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Taylor me encarou com os olhos cheios de desejo assim que proferi aquelas palavras, e eu só consegui sorrir enquanto encarava seus olhos azuis, agora mais escuros. Ainda com os lábios grudados nos dela, segurei com um pouco de força sua nuca, fazendo com que ela soltasse um baixo gemido e meu ventre se contorcer em resposta.

E com ela literalmente em minhas mãos a puxei para um outro beijo nem um pouco delicado, suas mãos passeavam pelo meu corpo livremente e com tanta fome de me tocar que Taylor era capaz de tirar minha roupa ali mesmo. E com essa percepção, decidi que era hora de parar, estávamos no meio do carro, com o motorista e um segurança na parte da frente, que provavelmente estavam observando, mesmo que só um pouco, o que acontecia ali atrás.

Me afasto um pouco de Tay que me lança um biquinho insatisfeito e me ajeito no banco do carro, colocando a mão na coxa dela. Ela se aproxima o máximo que consegue de mim e deita a cabeça em meu ombro.

–Não precisa desse biquinho, loirinha, já já vamos chegar em casa e você vai poder ter o que quiser. –Percebo a respiração dela desregular levemente e é impossível não sorrir.

Consegui virar a brincadeirinha dela para que eu estivesse ganhando e era muito bom, porque eu gostava de vê-la, como eu posso dizer, excitada. Principalmente porque eu conseguia ver outro lado dos detalhes de seu corpo, como por exemplo seus olhos ficarem mais escuros por conta da luxúria, ou o rubor em suas bochechas e o colo do peito, ou até quando ela sorria, o sorriso ficava meio frouxo, desengonçado e era a coisa mais linda de se ver.

Depois de um momento percebi que o caminho que estávamos fazendo não era o para minha casa e confesso que uma ansiedade de ir novamente para a casa de Taylor me invadiu, infelizmente, de uma forma não muito boa. Não tinha uma explicação para isso, só senti meu corpo reagir a essa ansiedade com frio na barriga e inquietação.

A loira não estava percebendo essa minha inquietação, o que eu considerei muito bom, porque me dava tempo de amenizar o que eu sentia sem que eu fosse "descoberta". Então os 20 minutos que ainda tínhamos de caminho, ficamos apenas bem grudadas e eu repassava em minha mente que não tinha motivos para que eu me sentisse daquela forma.

Assim que chegamos no apartamento de Taylor, eu já estava mais tranquila, principalmente quando ela, ao sair do carro, segurou em minha mão, para passarmos pelos paparazzis que pareciam acampar em sua casa -ou na minha- toda vez que saíamos juntas, ou nos encontrávamos.

Subimos o elevador sem a companhia de nenhum segurança dela, o que me deu um empurrãozinho para voltarmos ao que acontecia no carro, antes de eu ter o mínimo de noção de onde estávamos nos beijando. Passei para trás de Tay, afastei seus cabelos para o lado esquerdo de seu corpo e comecei a beijar seu pescoço, primeiro foram pequenas carícias com a ponta de meu nariz, subindo e descendo por sua pele, depois meus lábios corriam pelo pescoço em pequenos e breves selinhos.

Taylor soltou uma lufada de ar e se encaixou em meu quadril, me fazendo passar meus braços por sua cintura, a deixando completamente amarrada à mim. Assim que o elevador se abriu, andamos ainda grudadas até a porta de seu apartamento, e Tay tinha uma pequena dificuldade para digitar a senha da fechadura eletrônica, por contas de meus beijos em seu pescoço que não pararam por nem um segundo sequer.

–Com dificuldades aí, loirinha? –Falo baixinho em seu ouvido e ela arqueou levemente o corpo e todos os pelos dela se arrepiaram.

Sorri com a resposta de seu corpo à mim. Passei uma de minhas mãos que estava em sua cintura para dentro da blusa da loira, fazendo um carinho suave em sua pele. Ela sussurrou algo praticamente inaudível e finalmente conseguiu abrir a porta.

Entramos no apartamento dela e eu fechei a porta com o pé, fazendo um barulho consideravelmente alto, mas nem liguei para isso, principalmente quando virei Taylor rápida e habilidosamente para mim. Seus olhos se arregalaram um pouco em surpresa, mas logo voltaram ao normal e caíram sobre meus lábios.

Dancing with our hands tiedOnde histórias criam vida. Descubra agora