CHONG SEO-YUN
Duas horas e meia mais tarde, eu sentia que tinha perdido vários quilos. Tomo um banho quentinho e coloco moletom. Antes de sair do quarto, faço uma oração silenciosa para Deus ter feito Jungkook ir embora.
O homem veio me deixar em casa e entrou, eu o mandei ir, mas ele ficou preocupado comigo e sentou a bunda no sofá. Lembro de ter gritado do quarto duas vezes, exigindo que ele me deixasse sozinha, mas Jungkook não me parece o homem que segue ordens com facilidade.
Respiro fundo quando o vejo sentado no sofá, mexendo no celular. Mordo o lábio inferior e tomo coragem de avançar para o meio da sala e me acomodar ao seu lado no móvel.
— Você está bem?
Não consigo olhá-lo nos olhos, então encaro o tapete felpudo no chão, concordo com um aceno de cabeça, prensando os lábios.
Jungkook não é idiota, ele sabe muito bem o que aconteceu comigo durante aquelas duas horas e meia dentro do banheiro. Ai, Deus! Vou morrer de vergonha. Por que o homem não foi embora? Me pouparia do constrangimento. Seria tão mais fácil e eu poderia fingir que nada disso aconteceu.
— Não precisa ficar com vergonha de mim, Yunni — ele diz e finalmente, tomo coragem de olhar em seus olhos.
— Por que não?
Ele tem um sorriso doce nos lábios, o que consegue mexer com o meu coração tolo. Não é sempre que Jungkook é tão amável e isso ainda vai acabar fodendo a minha pobre cabeça.
— Confie em mim.
— Eu pedi pra você ir embora — é o que falo.
— Não podia te deixar sozinha.
Repouso a cabeça no encosto do sofá e fecho os olhos por uma fração de segundos, tentando encontrar a minha dignidade.
— Eu estraguei a noite — falo ao abrir as pestanas devagar e encará-lo, mas me dou conta de que é tudo culpa é dele. — Na verdade, a culpa é sua. Jin Se-Yeon foi uma surpresa pra mim.
— Sugar daddy, hein? — retruca, me roubando uma gargalha.
— Moon Ga-young disse que você é um sugar daddy em potencial.
— Não quero ser o seu sugar daddy, Yunni.
Giro os olhos e dou de leve com os ombros.
— Então, você quer ser o quê? — questiono, focalizando aqueles olhos profundos e sentindo o coração acelerar de novo. — Estou cansada, preciso dormir — murmuro quando percebo o clima ficar intenso entre nós.
Jungkook assente e fica de pé, e eu faço o mesmo. Ele rompe a nossa distância com um passo e as costas dos dedos dele tocam o meu rosto, me fazendo fechar os olhos por alguns breves segundos.
— Durma bem.
— Obriga... — sou interrompida com beijo delicioso e suculento de Jungkook, que consegue me deixar sem ar e com o coração batendo a mil por hora.
Ao afastar o rosto de mim, noto que está com um sorriso insolente nos lábios, que eu já tanto adoro. Então, eu o puxo pela gravata e volto a beijá-lo, me deliciando com a sensação da língua dele dentro da minha boca.
— Boa noite, Yunni — ele sussurra contra os meus lábios, enviando ondas de calor para todo o meu corpo e arrepiando minha espinha. — Fique bem. — Deposita um beijo na minha testa e vai embora.
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O homem da máfia - Jeon Jungkook e Chong Seo-Yun
Roman d'amour"Não preciso ter bola de cristal para saber que Jungkook é o tipo de homem que quando quer uma coisa, vai lá e pega. O mandachuva exala poder e autoridade. E na real, eu nunca gostei de homens assim. Mas por que "ser dele" soa como um convite tão in...