CHONG SEO-YUN
— Hoje, nesta tarde tão triste, estamos aqui reunidos, para nos despedirmos de Jeon No-Min, um homem bom, que foi um ótimo filho, pai e marido — o padre fala, dando início ao sepultamento.
O cemitério está lotada com homens usando ternos pretos e senhoras em vestidos comportados da mesma cor. E apesar de me sentir descolada, fico ao lado de Jungkook, que parece perdido em pensamentos.
Entrelaço nossos dedos e ele vira o rosto devagar, encontrando meus olhos e apertando minha mão ao soltar um suspiro cansado.
Tudo acontece num piscar de olhos e o clima é tão triste, que me sinto sobrecarregada e com um pouco de dor cabeça. Não gosto de enterro ou despedidas, é sempre tudo tão tenso e angustiante.
No fim, a mãe e avó de Jungkook recebem os abraços e se despedem das pessoas que vieram.
Jungkook se afasta de mim e vai conversar com Yoongi e Taehyung, que estão num lugar mais afastado do cemitério. Os três já parecem estar trabalhando em alguma coisa. Será que aconteceu alguma coisa?
Jennie para ao meu lado, abre um sorriso fraco e deixa os ombros caírem.
— Você está bem? — pergunto, mas sacudo a cabeça logo em seguida. Que coisa idiota para se falar num momento desses. — Me desculpe, é claro que você não está bem.
— O que você achou do meu discurso? — murmura, remexendo a barra da manga longa do vestido. — Eu disse que um dos meninos devia fazer, mas eles acharam que a garotinha do papai devia falar algo — tenta soar com um tom brincalhão, mas é visível a tristeza estampada em seu rosto.
Levo uma das mãos até os cabelos de Jennie e faço carinho no topo da sua cabeça, depois prendo uma madeixa atrás da orelha. Ela é um pouco mais baixa que eu e nossa diferença de idade é apenas de um ano, mas quando olho para ela, imagino a irmã mais nova que eu nunca tive.
— Foi lindo, profundo. Seu pai está orgulho de você, Jennie.
Ela sorri com os olhos marejados.
— Obrigada.
Inclina-se para mim e me enlaça num abraço apertado.
— Você e Jungkook estão sérios, é isso? — ouço uma voz de mulher perguntar atrás de mim. Quando me afasto de Jennie e giro o corpo para saber quem está falando, dou de cara com Jin Se-Yeon. — Devem estar, você veio até no enterro do pai dele.
Respiro fundo, tentando controlar o ímpeto de ser grossa e implorando em silêncio por paciência.
— Agora não é momento e nem lugar pra esse tipo de conversar, Jin Se-Yeone — é o que digo, de maneira firme.
Erro o nome de propósito, é claro.
— É Jin Se-Yeon.
Arqueio uma sobrancelha, fingindo não entender.
— O quê?
Sem aviso prévio, ela agarra meu braço e puxa, me afastando de Jennie, que começa a caminhar na nossa direção, mas eu nego com a cabeça. Sei me defender sozinha e não vou deixar essa mulher bonita e metida me intimidar.
— Vocês não vão dar certo — fala, como se estivesse jogando uma praga. — Jungkook precisa de uma mulher que esteja por dentro dos assuntos da família e não de uma criança — acrescenta com desdém.
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O homem da máfia - Jeon Jungkook e Chong Seo-Yun
Romance"Não preciso ter bola de cristal para saber que Jungkook é o tipo de homem que quando quer uma coisa, vai lá e pega. O mandachuva exala poder e autoridade. E na real, eu nunca gostei de homens assim. Mas por que "ser dele" soa como um convite tão in...