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Assim que deixamos o quarto de Flora, eu e Tay nos deitamos no sofá e ficamos abraçadas enquanto procurávamos algum filme para assistirmos juntas. Seu braço estava em minhas costas e minha cabeça em seu ombro.

–Que tal assistirmos Simplesmente amor? –A loira fala animada.

–Pode ser, eu nunca assisti.

Pegamos no sono alguns minutos depois que o filme começou e eu só sei que não vi mais a Taylor depois desse dia. Uma semana e meia se passou e nada de Tay, ela não me ligou ou mandou mensagem, me deixando incomodada e assustada pelo "desaparecimento" dela.

Tentei ir em seu apartamento algumas vezes, mas ela nunca estava presente, quando eu ligava, dava como se o celular dela estivesse desligado. Eu estava ficando cada dia mais maluca.

Me joguei no sofá depois da ligação cair mais uma vez e poucos segundos depois ouvi um toque em minha porta. Levantei e abri, dando de cara com Portia parada sorrindo para mim.

–Oi minha querida, gostaria de saber se posso ficar com Flora esta noite, estou com tanta saudade da pequena, e estou me sentindo sozinha esses dias.

–Claro, Portia, vai ser bom para ela ficar um pouco com você, vocês sempre se divertem muito quando estão juntas. Vou só arrumar uma muda de roupas para ela e já já a levo para você, pode ser?

–Muito obrigada, querida, estarei esperando ansiosamente.

Vou até o quarto de Flora que brincava animadamente com Buffy.

–Meu amor, sabe quem estava na porta? –Ela me encarou curiosa.

–Quem, mamãe?

–Portia.

–Eu vou domi lá hoje?

–Vai sim, meu amor, vou só arrumar uma mochilinha para você.

–EBAA, mamãe! –Ela vira para a gata e a abraça. –A gente vai domi juntas, Buffy!

–Se ajeita aí, meu amor, que já te deixo lá.

Pego uma mochilinha e coloco algumas roupas para hoje à tarde, noite e amanhã de manhã. Enquanto eu acabava de arrumar tudo, a pequena guarda os brinquedos em seus respectivos lugares e deixava o quarto organizado como ela gostava.

–Muito bem, meu amor, vamos?

Ela segura em minha mão como se estivéssemos saindo do prédio e indo para outro lugar super longe e não a nossa vizinha de porta, mas como sempre, eu achava uma graça. Logo já estávamos batendo na porta de Portia que a abriu com um sorriso nos lábios.

–Oi, minhas queridas.

–Tia Portiaaaa! –A pequena corre e abraça as pernas da mais velha.

–Já estava em tempo de você vir passar um dia comigo, minha pequena.

–Se cuida, meu amor e aproveita bastante o dia com a tia Portia. –Ela se volta para mim e eu me agacho.

–Beijo mamãe. –Ela beija minha bochecha e sai correndo para dentro da casa de nossa vizinha.

Troco mais algumas palavras com Portia e logo volto para minha casa, me jogando novamente no sofá, enquanto passava de rede social em rede social sem nada para fazer, o que era uma mentira, eu tinha um bando de trabalho e escrita atrasado, mas gostava do meu drama, principalmente quando a mulher que eu amo sumia por uma semana e meia.

Alguns minutos depois, quando eu estava quase pegando no sono, ouvi meu celular tocar. Olhei o nome que tocava, na esperança de ser Tay, mas era Daisy, então atendi a ligação um pouco sem ânimo.

Dancing with our hands tiedOnde histórias criam vida. Descubra agora