Bem vindo

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Suspirei ao perceber que o sol arrumou uma brecha e conseguiu iluminar uma parte do meu quarto, olhei em minha volta e percebo que estou sozinho, algo que não acontecia a muito tempo. Dessa vez pude suspirar contente por ter descansado sem nenhum pesadelo para impedir meu sono.

Por ser sábado chio feliz, viro-me agarrando meu travesseiro, voltando-a dormir, posso sentir meu corpo se relaxar contra o colchão e minha mente se vagar em um nada. Sorri com isso.

Não sabe o quanto sonhei pra sentir-me em paz. Onde minha mente não me fazia de prisioneiro me obrigado a ficar preso no meu passado doloroso. Onde eu não tinha nem forças para conseguir viver. Eu só queria ser livre, ser eu mesmo. Ser Eijirou.

Suspiro fundo conseguindo a voltar dormir, por saber que estou melhor do que já estiver, por tanto ouço um som estridente da minha porta ser aberta brutalmente, a luz de acendeu e já pude ouvir a voz dela brigando comigo.

- mas o que você está fazendo?- ela rosna parando ao lado da minha cama, eu me cubro na coberta fugindo da luz.

- dormindo, hoje é sábado eu não tenho aula e nem treino.- chio sentindo a coberta fugir sobre mim. Dona Andy tinha puxado me deixando vulnerável me obrigando a sentar abruptamente e olha-la.

Ela arquear a sobrancelha, cruzando os braços e batendo incansavelmente o seu salto contra o chão. Ela só me olhava assim quando meu quarto estava uma zona, mas ele parou de estar a este estado quando katsuki começou frequentar a minha casa.

- o meu quarto não está bagunçado! - tirando a sessão da minha mochila, eu tinha deixado-a no chão ao canto da minha escrivaninha quando cheguei depois do treino. Exausto e com a cabeça a mil.

Minha tutora arqueou a sobrancelha em uma pergunta muda, algo que não consegui compreender. Será que fiz algo errado?

- Não está esquecendo nada não, Eijirou?- sua pergunta me fez franzir a sobrancelha em devaneio, tentando lembrar algo que mesmo tentando eu não conseguia lembrar.

Bufei coçando a bochecha, dando de ombros como resposta. Eu não fazia a mínima porque ela me olhava assim. E muito menos por estar brava comigo.

- O Bakugou?

- Tá na casa dele por quê?- a respondi e posso quase ouvir os seus pensamentos daqui, a qualquer momento está mulher iria me matar com as próprias mãos e esconderia meu corpo das autoridades.

- Você marcou de sair com ele!- ela rosna me fazendo pular da cama.

- Merda eu tinha esquecido!- grunho apertando os meus cabelos por ser avoado. Minha palma bateu umas três vezes contra a testa quando xingava eu mesmo por ter esquecido desse compromisso. Merda.

Corro direto ao meu guarda roupa pegando a primeira roupa e calça, posso sentir o olhar da minha mãe contra as peças, e a conhecendo sinto sua mão em meu ombro fazendo eu parar o que estava fazendo. Eu já tinha até pego a toalha pra ir tomar banho.

- Deixa que eu arrume sua roupa, só vá tomar banho. Que eu cuidarei do resto.- ela sorri, tirando tudo o que estava em minhas mãos deixando só a toalha comigo. - você só tem dez minutos pra ficar pronto, Katsuki já está a caminho.

- Que merda.- rosno correndo apresado. Maldito seja aquele alfa, eu deveria ter negado. A essas horas eu ainda estaria dormindo.

Mas de qualquer jeito, ele arrumaria uma artimanha pra interromper o meu sossêgo. Eu nunca estaria em paz com ele por perto.

Sinto meu corpo se arrepiar com a água gelada contra minha pele, minha respiração se afundou em um suspiro pesado e profundo, minha cabeça apoderou-se pra trás pensando no que aquele idiota tinha planejado, o que ele queria por ter ganhado aquela maldita aposta, mesmo ter tido uma crise eu não me escapei daquela idiotice que concordei em fechar. Às vezes ficar do seu lado me tornava um ser irracional agindo em repulso constantemente a cada mísera segundos.

Muito mais do que um ômegaOnde histórias criam vida. Descubra agora