- Tem certeza que ele está aqui?- era a quinta vez que sua mãe perguntava a mesma pergunta: o que já estava fazendo Katsuki duvidar da própria situação que tinha se encontrado. De tanto ter aqueles olhos afiados e não tão diferentes dos seus, o fitando o fez resmungar inseguro. Ele deu de ombros se jogando na poltrona em seu quarto, seu corpo estava tão pesado e lento que ele ficou muito tempo em silêncio pra conseguir reafirmar a sua resposta.
- Sim.
- E você pediu ele em casamento?- Mitsuki franziu as sobrancelhas ao perceber um desânimo e inquietação vindo da parte do Filho.
- Sim.
- E ele... Aceitou?- ela indagou cruzando os braços observando o mais novo concordar com um assenar positivo de cabeça. -, e o que diabos você está fazendo aqui?- ela indagou não conseguindo entender o porquê ele tinha voltado pra casa após o pedido, Katsuki franziu o cenho confuso e direcionou o olhar até a porta onde sua mãe estava. Seu olhar se perdeu antes de responder.
- Ele... Não quis ser tocado.- seu tom sairá como um sussurro e a inquietação de ter falhado em sua tradição o fez morder o inferior da bochecha esquerda, seu corpo ainda queimava tentando acostumar com a fadiga que seu lobo interno se encontrava, sua pele pinicava da ânsia que ele tentava conter por não ter seu parceiro em seus braços neste momento; e um só movimento bruto da parte dele era o motivo de rosnar de dor. O veneno que corria em suas presas estava contra-atacando o seu sistema biológico deixando com que seus instintos primitivos ficassem cada vez mais sensíveis. Ele se perguntava o quanto esse processo doloroso iria durar.
Mitsuki franziu o cenho perdida nos pensamentos, agora fazia sentido o do desânimo e da insensibilidade de Katsuki, seu alfa estava frustrado e agora fazia-se de tudo pra não se intoxicar com a própria glândula predatória que imanava descontroladamente de suas pressas. O olhar da mulher fitou o mais novo e uma probabilidade se passou em sua mente após lembrar algo do passado, talvez essa situação estava parecida.
- Ele... Disse algo?- Katsuki fechou os olhos encostando a cabeça no encosto da poltrona deixando um longo suspiro escapar dos seus lábios antes de conseguir respondê-la.
- Ele pediu-me uma cerimônia tradicional... Eu sequer sei o que isso significa. - ele murmurou frustrado; arrancando uma risadinha da loira que sorriu em seguida.
- Foi o que imaginei... Bom, você só precisa descansar até lá. Deixe que eu cuido das coisas.- Katsuki arqueou a sobrancelha levantando a cabeça para encontrar o olhar da progenitora.
- A senhora não está brava porque eu não estou marcando ele neste momento?- ela sorriu negando se aproximando lentamente.
- Eu ficaria brava se ele não tivesse mencionado o casamento tradicional. - ela suspira animada sentando-se na cama vazia do primogênito. Katsuki bufou ainda não conseguindo entender aquilo.
- Qual é a diferença de um casamento normal e um tradicional? - ele indaga curioso tendo em resposta um olhar brilhoso em sua direção.
- Um casamento normal, você sabe. Vocês convidam quem quiser tem a festa que quer e usa aquelas roupas chiques de noivos. Agora um tradicional, vocês não podem se tocar até o momento da marca. Algo que só é feito na cerimônia!- Katsuki engasgou com os olhos arregalados com a descoberta o que acarretou uma risada espontânea da progenitora.
- Me conte mais sobre isso. - seu lobo interno se animou ao saber que poderia marcar seu parceiro na frente dos seus convidados.
- No casamento suas vestes são kimonos cerimônias, seus lobos estarão mais presentes do que a cerimônia normal. Por ser tradicional, os convidados são apenas aqueles que vocês confiam. Esse tipo de processo é mais íntimo e tenho certeza que você não gostaria de alguém que não goste vendo seu ômega ser tomado, hm?- Katsuki nega franzindo as sobrancelhas só de pensar na possibilidade. - é uma cerimônia rápida, ela termina quando um de vocês sentem primeiro a presença do seu parceiro por completo.
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Muito mais do que um ômega
FanficAo enxergar a loba interna do avermelhado em uma briga, katsuki usa essa descoberta pra manipular kirishima, obrigando-o que as coisas saim do seu jeito; ou segredo do querido "capitão" de rugby, estaria percorrendo no colégio inteiro. Mas mal sabia...