2. Barril de Pólvora

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Jihyo

No Palácio Presidencial, mais um evento oficial estava em andamento. Agora diplomatas de vários países estavam reunidos na sede do governo coreano. O salão principal estava decorado, com uma atmosfera carregada de expectativa enquanto todos aguardavam o discurso do presidente Suho.

Com sua postura firme, o presidente se dirigiu até o palanque presidencial para fazer seu discurso enquanto Sana estava atrás acompanhando.  

"Excelentíssimos senhores e senhoras, caros diplomatas e convidados de honra, é um prazer estar aqui hoje diante de todos vocês. Em um mundo cada vez mais complexo e interconectado, é fundamental que enfrentemos os desafios que se apresentam com coragem e determinação."

Ele pausou por um momento, olhando para a plateia antes de continuar.

"Nosso país tem enfrentado dificuldades econômicas e políticas que não podem ser subestimadas. No entanto, acreditamos que, juntos, podemos superar esses obstáculos e emergir mais fortes do que nunca. É nesses momentos de adversidade que nosso caráter é verdadeiramente testado."

A plateia ouvia com atenção enquanto Suho discursava sobre suas visões e planos para o país. 

"Acredito firmemente que, ao investir em nossa educação, inovação e infraestrutura, podemos criar as bases para um futuro mais próspero. Devemos fortalecer nossos laços com nações amigas e parceiros comerciais, promovendo a cooperação global em busca de soluções para os desafios globais que enfrentamos."

Ele destacou a importância da diplomacia entre os países e do respeito pelos direitos humanos como pilares fundamentais da política de seu governo.

"Nossos jovens são a promessa do amanhã, e devemos investir neles com dedicação e cuidado. A educação é a chave para nosso progresso, e devemos garantir que cada criança tenha acesso a oportunidades educacionais de qualidade."

Ele enfatizou diversas vezes a busca de soluções conjuntas para problemas globais. Era de praxe em todos os seus discursos falar disso. 

Enquanto os convidados aplaudiam sua fala, eu observava discretamente a primeira dama, que estava entre os convidados de honra. 

Sana, apesar de sua elegância aparente, estava visivelmente ansiosa. A pressão de seu papel como primeira-dama e a importância do evento estavam começando a pesar sobre ela. 

Seu semblante era pálido e suas mãos estavam entrelaçadas entre ela, estado em que me deixou extremamente em alerta. 

A primeira dama se afastou dos convidados e procurou um lugar mais tranquilo subindo as escadas, fazendo com que ela ficasse no centro das atenções. 

Foi então que eu resolvi segui-lá. Subi as escadas em seguida, eu sabia que de alguma forma todos os convidados estavam olhando para nossas ações. 

Sana fechou a porta de seu quarto. E eu sequer sabia se poderia abrir afinal era sua intimidade e eu claramente, poderia tomar alguma suspensão. 

Mas ignorei todas as regras e pensamentos que me levavam a não fazer e abri delicadamente a porta. 

- Sana -  Sussurrei suavemente, tocando levemente o ombro da primeira-dama. - Você está bem?  Parece que está passando mal. 

- Jihyo, eu... Eu não sei o que está acontecendo comigo. Não posso continuar aqui. - Sana virou-se para mim, seus olhos passavam a sensação de angústia.

Imediatamente compreendi a situação. Peguei suas mãos geladas e a sentei na cama. Por mais que estavam fora de temperatura, eram macias, seu toque era aveludado. 

Expresso - Sahyo (1° Temporada)Onde histórias criam vida. Descubra agora