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JEON JUNGKOOK

    Abro os olhos e vejo os flashes de luz solar cortarem até o meio do quarto. Viro o corpo para lado e admiro Yunni deitada na minha cama, com os cabelos esparramados sobre o travesseiro e o edredom cobrindo apenas a bunda redonda e deixando exposta as costas nuas.

    Sorrio com a visão.

    Sou um homem de palavra. Ontem, eu me mantive dentro de Yunni até não aguentar mais, e no fim, ela desabou na cama, esgotada, capotando em um sono profundo e tranquilo. Acabei adormecendo exausto também, mas a minha bateria já havia sido carregada.

    Levanto da cama, procurando uma samba canção nas gavetas do guardaroupa. Aproveito e coloco uma calça moletom e visto a blusa de mangas longas jogadas no chão perto da mesa.

    Saio do quarto sem fazer barulho e desço as escadas, caminhando até a cozinha, antes passando pela sala de jantar vazia e vendo Song Hye-Kyo recolher a mesa do café da manhã. Ela me lança um olhar sorrateiro e depois, deseja bom dia.

    Dou de cara com a nonna no balcão da cozinha.

    Bom dia, bambino.

    Aproximo-me para depositar um beijo em cada bochecha. Ela sorri, deixando o rosto adorável e todo enrugado.

    Bom dia, nonna.

    Você está feliz hoje — diz, como se fosse uma grande novidade. — Tem a ver com a Seo-Yun? Eu gosto daquela bambina.

    Passo a mão no topo da cabeça e faço cara feia. Só o que me faltava no momento é ter que conversar esse tipo de coisa com a minha avó.

    Nego com a cabeça.

    Nonna, não seja tão curiosa — resmungo.

    Ela faz um estalo com a boca, desaprovando as palavras que saíram da minha boca e começa a falar um monte em italiano, que eu finjo escutar enquanto sirvo café da cafeteira numa xícara para mim.

    Song Hye-Kyo entra na cozinha, silenciando a nonna.

    O senhor quer que eu prepare algo? — pergunta, me encarando. — Talvez uma bandeja com frutas, torradas e suco? Para levar ao quarto? — diz de maneira sugestiva.

    A mulher trabalha para minha família desde que sou um garoto. E é claro que ela é uma enxerida, a voz é contida, respeitosa, mas em contrapartida, os olhos, de uma forma sutil, parecem me julgar.

    Claro, Song Hye-Kyo.

    A nonna resmunga mais algumas palavras e sai da cozinha, e enquanto bebo café quente e sem açúcar, espero Song Hye-Kyo preparar a bandeja. Ela capricha, quase como se soubesse que a garota adormecida na minha cama precisa se alimentar para recuperar as energias.

    O senhor não jantou ontem — fala, em um tom curioso.

    — Song Hye-Kyo — repreendo, e ela levanta as mãos em rendição.

    Me desculpe, senhor — fala, e depois com os dedos faz um gesto de zíper na boca. Quer que eu leve? — quer saber, e me faz notar que o zíper na boca não serviu de nada.

    — Não precisa.

    Coloco a xícara meio cheia de café em cima da mesa e pego a bandeja com comida. Faço o caminho de volta ao meu quarto e quando termino de subir as escadas, me dou conta de que as únicas vezes que carreguei uma bandeja com comida para uma mulher foi quando eu era criança, querendo fazer surpresa no dia das mães para a Omma.

O homem da máfia - Jeon Jungkook e Chong Seo-YunOnde histórias criam vida. Descubra agora