JEON JUNGKOOK
Na sala de jantar, Yunni senta ao meu lado e de frente para melhor amiga, que ocupou o lugar vazio perto de Yoongi. Mamãe está tão concentrada na universitária perto de mim, que não percebe a troca de olhares do filho mais velho com Moon Ga-young.
O Appa também não consegue parar de admirar Seo-Yun. Ele está encantado com a sabedoria da garota sobre os aspectos da vida social em diferentes culturas e sociedades humanas.
O Don sempre admirou as mulheres inteligentes.
— Achei que fosse a mesma coisa de arqueologia — minha mãe, é claro, dá uma fungada curta, de desprezo.
Talvez esteja com ciúmes ou irritada por Yunni ter agradado o Don logo de cara. No fundo, tenho certeza de que minha mãe esperava que Seo-Yun conquistasse a família aos poucos, e não de uma vez.
Sinto o canto da boca se contrair, mas faço esforço para reprimir o sorriso. Pego a taça de vinho em cima da mesa e tomo um gole generoso, quase satisfeito com a noite.
— É normal, todo mundo confunde — Moon Ga-young articula, deixando a Omma sem reação.
— Você dará uma ótima esposa, bambina — a nonna comenta, de repente, fazendo Yunni engasgar e tossir. A garota envolve os dedos no cristal e leva taça até a boca, tomando todo o vinho.
A nonna ri, como se fosse engraçado. Jennie que estava
surpreendentemente quieta, faz o mesmo que a vovó.— Não vamos assustar as convidadas — falo, controlando o tom da voz.
— Jungkook tem razão — para surpresa de todos, é a Seo-Yun quem diz as palavras, observando minha mãe. — Pode continuar com o interrogatório, senhora Jeon — é claro que ela só se dá conta do que acabou de falar alguns segundos depois, quando minha família inteira está com os olhos arregalados e pousados nela.
Meu pai solta uma risada. Faz tempo que não o vejo assim, tão feliz. Na verdade, faz tempo que não temos um jantar em família tão inesperado e divertindo assim.
Seo-Yun puxa o ar num susto e me olha por breve instantes.
— Ah, sinto muito, eu não quis dizer isso — desculpa-se, apressada, mas é tarde, a Omma já está de cara amarrada, então não fala nada.
O que não dura nem cinco minutos, é claro. Logo ela está rodeando Seo-Yun com perguntas, sobre a família e o motivo por ter saído da cidade natal, o que a garota desconversa e não diz muito sobre.
Acabo ficando encucado.
Para ser sincero, eu sei e não sei nada sobre Seo-Yun. Sei o dia exato em que ela colocou os pés em Seul e começou a estudar antropologia na universidade de Seul, onde trabalha e que tem ficha limpa, mas eu não a conheço de verdade.
O resto da noite não é um desastre completo, as duas convidadas conseguiram entreter a todos e talvez, minha mãe tenha dado um ou outro sorriso com algum absurdo que saiu da boca da universitária.
Depois do jantar, meus pais e vovó nos deixam sozinhos na sala de estar. É perceptível como Yunni está aliviada por ter sobrevivido à noite com a minha família.
— Não vai me levar pra conhecer o seu quarto? — Seo-Yun pergunta, para minha surpresa, num tom bem alto, que faz todos na sala direcionarem a atenção para nós dois.
A garota bebeu mais de três taças de vinho e está com as pupilas dilatadas, não está bêbada, mas está uma coisinha linda de língua solta e bochechas coradas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O homem da máfia - Jeon Jungkook e Chong Seo-Yun
Romantizm"Não preciso ter bola de cristal para saber que Jungkook é o tipo de homem que quando quer uma coisa, vai lá e pega. O mandachuva exala poder e autoridade. E na real, eu nunca gostei de homens assim. Mas por que "ser dele" soa como um convite tão in...