Expresso - Sahyo (1° Temporada)

40. Recomeço

[Sana]

Antes de anunciar o veredito. Eu estava exausta, emocionalmente drenada, mas também sentia uma certeza leveza, de que todos os assuntos seriam resolvidos. Era como se um peso estivesse sendo retirado dos meus ombros. Depois de Chaeyoung conversar conosco, a audiência iria voltar em alguns segundos e nós saberíamos o resultado.

Eu estava sentada na primeira fila do tribunal, meu coração batia forte enquanto esperava o veredito. Além disso, eu podia sentir os olhares curiosos da imprensa e do público, mas mantive os olhos fixos no juiz.

Os últimos meses foram uma montanha-russa emocional. Depois de acordar de um coma que durou 29 dias, ainda luto para entender como tudo aconteceu. É difícil conciliar a imagem do homem com quem compartilhei anos da minha vida com o monstro que ele tinha virado.

— Você foi incrível, Sana — Jihyo sussurrou, me abraçando.

— Eu não teria conseguido sem você.

O momento da decisão parecia uma eternidade. Olhei em volta, vendo rostos conhecidos e estranhos, todos aguardando o momento decisivo. O juiz ajeitou os óculos e começou a ler a sentença, sua voz firme rompendo o silêncio.

- Este tribunal, após considerar todas as evidências apresentadas e os depoimentos ouvidos, passa a ler os fatos. O réu, Suho, é acusado de tentativa de assassinato, agressão e manipulação. O réu planejou e executou um ataque contra sua então ex-esposa e primeira dama, Minatozaki Sana, que resultou em um ferimento crítico que a deixou em coma por quase um 30 dias. Durante o período de investigação, foi comprovado que o réu usou de sua posição de poder para tentar manipular a mídia, testemunhas e obstruir a justiça. Além disso, há registros de agressões físicas repetidas, confirmadas por depoimentos de várias testemunhas.

A sala estava em silêncio absoluto, todos absorvendo a gravidade dos crimes cometidos pela voz do magistrado.

- Após considerar todas as evidências apresentadas e os depoimentos ouvidos, este tribunal declara o réu, Suho Park, culpado de tentativa de assassinato, agressão e manipulação.

Quando o veredito foi pronunciado, Suho reagiu imediatamente. Ele estava sentado ao lado de seus advogados, seu rosto tinha uma máscara de incredulidade e fúria contida. Seus olhos, estavam arregalados de choque e desespero. Ele se levantou abruptamente, a cadeira arrastando no chão com um ruído agudo, e começou a gritar.

- Isso é uma farsa! Eu sou inocente! Vocês estão cometendo um erro terrível!

Os oficiais de justiça se aproximaram, tentando acalmá-lo e mantê-lo sob controle. Suho continuou a lutando contra si mesmo. O juiz, mantendo a compostura continuou.

- A acusada senhora Park, como prefere que seja chamada, também responde por tentativa de assassinato e cúmplice ao ajudar Suho, é declarada culpada. Ambos não terão benefícios e nem poderão recorrer desse julgamento, cujo efeito é imediato. Eles cumprirão a pena em regime fechado. O primeiro terá 53 anos para refletir seus atos, sem possibilidade de liberdade condicional antes de cumprir pelo menos 30 anos. Enquanto a segunda também cumpre integralmente seus 27 anos. Declaro a sessão encerrada.

- Isso não acabou! Eu vou provar minha inocência, custe o que custar! - Sua voz ecoava na sala, cheia de raiva e desespero. Os oficiais de justiça se aproximaram, tentando acalmá-lo.

O juiz, mantendo a compostura, deu instruções firmes para que Suho fosse removido da sala. Os oficiais o levaram, ainda protestando e resistindo, enquanto a sala observava em silêncio tenso. Os murmúrios entre os presentes aumentaram e a imprensa anotava cada detalhe do ocorrido.