696, Drack, Era Corrupta.
Passaram-se duas horas após terem saído da taverna.
Mais adiante, eles enxergaram a vila de Drack de cima de um morro. Para descer dele, Jenny e Malkiur teriam que se ajudar. E foi isso que tentaram fazer. Calmamente, Malkiur decidiu ir na frente e chegou até o final. Jenny, ao tentar, caiu, mas foi segurada por Malkiur antes de se chocar com o chão. Frustrada por ter caído, ela exclamou para que o príncipe a soltasse. E ele a soltou no chão, assim como pediu.
- Eu não disse que era pra você me soltar assim! - exclamou Jenny. Levantou-se irritada enquanto batia em sua roupa, limpando a poeira do solo que ficou grudada na vestimenta.
- É só uma poeirinha... Sai com água, ora - disse, despreocupado.
Ela apontou para a cara do príncipe.
- Você não sabe quantas pessoas morreram só pra eu ter essa roupa!
Um corpo humano sem braços caiu e rolou metros próximo deles. Ambos arregalaram os olhos e encararam o corpo ao mesmo tempo.
Jenny recuou assustada. Abriu a palma da mão e armou-se com seu feitiço de estilo: Sangue e encarou a mata ao redor. Malkiur ouviu um grunhido; olhou para trás e depois para cima. Ainda com o olhar fixado, colocou, lentamente, a mão sobre o ombro de Jenny, alertando-a sobre o que via.
A criatura tinha mais de um metro e noventa de altura. Pele morena; cabelos pretos trançados e jogados para trás; não usava camisa, apenas uma tanga larga que cobria suas coxas e chegava até o joelho. Possuía pouca barba; olhos ausentes de íris e pupilas, completamente brancos com as bordas amarelas alaranjadas. Boca carnuda com dentes amarelos e de caninos afiados. Seu porte físico intimidava; os braços impressionavam pela largura e definição, e as pernas tão quanto. Parecia pesar mais que um mamute mesmo sendo um ser humanoide.
- Mais intrusos. Fracos ou fortes? - questionou-se. - Não importa - deu um passo para frente, fazendo uma forte marca de sola na grama.
A vila estava próxima, mas seria quase impossível correr para dentro dela sem serem alcançados pela criatura. Eles estavam em um campo aberto; somente em um raio de trinta metros havia uma floresta para que eles pudessem se refugiar. Não tinha jeito de escapar.
A cada passo dele, Jenny preparava o corpo para atacá-lo com seu feitiço. A criatura parou de andar no limite do raio onde Jenny conseguiria o acertar. Ele observou a mão que segurava o feitiço; dobrou a cabeça para o lado com uma expressão de dúvida - como um cachorro. Cerrou os olhos e disse, com uma voz grossa e firme:
- Feitiço estilo: Sangue? - questionou a si novamente. - Ah, como eu não poderia reconhecer? É Jenny, o Cão do Inferno.
- Oh, Agwen - ao perceber, adotou uma postura mais calma, guardando seu feitiço. - É um prazer te conhecer pessoalmente.
Malkiur respirou fundo três vezes e abriu um sorriso para Agwen. A criatura bufou e seu olhar tornou-se cansado - estava entediado e um pouco decepcionado.
- Seu subordinado? - questionou, bocejando.
- Ele é um dos nossos. É o príncipe...
- Malkiur; me chamo: Malkiur - interrompeu.
- É - disse Jenny, olhando Malkiur de canto.
- Eu estava me empolgando para uma luta de verdade. É uma pena que eu tenha lembrado quem você é, Jenny.
- É uma pena mesmo. Eu queria muito lutar contra Agwen, O Monstro Elementar, pela primeira vez - disse, esbanjando um sorriso.
- Notei sua sede de sangue em querer me matar - disse Agwen e depois riu eloquentemente.
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O Mais Honrado
FantastikSe desvincilhando de uma vida pacífica e buscando o próprio caminho, o príncipe, Gautar V, vaga pelo mundo para entender os próprios sentimentos e compreender todo sofrimento que o ronda. Auxiliando os cruéis no caminho certo e guiando os bondosos n...