Perca

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Meus olhos ainda tentavam encontrar sua presença, kirishima fechará a porta me deixando mais uma vez na escuridão da sua vida, suas costas rígidas passaram da porta ao me dizer pra ficar, sem ao menos uma explicação a dizer. Meu peito se apertou quando senti algo se rompendo após a porta se fechar, um chamado mudo escapou da minha garganta e como sempre ele não ouvirá.

À medida que meus passos se aproximavam de onde ele saiu eu ouvi e sentia meu lobo se perdendo em meu consciente, meu peito doía com o jeito bruto que meu coração trabalhava, um frio me percorreu na espinha acarretando um tremor por inteiro em meus ossos, minha respiração engatou ao ouvir a voz de uma terceira presença que bloqueava-me ter acesso por completo de Eijirou.

A voz grave e prepotente ria da minha situação, eu sequer consegui encostar direito na maçaneta quando senti meu corpo perder as forças, um passo foi o suficiente pra me fazer cair. Meu peito subia e descia quase arrastado, e na minha cabeça; um uivo dolorido ecoou fora do meu crânio meu lobo instantaneamente o respondeu uivando mais alto que podia; meu corpo tremeu por inteiro com a força que ele fazia para quem que fosse a ouvisse, meus lábios tremeram com o gemido doloroso que me escapou inconsciente; era como se uma estaca tivesse me perfurado fora a fora, bem no meu coração.

- Que merda é isso?- rosno soltando um guindo doloroso que meu corpo enfrentava, era como se eu tivesse sendo esmagado por um abraço de urso pardo, a pressão era devastadora pra alguém suportar sozinho. Um uivo de dor me escapou vibrando toda a minha caixa torácica, meus olhos rolaram entre as orbes vermelhos me fazendo bufar e chiar com a porcaria que me domava, minha cabeça estava pesada e dolorida me fazendo mexer pro lado e outro, o lugar estava fechado e estava me sufocando.

Preciso sair daqui!

Briguei com o meu próprio corpo, forçando-o a se levantar, o peso estava querendo me manter para baixo novamente mas, eu a usei ao meu favor, assim que percebi que iria cair novamente eu abri a porta; logo rosnando com a dor do baque ao sentir o chão novamente sob meu corpo. O vento gélido me abraçou e meus olhos se sobressaltaram com o uivo que ecoou na escuridão da noite, meu lobo bufou em resposta, se remexeu em meu interior e arranhou a minha pele, pedindo passagem para sua dominância, mesmo magoado com o que tinha rolado eu ainda sentia preocupação ao respeito de Eijirou. Seu lobo estava me chamando, chamando meu alfa, em uivos dolorosos e arrependidos.

Minha garganta vibrou dando permissão ao meu alfa para ir onde queria, minha consciência se desligou quando o sentir tomar a total dominância. Senti seu coração eufórico e sua preocupação dominar até o último pelo do seu corpo. O peso grosseiro das suas patas afirmaram contra o gramado, seu fucinho levantado fareja o ar à procura do cheiro do seu destinatário, mas nada além de grama molhada e cigarro perambulavam no ar. Seus olhos afiados fitavam cada pedacinho da região que ele alcançava, mas sequer um sinal do ômega.

Suas garrafas afundaram quando percebeu que ele não estava por perto, seu cheiro, sua presença sequer estava ao seu alcance, dentro dele um coração angustiado trabalhava fortemente e ele choramingava que o ruivo uivasse novamente, caso ao contrário pessoas iria descobrir da sua existência. E seria um caso crucial para mim quando voltasse em minha forma.

Como um pedido mudo, o uivo ecoou arrepiando todos os seus pelos, seu fucinho se contorceu ao sentir o cheiro de cigarro se misturando com sangue, suas orelhas eretas e totalmente atentas captaram de onde o uivo interno vinha, seu rosnado vibrou o corpo peludo por inteiro devido a preocupação e várias circunstância que poderia ter ocorrido com Eijirou. Suas patas pesadas corriam o mais rápido e silencioso que conseguia se camuflando com áreas escuras para que nada e ninguém o visse por perto, o vento gélido o soprava com a sua rapidez e agilidade, seu fucinho farejava o ar mais nada além de sangue e cigarro o invadia. A falta de feromônios de Eijirou estava deixando-o apovarado. Seu choro era barulhento quando ele mesmo ficava no comando do seu próprio corpo.

Muito mais do que um ômegaOnde histórias criam vida. Descubra agora