Expresso - Sahyo (1° Temporada)

24. Coreia do Sul

[Jihyo]

Naquele momento tenso, enquanto Sana estava sentada na cama, absorvendo o peso das acusações e a perspectiva de enfrentar os jornalistas no aeroporto, eu me ajoelhei, segurando suas mãos com firmeza.

-Nós vamos voltar - Eu disse com convicção. - Você vai morar comigo.

Sana, ainda visivelmente abalada, resmungou, indicando seu desconforto em ser exposta no meio de uma multidão de jornalistas. Eu tinha que protegê-la.

- Então Momo vai te buscar e levar você para minha casa. Assim não daremos brecha. - Propus, começando a traçar um plano. Levantei-me e peguei meu celular, enviando uma mensagem rápida para Momo explicando a situação.

- E se perguntarem... - Mas Sana, preocupada, levantou uma questão inevitável.

- Uma coisa de cada vez - respondi, tentando acalmar suas preocupações. - Vamos ter que assumir o relacionamento uma hora. - Bufei de frustração. - Eu odeio o modo como isso está indo. Eu queria te pedir em namoro em um lugar fofo, lindo e romântico que você merece.

Busquei algo dentro da minha mochila e tirei uma argola de chaveiro. Não era um anel tradicional, mas era a minha maneira de fazer um pedido de namoro inusitado.

Sana me olhou incrédula, com os cabelos bagunçados, expressando toda a sua beleza autêntica naquele momento.

- Acredite, você me ver assim, sem roupa e com o cabelo bagunçado, já é romântico. - Ela disse, tentando aliviar a tensão.

Aproximei-me, abaixando meu corpo para ficar próximo ao dela.

- Você quer namorar comigo? - Perguntei, segurando a argola de chaveiro como um símbolo do nosso compromisso.

Sana sorriu, e sem dizer uma palavra, beijou suavemente meus lábios. Naquele gesto simples, ela respondeu ao meu pedido de uma maneira mais significativa do que qualquer palavra poderia expressar. Era um sim, não apenas para o namoro, mas para enfrentarmos juntas tudo o que estava por vir.

Ainda deitadas na cama, após o pedido, começamos a discutir estratégias para lidar com a situação. Eu compartilhei meu pensamento com Sana, tentando ser prática diante dos desafios que se aproximavam.

- Pensando estrategicamente aqui, ou a gente mata o coelho, ou o coelho mata a gente, - comentei, expressando a complexidade da situação.

- Pera, que? - Sana levantou sua cabeça respondendo e mostrando um pouco de confusão.

- Quero dizer, temos que ser mais espertas que ele, Sana. Qual a chance de ele não assinar os papéis? - questionei, antecipando as possíveis adversidades.

- Todas possíveis - ela respondeu com um tom realista.

- Então - dei de ombros, ponderando a situação - Você precisa ir com dois discursos armados.- Era vital ter uma estratégia para cada cenário possível, e estávamos cientes de que a situação poderia se desenrolar de diversas maneiras.

Pouco tempo depois, arrumamos nossas coisas e fomos para a cozinha. Decidimos falar com os pais de Sana sobre a mudança de planos em relação à viagem de volta para à Coreia. Sentadas na sala de estar, Sana e eu respiramos fundo antes de dar a notícia.

- Mãe, pai - Sana começou, buscando as palavras certas - Pecisamos conversar sobre algo importante.

Os olhares atentos dos pais de Sana indicavam que eles estavam prontos para ouvir.

- A audiência de separação foi marcada mais cedo do que esperávamos. - Ela continuou, mantendo a calma. - Decidimos voltar para a Coreia antes do previsto para lidar com essa situação.