Capítulo 1

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....Essa história se passa em Verona na Itália....

- Bom dia!, oque gostaria? (pergunto para a cliente).

- Quero um Cappuccino! (Respondeu me).

- Regular ou grande?

- Aí não importa só faz isso logo que estou com pressa. (me diz olhando com um olha esnobe).

- Sim, mas a senhora precisa me informa o tamanho que deseja. (falo tentando ser simpática com um leve sorriso).

- Grande, e olha aqui garota, não me chame de senhora que sou da sua idade. (fala revirando os olhos).

- sim me desculpe, só um minuto e vai estar pronto.

- chega de falar e vai logo fazer. (Disse autoritária).

Trabalhar como público é difícil, pessoas sem educação, mau humorada e que simplesmente acham que porque estão pagando um café são melhores do que a gente!

Mas não sou de responder ou tratar mau as pessoas, mesmo com a vida difícil que levo eu não sei o problema das pessoas, então não vou entregar meu lado ruim se posso mostrar o meu melhor!

- Aqui o seu café!

Ela nem olhou na minha cara, pegou o café da minha mão puxando com força, e nem posso deseja que derramasse pois seria eu mesmo que iria limpar.

- Obrigada, e volte sempre! (Falo dando um leve sorriso que tive que tirar forças do fundo da minha alma para aquilo).

- Nossa amiga você viu aqueles roxos? (Saíram cochichando)

- Deve que apanhou do namorado! E ainda foi pouco já que não sabe atender bem uma cliente!

Aquelas palavras foram como facadas, puxo a manga da minha blusa tentando esconder um pouco os roxos em meu corpo.


"Como pode existir pessoas tão ruins assim no mundo?"


Agora são exatamente 11 horas da manhã, trabalho nessa cafeteria das 9h as 14h, mas esse não é meu único serviço, a noite trabalho em um bar não muito longe da minha casa. Minha vida costuma ser bem corrida, moro apenas com meu pai e preciso ajudar com as contas, mesmo que atualmente venho pagando tudo sozinha.
Minha mãe?, bom minha mãe ela fugiu de casa quando eu tinha apenas 5 anos me deixando com meu pai. Ela descontava todo seu estresse com meu pai em mim, me batia, falava que eu estava atrasando sua vida e que eu fui um erro, mas um dia eu acordei e ela simplesmente tinha ido embora.


Desde então minha vida que não era fácil ficou ainda pior, agora com 19 anos tenho dois empregos pois preciso sustentar a casa, meu pai também trabalha porém gasta todo o dinheiro com apostas, bebidas e mulheres.

Meu sonho é ir para a faculdade, eu amo artes, desenho, pintura, mas tem muito tempo que não faço um desenho ou pinto um quadro pois não tenho tempo, e faculdade apenas em sonho pois não posso largar meu trabalho. E se eu não levar dinheiro para casa provavelmente meu pai me mata! Apesar que nem faz muita diferença já que várias vezes ele tentou. Meu pai me acorrentava e me trancava no quarto o dia inteiro, com fome e sede, e ele só me tirava quando via que eu não tinha forças nem pra falar.

[...]

Agora que acabou meu expediente na cafeteria vou para casa, tenho 5 horas até meu próximo serviço, mas preciso chegar em casa arrumar tudo, fazer a janta e me arrumar, pois no bar eu começo as 7h.

- Anna é você? (Escuto meu pai me chamar assim que abro a porta de casa).

- Sim pai!

Ainda são 3h da tarde e meu pai já está fedendo a álcool, a casa está um nojo, garrafas espalhadas pelo chão, vasilhas sujas jogadas pela cozinha, a casa está fedendo! quem vir aqui vai pensar que esta casa está abandonada há anos e ele não tem coragem de me ajudar em nada, mesmo sendo corrido eu tento ajeitar o máximo possível todos os dias, mas no dia seguinte parece que nada foi feito isso é exaustivo.

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