e assim que eu abri, vi a pequena Buffy andar até mim rebolando, sem pensar duas vezes, me agacho e a pego no colo, fazendo carinho por toda ela.

Como todo gato que eu via, eu queria levar Buffy para minha casa, ela iria amar os meus filhos, pena que ela já tinha, não só uma como duas donas, então isso, infelizmente, não seria possível. Com ela em meu colo, vou até o sofá e me sento deixando ela deitada sobre minhas pernas sem nunca parar de fazer carinho em seu pelo tão macio.

—Quer assistir alguma coisa específica hoje, Buffy?—Ela mia e eu finjo que entendo, assim como Angelina fez algumas vezes..— Não tem nada em mente? Então vamos assistir Friends, vou colocar em qualquer episódio, porque Friends não tem episódio ruim.

O tempo passou e eu estava focada demais na série para ouvir a porta do banheiro abrindo e logo depois se fechando de novo, e só fui notar assim que mãe e filha apareceram no meu campo de visão. Levantei meu olhar para encontrar os olhos de Angelina já me encarando. Sinto meu corpo arrepiar com seu olhar em mim, mas antes que minha cabeça me leve para a noite passada e para todas a minhas sensações ao ser tocada por Lina, a pequena Flora pula no sofá e pega a gatinha, fazendo tudo o que queria com o bichinho que apenas deixava.

Então, percebendo que ela estava entretida com Buffy, me levanto e vou me aproximando devagar da loira que sorri cada vez mais para mim. Seguro na cintura dela e a puxo contra meu corpo, deixando vários beijinhos sobre seu rosto.

—Uma noite de falta de sono faz milagres, então?!— falo em seu ouvido.

—Tay, a Flora tá na sala...— sua voz estava levemente rouca.

E quando eu me afasto um pouco vejo suas bochechas vermelhas, e eu percebi que adorava ver esse tom em sua pele, porque sempre significava que eu causava alguma reação boa nela.

Minhas mãos continuavam em sua cintura e agora eu beijava seu rosto inteiro mais uma vez. E sabia que estava sorrindo porque suas bochechas mexiam toda vez que eu passava os lábios por elas.

—Eu também quelo beijinho.— me afasto da mais nova e vejo a pequena parada com os bracinhos cruzados nos olhando.

—Então você receberá muitos beijinhos.— pego ela no colo e começo a enchê-la de beijos e cócegas.

Sua risada invade meus ouvidos e sou incapaz de não rir junto à criança. Flora era uma graça e se parecia completamente com Angelina, até mesmo a risada. E eu me encantava cada vez mais pela pequena e por estar ao lado dela junto à Lina.

Enquanto faço cócegas e divago sobre minha, praticamente, nova vida, sinto as mãos da loira rodearem minha cintura. Ela beija minhas costas por cima de minha blusa e passa as unhas por meu abdômen, me causando arrepios em todos os lugares.

—Lina... a Flora está na sala.— falo com um sorriso travesso no rosto, mesmo que ela não possa ver.

Sinto seu rosto se aproximar ainda mais do meu e sua respiração bater em meu pescoço.

—E se eu deixasse ela com a vizinha mais um dia?—Então o telefone dela toca ao lado da cabeça de Flora e eu vejo o nome de Kennedy.

—É o Kenny, Lina.— falo e me viro para ela.

—Eu esqueci que ele vinha buscar a Flora hoje.— Ela fala e olha para todos os lados.— Tay, eu odeio fazer isso, mas você pode ficar no meu quarto, sem fazer barulho por favor? Eu só não quero ouvir do Kennedy mais uma vez.

—Claro.— beijo sua testa e beijo a bochecha da pequena que agora estava sentada atendendo o pai.

Ando até o quarto de Angelina e me sento em sua cama, deixando que as memórias da noite passada invadissem minha mente com força. Lembrando do corpo de Angelina se arqueando sobre o meu, dela chamando meu nome, do seu suor misturado ao meu. E eu queria mais, como queria, e precisava dela.

Meus sentimentos por Angelina estavam sendo construídos rapidamente, como se ela tivesse quebrado em minutos a barreira que Joe construiu em meses no meu coração e eu estava feliz, genuinamente feliz com toda essa situação.

Mas minha felicidade acabou quando ouvi a voz de Kenny, que já estava aqui há um tempinho, se aumentar brevemente para cima de Angelina.

—Eu já te avisei para parar de tentar dar em cima das pessoas que eu tô afim, Angelina! A Taylor é muita areia para o seu caminhão, e você acha mesmo que ela vai aguentar ficar com uma mulher que foi mãe praticamente na adolescência?

—E você é o pai da Flora! Se eu estou errada nessa história por ter um filho, você está tão errado quanto, e se a Taylor não quiser ficar comigo por eu ter uma criança, ela não vai querer você, Kennedy.

—É diferente, eu sou homem, eu sou o pai, sou presente e sou bom, é claro que ela vai achar interessante um pai assim como eu.

Eu sei que ela me pediu para ficar no quarto, mas eu não consigo, Kennedy vem sendo um babaca desde o momento em que eu a conheci, não poderia deixar que falasse assim com ela em minha presença.

—Desculpa Kennedy, mas não gosto que fale assim com a minha namorada, é muito desrespeitoso. Além de ser um desrespeito falar de alguém que você não sabia que estava aqui para se defender.

Ele tenta falar mas eu o barro.

—E não, eu não iria preferir um homem que vê a filha duas vezes por semana no máximo, que se acha muito bom por fazer o mínimo por sua filha à uma mulher que tá aqui todo dia, batalhando e conquistando as coisas para a filha. Então, por favor, Kennedy, vai embora e me deixa com a minha namorada.

Ele revira os olhos e bufa, pegando a pequena Flora no colo e saindo andando para longe de nós duas. Quando fecho a porta olho para Angelina que tinha nos olhos uma mistura de felicidade com tristeza, e sem falar nada ela envolve meu pescoço com os braços e me beija com vontade.

—Obrigada por isso, Tay!— ela me beija mais uma vez sem me dar chance de responder.— E você me chamou de namorada?

—Por enquanto é só para despistar o Kennedy, mas quem sabe depois de mais uns dois encontros a gente não possa oficializar isso?— o brilho em seus olhos aumentaram. — E por isso já emendo a minha pergunta: quer ir em mais um encontro comigo?

—Claro que eu quero!— ela fala e sinto que sua voz estava mais animada do que ela deixou transparecer.

—Então eu te busco aqui dia 21, uma sexta feira, e a gente vai no Fasano.

Assim que falei isso, sorri e a beijei, sentindo falta de seus lábios nos meus mesmo que ela tenha me beijado segundos atrás.

E foi assim o resto de nossa noite, muitos beijos, sorrisos e animações para o nosso segundo encontro, mesmo sabendo que ainda nos veríamos antes do dia 21.

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Nota da autora

DEMOREI MAS VOLTEI!

Não foi o melhor dos meus capítulos, mas é porque eu estava com um pouco de falta de criatividade.

Espero que gostem, apesar dos pesares.

FELIZ ANO NOVO PARA TODOS OS MEUS FAVS🩷

Dancing with our hands tiedOnde histórias criam vida. Descubra agora