Expresso - Sahyo (1° Temporada)

33. Quebra cabeça final

[Jihyo]

Jeongyeon me trouxe ao hospital, já que eu estava em prantos e incapaz de dirigir. O caminho até lá foi uma jornada com lágrimas na minha visão e um nó apertando minha garganta a cada lembrança do que estava em jogo.

Quando chegamos, minha mente estava uma confusão de medo e desespero, e minha única preocupação era encontrar Sana. Meus passos eram desajeitados, quase tropeçando um no outro, enquanto tentava percorrer os corredores lotados do hospital.

Ao ser informada de que Sana já estava na cirurgia, uma onda de desespero me atingiu com força total.

Sana é tudo para mim. Amar Sana é encontrar a própria felicidade. Tínhamos tantos planos juntas, tantos sonhos para realizar, e a ideia de perdê-la era simplesmente insuportável. Cada instante sem ela era uma eternidade de dor.

- Por favor, tome um pouco de água - Jeongyeon insistiu, preocupada com meu estado. - Vai ajudar.

Recusei, a dor estava me deixando sem forças até para beber.

- Não se culpe - ela tentou confortar com palavras, mas a dor era avassaladora demais para ser amenizada.

- Deveria ter sido eu, Jeong - murmurei, sentindo que a qualquer momento eu iria desmoronar, e ela me envolveu em um abraço, tentando juntar os pedaços do meu coração dilacerado.

Chorei convulsivamente, a dor física era quase palpável por todos ali.

- Não posso perdê-la, dói tanto - agarrei sua blusa com força, buscando um apoio que parecia escapar por entre meus dedos trêmulos.

Logo em seguida, Mina, Nayeon e Momo chegaram à UTI.

- Ele foi preso - Nayeon tentou me confortar. - A situação lá fora está caótica.

Foi um alívio momentâneo, uma sensação de justiça sendo feita, mas a agitação do momento logo tomou conta do ambiente. As pessoas ao redor estavam nervosas, os corredores do hospital ecoavam com o som de conversas sussurradas e passos apressados.

Para mim, foi como se um peso tivesse sido tirado dos ombros, mas a preocupação com Sana ainda dominava meus pensamentos. Eu não conseguia evitar o sentimento de culpa por tê-la colocado nessa situação, por tê-la exposto ao perigo.

Enquanto a notícia se espalhava, o caos começava a se instaurar do lado de fora do hospital. Era possível ouvir sirenes de longe, e a agitação das ruas ecoava até mesmo dentro dos corredores do prédio. A sensação de tensão era sentida por todas e mesmo com a prisão de Suho, parecia que ainda havia uma aura de perigo pairando sobre nós.

- Me desculpem por estragar o casamento de vocês - murmurei, enxugando as lágrimas que continuavam a rolar sem controle.

- Jih, você não tem culpa de nada. Vamos descobrir como ele entrou e, quando Sana melhorar, vamos celebrar novamente. - Mina tentou me tranquilizar, mas a incerteza do futuro ainda pesava sobre mim como uma âncora implacável.

[...]

Passaram-se dezesseis longas horas desde o momento em que Sana foi levada para a cirurgia até o instante em que a médica finalmente nos chamou. O tempo parecia ter parado, e cada minuto era uma eternidade de angústia e incerteza.

- Minatozaki Sana - A médica apareceu chamando o parente mais próximo. Todas nós nos levantamos e fomos em direção a ela. - Você é?

- Esposa dela - Foi a primeira coisa que consegui dizer, minha voz trêmula com a preocupação.

- Bom, a cirurgia foi um pouco mais complicada do que imaginamos. Sana teve seu rim atingido e uma hemorragia nele, uma vez que ele tem muitos vasos sanguíneos presentes. Além disso, ela teve hipovolemia que é a diminuição do volume sanguíneo no corpo.