Meu Prometido

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ooooooooooo

Sim gente, o Crowley é Omega. Liga la pra policia. (liga n pelo amor de  Deus)

Seguinte, eu (minha) opnião. Crowley é muito sensual para ser um alfa gente, pelo amor de Deus. então procurei feito louca uma historia que tivesse o oposto. ate que eu encontrei! Mas dai achei um omega fraco reprimido e timido... cara, nada com Crowley ;-;.
Então eu pensei, quer saber? QUER SABER?




Bem vindos.

Eu realmente caprichei nesse cap. FIQUEI 3 DIAS FAZENDO ELE.

3 DIAS!!

Todos os versos e poesias fui eu que fiz~~
Gente da uma chance le um pouco, se vcs odiarem é isso. bjos



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Algo que devem saber dessa fic! 
No Universo omegaverse. Existe os dominantes e tbm existe a linhagem real....eu estou chamando de outro nome. 
Sangue puro e Sangue azul......

Sangue Puro: É um fator genético! Pode acontecer tanto como alfas como Ômegas. Sangue puros são os que tem herança (sangue) mais bestial ou seja, são os alfas e ômegas que estão mais proximos do sangue de seus ancestrais e por isso são mais fortes. Características: Olhos bestiais (existe varios clãs com olhos de cores diferentes- o de Crowley é amarelo), orelhas pontudas e são bem resistentes aos feromônios. 

Sangue Azul: Não é um fator genético. São os dominantes. (tanto ômegas como alfas podem ser) o nome já diz. É quando sua vontade (feromônio) fica a cima do outro. Isso é perigoso. Características: Olhos de cores vibrantes e chamativas e feromônios mais fortes.  

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Alfa, omega,beta. Todos podem ser tanto homem quanto mulher. O que é cada um? Eu digo. 

Alfa: Pode engravidar um ômega (Sim, mesmo que seja um alfa mulher e um ômega homem)
Ômega: Podem engravidar. 
Betas: Pessoas normais como a gente q n possuem feromônios ou órgãos secundários. 


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Um casamento entre dois reinos não era um compromisso, era um laço, uma promessa, um tratado eterno que não juntaria duas pessoas, mas duas nações. A paz reinou e com ela o destino de Aziraphale um príncipe Alfa se ligou com Crowley um exótico príncipe Ômega.




Ligar dois reinos em um casamento significava ligar duas culturas distintas em uma só cerimônia.

Aziraphale era da grande capital inglesa, centro de tudo e mãe das nações.

Crowley era da nação do ouro, país desértico saudita, fruto de riquezas e tradições.



Tudo começa com uma tradição da nação do ouro.

Aziraphale estava sentado em cima de um tapete cheio de detalhes dourados e de cores vivas em vinho e marrom, em sua volta tinha apenas cortinas feitas de véu voil e seda, ele estava dentro de um pequeno "quadrado" onde só tinha ele.
A sua volta pessoas que passavam atrás do véu, ele não podia ver o rosto de ninguém e ninguém podia ver o dele.
Exceto talvez por algumas mulheres sauditas que colocavam seus olhos curiosos em alguma brecha do véu da tenda e ficavam falando em sua língua estrangeira.

Elas riam vendo um Alfa tão elegante e diferente de tudo que já haviam visto.

Ele estava com um terno branco típico inglês, feito a mão justamente para essa cerimônia, seu terno branco brilhante com pérola fazia contraste com todas as cores e essências que estavam à sua volta.

Seu rosto sereno e reservado não olhou para as pequenas bisbilhoteiras do seu lado.

Ele estava ajoelhado educadamente, aguardando com paciência e respeito a tradição ter seu andamento.

Ele deu um sorriso calmo sem deixar de olhar para frente onde via por uma pequena brecha a festa acontecendo lá fora.

Do seu lado esquerdo, separado por um fino véu, estava Crowley.

Crowley estava também em um quadrado cercado por véus e tecidos de qualidade, em sua volta por cima do tapete de linho tinha várias almofadas redondas, onde ele conseguia se apoiar para relaxar melhor, sua forma de sentar era relaxada com o joelho levantado e o braço sobre o joelho.

Ele suspirou com tédio por não conseguir ver ninguém à sua volta, nem mesmo seu suposto alfa.

Ele olha novamente para o seu lado direito, o lado que seu prometido tem que está e apenas consegue ver sua silhueta atrás das camadas de véu que os separava.

Um clássico inglês, ele pensou.

Ele tenta sentir o cheiro dele, mas os incensos foram acessos ao seu redor para que isso não acontecesse.

Ele olha para frente desistindo.

Crowley usava roupas tradicionais de uma cerimônia do seu povo.

Seu vestido era de seda em cor vermelho vinho, seu tecido era tão fino em qualidade que ficava quase transparente em seu corpo, seu longo vestido tinha duas grandes fendas que faziam suas belas e longas pernas ficarem amostra. A sua esbelta cintura estava sendo amarrada com fios de ouro puro que subiam em várias voltas por seu tronco até o seu pescoço, as longas mangas de seu elegante vestido tinham pequenas fendas mostrando sua pele lisa e bem cuidada, todo o seu corpo estava oleoso devido aos banhos que ganhou fazendo sua linda pele bronzeada brilhar.

Seus cabelos escarlate eram longos e bem cuidados como um bom príncipe ômega deve ser, as ondas de seus fios lembraram um rio rebelde que seguia seu curso até sua cintura, seus olhos eram dourados e chamativos - Olhos bestiais apenas como um sangue puro real da Saudita deve ser.

Ele estava dos pés a cabeça de ouro exibindo a riqueza de seu país.

Seus pés bem cuidados tinham um acessório que ia do seu dedo do meio até o calcanhar, suas pernas tinham ligas de ouro em formato de cobra, assim como seus dois braços. Suas orelhas guardavam brincos longos em desenho de lua.

Com toda certeza o ômega que era considerado um tesouro nacional e agora estava nas mãos de um Alfa desconhecido.

Crowley bufa já sabendo que seria vendido, mas pelo menos queria que fosse com alguém menos conservador.

Ele revira os olhos lembrando os costumes meticulosos ingleses e como terá que segui-lo a partir de agora, já que viverá em seu reino.

Ele coça abaixo do seu queixo com tédio, suas unhas eram longas e negras. Em toda sua mão tinha desenhos em forma de mandalas com tinta de ouro.


Lá fora as pessoas de seu reino que vieram para o país vizinho gritavam e cantavam músicas tradicionais deixando o ambiente conhecido para ele. Seus irmãos dançam graciosamente e todos pareciam felizes, ele só podia ver a festa acontecendo por uma pequena brecha das camadas de tecido que o "escondia" do resto do mundo.

Com toda certeza será a parte mais divertida da cerimônia para ele, então ele tentou esquecer do resto.

Fechou os olhos e deixou as músicas da sua língua mãe invadir seu coração.


Ele queria lembrar de tudo, o cheiro, os gritos, as risadas altas e as bênçãos.




Foi rápido demais quando o tambor da cerimônia começou a suar.

Ele só conseguia ver por uma pequena brecha as pessoas parando de dançar.

Ele sabia o que aconteceria então se sentou normalmente dobrando as pernas.




Uma menina, uma nativa, andava na direção da "tenda" de Crowley.

Ela ajoelha se curvando e apenas deixa suas pequenas mãos entrarem dentro das margens do véu protetor.

Crowley olha para baixo e vê que ela segurava uma bandeja de prata vazia.

Era onde ele devia colocar o seu "presente" para seu alfa.

Ele pega um lenço feito da melhor seda do seu país, aquela peça já foi preparada para isso, ele o dobra e coloca na bandeja.

O Xamã do lado de fora recitava versos sagrados.

Aquele lenço era como um pedido de "cortejo" segundo a tradução inglesa que ele estudou tão meticulosamente bem.

Crowley sorriu travesso vendo a bandeja indo embora com o seu "presente"

Se tivesse seus feromônios ele aceitaria o cortejo, se não tivesse nada, era uma simples e curta rejeição.

Ele obviamente enviou um pano vazio e esperou.

"Como um inglês tradicional vai se comportar diante dessa afronta?" "Ficará calado fingindo que nada aconteceu?" Sim, Crowley tinha certeza, afinal ingleses são orgulhosos.


Ele olha para o lado e vê a silhueta de seu prometido se mover, sua tenda foi aberta e ele pega o suposto lanço que foi entregue a ele.

Crowley olhava, ele estava avaliando a reação do seu prometido.

Ele parecia abrir o lenço de sua dobradura, bem lentamente, com o lenço totalmente aberto ele decide tocar nele com as mãos como se esfregasse com as pontas dos dedos. Ele parecia analisar com calma e em seguida dobra novamente.

Ele não vai tentar cheirar?


Levantando o seu rosto ele parecia apenas colocar o pano seguro em algum lugar perto do seu peito, provavelmente dentro de seu terno.

Em seguida parecia pegar outra coisa do seu lado e colocar na bandeja.

"Que sem graça" Crowley pensou vendo a garota voltar para ele. "Sua reação foi sem graça, prometido"

Ele vê a menina se ajoelhando novamente perto da sua tenda.

Esse era o presente em resposta.

Ele olha para a bandeja posta na sua frente com um lenço diferente do vermelho que deixou lá.

Aquele era um branco, um branco brilhante com um bordado caprichoso de uma flor dourada.

Para os ingleses era a "resposta positiva" que o cortejo aconteceria, como um "presente de namoro" eles ofereciam em troca lenço com seu cheiro para o seu ômega lembrar dele.

Crowley suspira e pega o lenço sabendo que não tinha outra opção.
Pelo menos vai descobrir o cheiro de seu prometido


Ele cheira.

Mas só sente a fibra do tecido.

Ele aperta o pano na mão e se irrita. Seu temperamento era curto e sua paciência era pouca.

"Então é isso?" Ele pensou.

Mas ao apertar sentiu algo dentro.


Ele desdobra com calma e vê uma pequena flor de dente-de-leão. O pequeno dente agora quebrado chocou Crowley.

No seu país, o cortejo funcionaria apenas se o interessado entregasse um pequeno pano dobrado escondido com um dente-de-leão. Essa flor significa esperança.
Era como se perguntasse.
"Eu posso ter esperança?"

Caso houvesse interesse da segunda parte o lenço era devolvido - com o seu cheiro se for ómega ou alfa -. Caso não, era apenas não devolver o lenço.




Crowley olha novamente para o seu lado direito.

Mas pela primeira vez a sombra misteriosa de seu prometido respondeu olhando de volta.

Ele olha rapidamente para o lenço e suspira bufando.



Mas logo dá um sorriso mostrando seu canino, seu olhar travesso olha mais uma vez para a sombra de seu prometido que agora apenas olhava para frente.

Então esse bastardo sabe um truque ou dois?
Interessante.
Mas não ache que só porque aprendeu um pouco de meu país se tornou interessante para mim, "baby".

Pensou Crowley enquanto voltava a sentar relaxado.

Ele apenas colocou lenço de lado, ele não pretendia devolver.



Ele decidiu apenas se concentrar na voz calma do Xamã do lado de fora.
Ele continuava dando bênçãos com as palavras da antiga escritora de seu povo.



(Que seje seja eterno como o sol que ilumina a lua e a revela sua beleza.
Mesmo que o sol caia, e a lua não há mais de brilhar.
Faça-os que a chuva vos abençoe.
Faça que a chuva lhe guie e lhe limpe.
Faça que o solo sagrado de nossos ancestrais sejam férteis e que vosso filho seja o fruto.
Faça-vós que mesmo sem o brilho do sol ou a beleza da lua;
O solo prospere em renovação para o amanhã depois da lua nova.
Pois assim que nosso sol cai e a nossa lua desaparece.
Um novo horizonte nasce como uma promessa em seu novo nascimento.
Assim como seu filho e o filho depois dele.
A lua enfim se erguerá em cheia novamente)


Um sino alto vindo seguida de batuques vieram.


Crowley olha para o lado vendo a tenda de seu prometido sendo aberta.

Ele sem olhar para o lado se levanta devagar, dava para ver pela silhueta que mesmo com o terno elegante ele estava descalço, respeitando assim o solo sagrado.


Ele apenas saiu da tenda e Crowley não consegue mais vê-lo.


Ele olha para baixo e em seguida olha para o lenço.

Um sentimento estranho o tomou, mas logo foi despertado pelo barulho do sino novamente.


Era o barulho do "Sol" saindo do solo sagrado.

Começara a caminho do noivo.

Uma multidão podia ser ouvida do lado de fora do templo que foi feito justamente para essa cerimônia.


Crowley escuta algumas risadas e olha para trás vendo alguns dos seus irmãos entrando na sua tenda.

Logo ele estava rodeado pela família que falava na sua língua nativa.

- (Crowley) - Um dos seus irmãos ômega também um príncipe lhe conta em segredo. - (Eu vi o seu prometido, meu irmão, ele é horroroso. O mais horrível que já vi.) - Eles riam e Crowley começou a rir voltando ao seu humor de sempre.

Seus familiares apenas falavam como o príncipe Alfa parecia um monstro horroroso com dentes grandes e verrugas na cara.
Crowley não podia reclamar, pois fez pior no casamento de muitos ali, dizendo como seus prometidos ou prometidas tinham três cabeças e dentes nos olhos.

- (Vamos, vamos, parem de assustar seu irmão.) - Uma mulher ruiva sorria, seu sorriso lembrava o de Crowley. - Ele é Lindo, querido. Tenho certeza que é um grande homem.

Seu inglês era perfeito e os seus irmãos seguiram seu exemplo.

- Mesmo se ele for o alfa mais lindo da inglaterra. - Crowley sorria sem se importar dos seus irmãos mais velhos e mais novos o irritando. - Nada se compara comigo.

Todos riam de Crowley até o Xamã chamar atenção e todos ficarem calados.

Ele volta a recitar os versos sem se importar de ter chamado a atenção dos seus príncipes e rainha.


Mas a família real barulhenta continuava sussurrando.

Todos tinham olhos dourados e afiados.

- E esse é o presente dele? - Uma irmã de cabelos longos e negros pergunta. - Não sinto cheiro nenhum. - Ela fica balançando fazendo cair um dente de leão.

Todos suspiram de surpresa.




- Oh... querido. - Sua mãe pega o dente-de-leão e fala sussurrando. - Isso é algo raro de se ver em um alfa, mesmo em nosso país. (Oh, tão nostálgico...)

- Eu pensei que os alfas não faziam isso. - Um irmão sussurra para outro atrás de Crowley.

- Eles não fazem. - O outro responde rindo. - Eles são muito orgulhosos para isso. Principalmente os ingleses.

- Como um alfa eu tenho que descordar. - Uma irmã negra falava rindo. - Eu sou muito legal, certo Crow? - Ela abraça o braço do seu irmão esfregando seu cheiro nele.

- (Querida!)- A irmã puxa a orelha da filha que só ria. - Ele está purificado! Não fique o tocando.

Um sino seguido de tambor distrai eles.

Todos ficam sérios em poucos segundos e em vez de ser a família amorosa são apenas a família real novamente. Esse casamento significa paz entre a grande monástica inglesa com os desérticos. Muito estava em jogo.

Crowley é o primeiro a se levantar.

- (Siga em frente querido.) - Ela diz por tradição e também por tentar ser uma boa mãe, mas mesmo que o adorasse ela era rainha antes de ser mãe. - (Atrás só encontrar o passado e o passado não volta. Olhe para frente, sem dizer adeus ao que deixou, pois se falar com o vazio ele lhe responderá com mais vazio em troca).

Crowley olha para sua mãe que também era sua rainha e para seus irmãos ajoelhados ao seu redor.

A tenda se abre e um glorioso ômega sai imponente.

Sua beleza espanta não só aos nativos como a alguns servos ingleses que estavam lá.

Ele colocou o cabelo delicadamente nas costas e saiu andando. As fendas de seu vestido balançavam em cada andada mostrando suas longas pernas.

Seu olhar era mais brilhante que suas joias e mesmo sendo o omega, não parecia alguém que precisaria de proteção, um verdadeiro puro sangue, isso facilmente se revelava com sua essência ameaçadora e confiante. Digna de um príncipe.

Tudo nele gritava que ele era intocável, mesmo que estivesse tão exposto.


Ele vai para porta e suspira irritado com a luz do sol o tomando.

Ele coloca as suas pequenas sapatilhas que o esperava na porta.

O sino toca novamente. A caminhada da lua ia começar.

E com a ajuda de seu Rei e pai que esperava lá fora saiu devagar do templo.

Sua grande mão segurava o braço de seu rei, em seu braço foi posta uma camada fina de seda para não manchar o ômega purificado, tudo tinha um propósito ou uma tradição por trás, seu rei um grande alfa era maior do que ele mas os dois eram igualmente imponentes.

Alguns irmãos mais velhos alfas o escoltaram seguindo seu rei.

Ele desceu a escada ouvindo a grande multidão ao seu redor.

Ele logo sente seu olho se acostumando com o sol e suspira novamente vendo a grande "passarela" que teria que passar.


O templo tinha uma longa escada em descida que levava a uma rua cheia de pessoas, no meio delas onde ninguém tocava um tapete dourado mostrando que ainda estaria em solo sagrado até a outra ponta onde se encontrava uma grande igreja inglesa.

- Que porcaria em. - Ele fala sussurrando para o seu pai. Crowley odiava caminhar.
- Veja pro lado bom. - Seu pai parecia sério o respondeu. - Pelo menos terá um banquete depois.
- Hn. - Ele não sabia se gostava ou não das festas inglesas.
- Tem vinho.
- Hn. - Ele ainda não foi convencido.
- Mas você adora vinho. - O rei falou com a voz um tanto pasma e o irmão sussurrou.
- Eu fiquei bêbado com uma jarra.
Crowley só bufa tentando não rir, seu olhar estava na caminhada.
Seu irmão, um lutador de guerra, tinha várias cicatrizes e com elas várias histórias mentirosas por trás.
- Talvez com três - Ele confessa sem deixar de olhar para frente.

Outro irmão ficava rindo em silêncio.

Ele resolveu seguir.

Toda multidão suspirava maravilhados vendo como era linda a família real do país vizinho e como o noivo era sem sombra de dúvidas o mais especial deles. Todos eram altos e brilhantes, para o país desértico ser alto era natural, mesmo os ômegas eram altos e imponentes possuindo desde criança corpos dignos de guerreiros.


Subindo a escadaria da igreja logo Crowley percebe que o mar de cores e aromas que estava acostumado se perdeu.

Agora era ele que contrastava ao redor de tanto branco e luz.


Para seu povo branco significa luto, para o povo do seu prometido significava pureza e começo.

Na igreja só podiam entrar betas e alfas, o único ômega que podia entrar seria o noivo. Seu vestido vermelho justo com fendas era o oposto do branco puro da igreja. Ele era como um demônio invadindo o solo sagrado.

Seus irmãos entraram antes dele e de seu rei se colocando em seus lugares.

Ele olha para frente vendo o altar.



Finalmente iria ver o rosto do seu prometido.



Ainda estava um pouco longe para olhar direito.Seu olhos não foram feitos para a luz do sol, mas conseguiu aos poucos ver.



Ele não era feio.

Seu cabelo era de um amarelo quase branco, sua pele parecia pálida e seu terno tinha uma longa cauda dividida. Era quase como se fosse a própria "personificação" do puro.

Crowley se segura para não rir.


Não era para Ele ser a lua aqui?

Quanto mais se aproximava do altar, mais sabia sobre seu prometido.


Sua aparência era leitosa e sua aura parecia ser calma, exalando tranquilidade ao seu redor. Sua postura firme era imponente mostrando sua perfeita etiqueta da realeza.



Seus olhos.










Seus olhos.


Crowley excita por um segundo, rápido demais para alguém perceber, lento demais para seu orgulho que foi quebrado.

Sua mão sem perceber segura mais forte a seda em cima do braço de seu rei.

- Crowley? - Ele não respondeu, apenas continuou andando sem se importar com o resto.

Ele não desviou o olhar nem mesmo se quisesse.

Os olhos de seu prometido como gelo prenderam Crowley.
Crowley afia mais o seu olhar.

Todo o seu instinto falou para ajoelhar, mas seu orgulho de príncipe o desafiou.

Ele segurou firme para não rosnar, como se fosse sua única tentativa de defesa.

Os olhos azuis que o encarava por um breve momento ficou semicerrado e em seguida se fechou. Como se desistisse do desafio sem mesmo começá-lo, seu prometido apenas virou o rosto novamente para o altar.


Cadê seu orgulho desgraçado? Crowley pensou arisco.

Ele parou em frente ao altar sem falar nada.

Seu rei foi para longe se sentando em uma trono feito para ele do lado esquerdo do altar, bem no canto. Ao seu lado, esperando por ele, tinha a rainha deste país. Eles se cumprimentaram em um breve momento e o padre começou a recitar versos em latim.


Crowley ficava encarando o seu prometido de frente sem deixar de olhar.

Enquanto o príncipe deste reino, Aziraphale apenas deixava seus olhos fechados.


Para todos seu ato mostrava respeito ao padre como se escutasse a reza com tranquilidade, para seu prometido, ele era um desgraçado.


Deste ângulo, pelo menos, Crowley conseguia olhar para ele com tranquilidade. Suas alturas eram similares, não, pensando bem, Crowley era um pouco mais alto que ele. Seu cheiro parecia reservado. Crowley quase se aproximou para cheirá-lo de tanta raiva que sentiu.

Ele nunca ouviu falar de um alfa que não era territorialista, vamos lá, nem mesmo uma fragrância?

Nada

Seu cheiro era tão discreto quanto ele.


Tudo que conseguiu de informação sobre seu prometido também foi inútil.

Aziraphales tinha 25 anos, 3 anos mais velho que Crowley. Era o terceiro de cinco irmãos. Suas funções eram administrativas e internas, ou seja, mal se sabia sobre o que fazia, ninguém nunca o viu em uma festa então não corria boatos sobre ele. Quando seu informante trouxe as informações para ele sobre seu prometido "Discreto" era escrito em caixa alta quase em todo o documento. Ele só sabia uma coisa sobre Aziraphale, ele pedia sempre chá e bolo para ser levado para o seu escritório, ou seja, ele gostava de doces. Informação inútil.

- Príncipe Aziraphale. - O Padre o chamou, e em resposta silenciosa ele abriu um pouco os olhos, atrás de seus cílios dava para ver os brilhos azul dos teus olhos. Ele olhava para baixo em respeito. - O primeiro de seu nome. Devoto e fiel. Você que viveu sua vida em honra agora compartilhará sua vida com outro. Junte vossos laços e faça vosso juramento eterno de cavalheiro.

Seus olhos abriram novamente e Crowley ficou surpreso e hipnotizado. No seus olhos não tinha raiva ou rancor, apenas carinho e calma, ele olha para Crowley com dedicação e em seguida se ajoelha.


Crowley dá um passo para trás como se quisesse continuar a olhar para o rosto de Aziraphale.

Sem o decepcionar, Aziraphale o encarava.

Finalmente iria ouvir a voz de seu prometido.



- (Para você, Luz da manhã...)- Ele começa e todos sussurram na igreja, no altar como padrinhos os príncipes ingleses alfas pareciam nervosos e os príncipes desérticos alfas ficaram atentos.


Era a língua mãe de Crowley, na língua de um inglês, nunca ouviu falar de um inglês preocupado em tentar falar outra língua nem tão pouco um alfa se colocando nessa situação.

Mas seus olhos enfeitiçaram Crowley que só queria ouvir sua promessa.


- ( Em um mar tenebroso sua luz tranquiliza os viajantes que acham o seu destino) - Ele recitava como um conto antigo. Os mesmo que Crowley ouvia quando criança. - (Seja também meu guia e me mostre o caminho. Seja meu companheiro de viagem até a luz em meu peito apagar e quando enfim isso acontecer que se ilumine com as estrelas e continue eterno. Para você, oh, estrela guia da escuridão, príncipe, filho, irmão. Também vos imploro que seja aceite um novo título como marido de alguém tão humilde como vosso servo, prometo lhe cuidar e serei seu em uma promessa que toma não só meu sangue como minha carne.)


Crowley por alguma razão se sentiu nervoso e ao mesmo tempo quente. Foi o oposto do que sentiu quando ficou sozinho no templo depois de que Aziraphale saiu.

Como alguém que não nasceu no seu país falava tão bem sua língua? Dava para escutar seu gentil sotaque, mas isso só deixava tudo mais adorável.

Sua voz era gentil como uma carícia e quente como o sol.


Crowley estava mesmo assustado.


- Terminou sua promessa, meu filho? - O padre perguntou em um suspiro.

- Sim. - A voz gentil se mostrou mais meiga agora na sua língua original. Como se não tivesse pressa, ou não fosse humilhante para um alfa ficar ajoelhado, ele se levanta e sorri.

- Alguma razão para ser em outra língua se não a católica? - O padre pergunta como se tentasse dar uma bronca em Aziraphale. Por alguma razão Crowley quis rosnar para o padre e seus irmãos tiveram o mesmo sentimento.




- ....Creio que minha promessa foi para o Príncipe Crowley. - Sua voz mudou, fazendo a temperatura cair.


Crowley sentiu rapidamente um aroma que foi tão rápido quanto veio, ele não conseguiu identificar antes de ir o que fez ele ficar decepcionado, mas quando ouviu seu nome sendo dito na voz de seu prometido se sentiu estranho. Como se estivesse íntimo ou ligado a ele.

Ele olha de relance para o seu irmão mais velho que apenas olhava pasmo para Aziraphale.

- Cr-Creio que esteja certo. - O padre que também era alfa responde recuando. - Com isso... Só falta. Príncipe Crowley, aceita a promessa?


- Sim...


O príncipe Aziraphale dobrou sua manga da mão esquerda, em seguida a ergueu diante do altar e permitiu que o padre cortasse até aparecer sangue. Ele apertou o punho e deixou cair gotas grossas e vermelhas de seu próprio sangue em uma água sagrada que se tornou azul mostrando que seu sangue era azul.

Ele fez uma promessa de "cavalheiro" isso significava que se ele traísse seu ômega ou vivesse em desonra seria um pecador e pagaria com seu sangue.

Ele sorriu em um suspiro quando Crowley olhou para ele.

Ômega não faz juramento, apenas Alfa. Pois para os costumes era obrigação de um Alfa proteger seu ómega. Isso significava que Crowley estava livre para ir sempre que desejasse.

As pessoas aplaudiram

Irmão de Crowley lhe disse algo, mas ele não prestou atenção.
Crowley ficava olhando confuso o Alfa, seu marido, ao seu lado.

Aziraphale se virou com o chamado de seu próprio irmão, seu olhar calmo e paciente era para outro príncipe alfa de olhos violeta.



Com isso oficialmente eles estavam casados.











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Notas Finais




Eu to lançando enquanto estou fazendo outra fic eu vou lançar um cap desse em um dia e no próximo no outro. Esse é o plano.

Deu mesmo muito trabalho, por isso, na moral, na moral pelo amor de Deus, comentários ajudam para o caraio.

Good Omens - OmegaverseOnde histórias criam vida. Descubra agora