meu nome (não) é Mary || joseph quinn

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Eu já estava acostumada a acordar com ele ao meu lado, estava acostumada a mergulhar num mar de Joseph Quinn em todas as manhãs onde só um pouquinho de sol entrava através das cortinas. Em contrapartida, se havia uma coisa com a qual eu não estava acostumada — era, obviamente, uma completa novidade —, e provavelmente nunca me habituaria, essa coisa era o sexo matinal. Com ele.

Eu nunca namorei, mas já dormi com alguns caras — e eles geralmente acordavam, me davam um beijo na testa e saíam para nunca mais voltar, depois de uma transa bem meia-boca. O sexo de ontem definitivamente não foi meia-boca. Nem a nossa segunda tentativa de tomar banho juntos. Ele estava mais pegajoso em mim do que o normal, eu estava adorando isso; e acho que, por isso, acordei com seu bom dia rouco no meu pescoço e seu quadril pressionado daquele jeito, naquela manhã, contra a minha bunda.

Ele estava me fazendo carinho inocentemente, deixando carícias em meus braços, em minhas coxas, sem extrapolar para locais mais íntimos, temendo que eu ainda estivesse dormindo. Joe era maior do que eu, o que me fazia sentir seu peso contra mim e ser coberta pelo seu corpo inteiro. De costas para ele, eu estava sorrindo ao perguntar:

— Você não se cansa?

Ele também estava sorrindo ao responder baixinho:

— De quê? Não entendi.

Ele se achava mesmo capaz de se fazer de sonso para cima de mim.

— Ah, não entendeu?

— Não.

Ele beija o meu ombro, passando a mão para dentro do meu short de pijama ao meu sinal de consciência. Meu corpo meio que arqueia; não de susto, mas de aprovação à sensação de suas mãos daquele jeito em mim outra vez. Tudo bem, já estou bem acordada.

Tateio seu corpo atrás de mim até encontrar a peça de roupa que esconde a parte de seu corpo que está mais pressionada. O bom do sexo matinal é não estar preocupado com a pressa. Está claro que adoramos acordar um ao lado do outro e que queremos isso sem muita enrolação, então ninguém fica ofendido quando as roupas são retiradas rapidamente, e nem com a falta de beijo. O edredom nos aqueceu durante toda a noite, então a sensação quente quando ele penetra o meu corpo ainda preguiçoso é tão gostosa que é injusta. Nossos movimentos são lentos, o que nos ajuda a sentir cada pedaço de pele que encosta um no outro. Seu peitoral e suas coxas com aquele tom de sono roçam em mim, o cabelo bagunçado espalham-se nas minhas mãos, a respiração de ambos tornando-se rápida.

Mais rápido, mais rápido, mais rápido.

— Não, Jasmine — eu amo o meu nome ofegando em sua boca —, não me canso de você.

❯❯❯

As descobertas a serem feitas sobre ele não paravam. Ao que tudo indica, Joseph tem miopia, e agora mesmo está usando óculos de grau com a armação preta, para ler um tutorial de como consertar determinada parte debaixo da pia da cozinha, que Giulia quebrou sem querer. A pobre mulher está batendo o pé no chão e roendo a unha, ainda ansiosa mesmo depois de ter pedido desculpas um milhão de vezes. É nisso que se torna uma criança que leva muita bronca quando quebra algo sem querer — e eu entendo, porque é por essa mesma razão pela qual eu não consigo chorar na frente de ninguém. No caso de Giulia, Joseph já repetiu que estava tudo bem, que não havia problema, que ele podia consertar, e ela permanece com o semblante todo franzido.

Enquanto isso, eu estou sentindo o cheiro da minha segunda xícara de café e lendo um documento no notebook, na mesa de jantar. Joseph desceu as escadas naquela manhã comentando sobre precisar enviar as respostas de um "questionário de rotina" para o diretor do próximo filme que ele gravaria. Chegando aqui embaixo, nos deparamos com uma Giulia desesperada por ter, acidentalmente, quebrado uma parte da encanação, ao colocar uma cadeira para subir e pegar algo no armário de cima e ter esbarrado — por isso, agora Joe está sentado no chão, entre diversas ferramentas de conserto; e eu — euzinha — estou respondendo o questionário por ele.