CHONG SEO-YUN
— Uma semana de repouso, analgésico pra dor, compressa de gelo de duas a três vezes ao dia e manter o pé elevado sempre que possível — é o que o doutor Kim Rae Won diz enquanto volta a enfaixar meu pé torcido.
Ele é um homem de meia idade, barba e cabelos grisalhos, pele morena e é dono de um sorriso gentil. Parece que é o médico da família do Jungkook, não entendi bem, mas foi ele quem me examinou ontem de noite.
— Obrigada, doutor.
Song Hye-Kyo , a mulher que cuida da casa de Jungkook, acompanha o médico até a porta. E eu fico sentada, pensando. Eu deveria estar correndo ou tentando correr na direção da saída desse apartamento e indo embora também. Mas devo ter algum problema, pois não movo nenhum músculo.
Jungkook é intenso e às vezes, assustador, mas não acho que ele vá me fazer algum mal. E bem, Eva disse que ele é um bom homem. Não levo em consideração, ele paga o salário dela. Deve pagar para que as pessoas falem bem dele também.
Meu lado racional quer ir embora o quanto antes e o lado irracional não vê problema em ficar. Talvez Jungkook esteja certo e seja mais seguro permanecer poraqui. Pelo menos até a possível história com Eun-Woo se resolver.
E Deus, o que será que aconteceu? Ele não se chama Eun-Woo sim, Mason? E como assim ele é perigoso e pode me machucar de novo? Machucar de que jeito? Nada faz sentindo.
O melhor deve ser ir embora mesmo. Beleza, é isso. Não vou ficar aqui, na casa de um estranho doido.
Mesmo depois de ter decidido que vou partir, permaneço sentada no grande sofá. É tão macio e confortável, e Song Hye-Kyo acabou de trazer uma xícara com chocolate quente para mim. Ela deve pensar que ainda sou uma adolescente, mas quem se importa? Chocolate quente num frio desses é impossível de recusar.
— Cadê o Jungkook? — pergunto como se eu e ele fôssemos íntimos.
— Trabalhando — ela responde.
Ergo uma sobrancelha, ligeiramente curiosa. Deve ser a minha oportunidade para saber o que esse homem faz da vida.
— Num domingo?
— Eu também estou trabalhando num domingo — fala ao me lançar uma olhadela por cima dos ombros. — Dr. Kim Rae Won também está trabalhando num domingo.
Prenso os lábios e assinto, fingindo um meio sorriso ao perguntar:
— Ele trabalha de que?
— Ele é herdeiro do senhor Carbone, o magnata do cassino — é o que me diz, como se isso fosse muita informação. Fico tentada a perguntar se ser herdeiro de alguma coisa é emprego, mas fico quieta.
Coloco a xícara em cima da mesinha de centro, pego celular e digito na aba do Instagram "Jeon Jungkook" e espero, torcendo para que eu encontre algo relevante sobre ele. Não tenho muito sucesso, Jungkook não é um homem que atualiza muito as redes sociais. A última foto foi postada há seis meses.
Decido expandir minha pesquisa e imigro para o Google. Acabo descobrindo que ele se chama Jeon Jungkook . Existem alguns artigos sobre a sua família e eu clico no mais recente e leio. Eles vieram para Seul na década de 50 e abriram o Jeon Hotel Cassino na cidade, que cresceu absurdamente nos últimos quinze anos.
Jungkook tem um irmão mais velho e uma irmã mais nova, é solteiro e tem trinta e dois anos. É formado em administração e trabalha com o pai, cuidando da parte administrativa do Cassino da família.
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O homem da máfia - Jeon Jungkook e Chong Seo-Yun
Romansa"Não preciso ter bola de cristal para saber que Jungkook é o tipo de homem que quando quer uma coisa, vai lá e pega. O mandachuva exala poder e autoridade. E na real, eu nunca gostei de homens assim. Mas por que "ser dele" soa como um convite tão in...