Dancing with our hands tied

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Eu prendo minha respiração por segundos quando ouço Taylor quase pronunciar aquelas três palavras, mas solto assim que ela arruma, porque não queria passar por uma louca esperançosa. Nos conhecíamos a pouco tempo, e estávamos começando a sair por agora, para nos conhecermos ainda mais.

E por mais que estejamos nesse ritmo mais rápido eu gostava muito de Taylor, ela realmente me fazia ser uma pessoa melhor, ela me permitia me ver de uma forma diferente. E por esse e outros motivos, meus sentimentos por ela se intensificaram muito mais.

A loira parecia ter percebido que eu havia ouvido ela quase dizer "eu te amo" porque tentou se desculpar, mas assim que ia começar a falar, a comida chegou em nossa mesa,  e eu dei graças a Deus, não queria que ela falasse algo que fosse em direção contrária ao que quase disse para mim.

Agradeço o garçom que se afasta de nossa mesa e volto meu olhar para a loira que me encarava calmamente. Os olhos dela tinham um tom de azul tão suave que estavam me deixando completamente hipnotizada, ela por si só já tinha esse poder sobre mim, mas naquele momento, por mais calma que fosse a forma que ela me encarava, poderia sentir a intensidade.

Assim como ela que começou a me observar, Tay foi a primeira a quebrar o contato e deixar que seu olhar caísse sobre a comida. Não falamos nada por um tempo, acho que pelo impacto do que a loira quase falou, mas o silêncio que se instaurou não foi desconfortável, porque nada ficava desconfortável ao lado de Swift.

Depois que acabamos de comer, comecei a puxar assunto com ela, perguntando sobre sua semana, sobre as gravações de seu álbum, até sobre suas saídas com Selena. Tudo o que eu queria era que ela falasse comigo, e que percebesse que eu estava tranquila com o "Eu te amo".

–Por falar em Selena, ela falou que não vê a hora de sair com nós duas, ela gostou muito de você, e a pequena Grace não para de falar de Flora. –Sorri por ambas afirmações.

Era tão bom saber que Flora tinha amigos fora da escolinha e que essa amiga era irmã de alguém importante para Taylor, era melhor ainda.  E eu tinha gostado bastante de Selena, então fiquei muito feliz por saber que ela queria me ver novamente.

A loira a minha frente sorriu na mesma hora em que eu sorri, fazendo borboletas voarem por meu estômago. Senti seu pé mexer embaixo da mesa e entrelaçar no meu, assim como em nosso primeiro encontro e eu tive que me conter para não continuar com essa brincadeira que era bem perigosa para o decorrer de nossa noite.

Ao contrário de mim, ela estava querendo brincar, então sua perna começou a subir e descer lentamente, em um carinho torturante, me fazendo segurar a respiração e revirar os olhos, sentindo um frio na barriga.

–Tay... estamos no meio do restaurante. –Falo de forma abafada.

–Da última vez eu me lembro bem que isso não foi um problema, Angel...– Engulo em seco e desvio o olhar sentindo minha bochecha esquentar.

–Falou certo, Swift, da última vez.

Ela chama o garçom, mas eu queria ver até onde a loira ia aguentar que eu brincasse com ela, então quando o homem se aproximou, me apressei para falar antes de Taylor.

–Eu gostaria de um Tiramisú e uma água com gás, quer algo Tay? –Ela me encarou como se eu tivesse pessoalmente a atacado.

–Somente duas colheres, vou dividir a sobremesa com ela, obrigada. –Ela sorri quase que de forma obrigatória para o garçom.

Eu tinha uma risada "entalada" na garganta com a cara e o jeito de Taylor, mas eu não iria rir, porque seria como cutucar uma onça com fome, raiva. E como toda ação tem sua reação, a loirinha não deixou barato para meu lado, ela conseguiu de alguma forma puxar minha cadeira para mais perto da mesa com o pé.

–Muito engraçadinho da sua parte, Angel, mas você só está nos dando mais tempo dentro desse restaurante.

Ao mesmo tempo em que falava, Taylor passava a perna lentamente contra mim, deixando um rastro de calor por todo o caminho que sua perna fazia, e também senti esse calor percorrer meu corpo todo, principalmente em lugares que não seria elegante mencionar durante um jantar.

—Quando sairmos daqui, você vai pagar, loirinha. —Ela sorriu como se tivesse ganhado na loteria.

—É isso que estou esperando.

Um sorriso incrédulo se apossou de meus lábios, me fazendo pensar em como essa loirinha com carinha de inocente poderia ser tão sem vergonha ao ponto de estar me deixando excitada no meio de um restaurante pela segunda vez. A mulher à minha frente, percebeu seu efeito em mim e automaticamente me torturou ainda mais.

–Traga sua cadeira para o meu lado, Lina. –Não entendi o que ela queria com isso, mas arrastei minha cadeira para o mais perto dela.

Assim que me arrumei em meu lugar, a mão de Taylor deslizou por debaixo da toalha da mesa e encontrou minha coxa, fazendo pequenos círculos com o dedão sobre minha meia calça. Senti meu corpo pegar fogo e automaticamente tive que cruzar as pernas, por conta do formigamento que crescia em meu ventre.

Tento respirar fundo, mas Tay aperta minha coxa, fazendo com que eu solte um baixo gemido desajeitado, por eu ter tentado contê-lo. Encaro a loira que tinha um sorriso vitorioso no rosto, mas ela não me olhou de volta, seus olhos estavam rondando o ambiente, percebendo que ninguém nos observava ou pelo menos tentavam demonstrar isso.

Depois de alguns breves minutos o garçom se aproximou com a sobremesa e minha água em mãos e nos serviu. Já Taylor não deixou que ele se afastasse e pediu a conta, mostrando que estava com pressa.

Comemos em silêncio, e praticamente na mesma hora em que terminamos de comer a conta chegou, e a loira se paciência alguma, colocou o dinheiro em espécie em cima da mesa, se despediu do garçom, o agradecendo pelo atendimento e segurou em minha mão, me levando para fora dali.

Assim que vimos a multidão de paparazzis, Tay segurou minha mão ainda mais fortemente e me puxou para o carro que já nos esperava de porta aberta. Enquanto o carro não começou a se mexer a loira se conteve, mas assim que ele ligou e foi seguindo seu caminho pelas ruas de Nova York, ela começou a me tocar brevemente, sua mão passava por minhas pernas, por meu pescoço, meu rosto.

Mas fui eu quem não aguentava mais, então assim que ela virou o rosto para me olhar, eu segurei em sua nuca e a puxei para um beijo, minha mão livre afastou seus cabelos que caiam entre nossos rostos e depois deixei que ela passeasse por todas as curvas de seu corpo.

–Você ainda vai pagar caro por essa brincadeirinha, Swift. –Falei sem tirar meus lábios de perto dos dela.

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Nota da autora

FOGO NO PARQUINHO

Aos poucos minha criatividade vai voltando, então aos poucos vamos tendo mais capítulos novos.

O que vocês acharam do capitulo de hoje??

Ai gente, eu amo vocês e amo essa fic, vocês salvam minha vida e meu sonho todos os dias.