Muito mais do que um ômega

Defeat II

Ele lembrava de cada momento, de cada sensação e sentimentos que tomou naquele momento. Ele lembrava do coração acelerado e da respiração arrastada quando corria no campo, derrubando seus adversários no caminho e deixando o curto espaço livre pro seu companheiro passar. Kirishima corria tão livremente e rápido pro final do campo. Pro arco, fazendo com que Shouto marcasse os pontos extras do time. Ele lembrava da sensação de como era estar ao lado do moreno naquele dia, da eletricidade o percorrendo assim que sentia o mais novo correndo junto com ele. Seus lábios não paravam de se curvar em um sorriso ao sentir a felicidades o tomando por saber que ambos trabalhavam tão bem em equipe. A dupla era totalmente diferente, mas graças a suas Habilidades e jeitos de raciocinar rápido os fizeram levar o time até no final. O grupo, pela primeira vez, tinha vencido o seu difícil rival.

Seu time vibrava com a torcida que estava na arquibancada, isso fazia seu corpo tremer por inteiro de felicidades. Seu maior objetivo era que pelo menos vencer-se aquele que odiava até a última geração. Katsuki lembrará de ver o cabelo alaranjado indo em sua direção com uma expressão de poucos amigos. Seu corpo ainda lutava pra se recuperar da eletricidade e dá adrenalina do jogo.

- Ei garoto problema!- Ichigo o chamou dando um sorriso lascivo.- até que enfim você conseguiu né?- Katsuki sorriu franzindo o cenho, ainda tentando normalizar a respiração.

- Sim, mas sabe que não fiz isso sozinho. - ele murmurou divagando o campo todo na procura do ômega.

- Eu sei. Como pode se juntar ao seu rival e trabalharem tão bem juntos?- ele sorriu orgulhoso com o fato. - Vocês trabalharam bem, se continuarem assim irá ser grandes parceiros de time!- Ichigo sorriu com a ideia mas logo franziu o cenho ao ver o ômega de longe conversando com um alfa estrangeiro. - caramba, eu conheço aquele alfa...- ele murmurou conseguindo a atenção do lúpus ao lado. Katsuki aniui em concordância ao constatar Eijirou conversando e sorrindo com sabe lá o que ele alfa falava.

- Ele é alguém importante? Não se parece com alguém asiático. - Bakugou ficou curioso e logo olhou pro alfa ao lado que suspirou fundo.

- Cara, ele é do BC Lions. Um time potente de futebol americano do Canadá. - Ichigo disse, vendo o mais alto ficar tenso do seu lado. - provavelmente ele veio à procura dele. - Katsuki grunhiu confuso.

- O quê ?- foi a única coisa que ele conseguiu processar a gritaria e o barulho do campo com as torcidas o deixava confuso e até mesmo surdo. Era muito barulho ao mesmo tempo.

Ichigo revirou os olhos ao constatar o que estava havendo ali.

- aquele ômega está sendo recrutado pra entrar pro time. Eu só não entendo porque uma pessoa tão importante viria a um jogo totalmente fora do seu rumo.- Ichigo franziu o cenho confuso. - era pra ele está de olhos em atletas do futebol americano.- Katsuki chiou em resposta ao entender aquilo.

- kirishima que se desviou... Aquela cara está no lugar certo. E... Provavelmente conversando com a pessoa certa. - ele murmurou suspirando fundo. Seu coração estava tão acelerado que ele conseguia ouvir o mesmo batendo em seu peito. Ichigo guinchou dando um tapa de leve em seu ombro.

- É cara, é uma tristeza. Vão fechar o ano se despedindo?- ele olhou pra Bakugou e constatou silenciosamente a expressão de dor que ele tinha.

- Eu não tenho escolha... É o sonho dele. A única coisa que posso fazer é apoiá-lo! - ele murmurou, se arrastando na direção do moreno que olhava confuso para o rececivo que conversava.

Provavelmente era algo muito sério pra ele franzir o cenho e logo depois ficar estático e sorrir calorosamente como se tivesse se lembrado de algo.

Katsuki franziu o cenho ao perceber que ambos falavam uma língua estrangeira tal que ele não deu a mínima de aprender quando filhote. Agora, sentia-se frustrado por não ter paciência em aprender o básico do inglês. A conversa acabou assim que o mais velho entregou um cartão pro ômega e se despediu apressado, dando-lhe um leve aceno ao vê-lo ali. Kirishima estava estático e até mesmo petrificado ao processar o que tinha acontecido. Sua respiração estava até mais lenta quando fitava o cartão com as mãos trêmulas assim como todo o seu corpo.