Juliette Catarina de Bragança
Jovem de 25 anos, recém licenciada em Psicologia, filhinha de papai. Apesar de ser muito inteligente nunca teve que se esforçar para conseguir os seus objectivos.
Tudo o que possuía provinha da fortuna dos Bragança. Família abastada e considerada na região. Não tanto pela bondade mas pela riqueza e poder na sociedade.
Juliette cursou Psicologia pois lá no início vivia enfeitiçada por um menino do mesmo curso. Ela nunca iria exercer a profissão.
A paixão no entanto durou apenas um semestre. Tal como com outras coisas ela rapidamente se cansou, despedaçando o coração do menino.
No entanto, ela gostava do ambiente da faculdade e resolveu terminar o curso.
A princípio os pais não entenderam porquê Psicologia mas também não se esforçaram para entender. Era o xódó deles e fariam tudo o que ela quisesse.
Devido ao seu jeito egoísta, egocêntrica e autoritária não tinha muitos amigos.
Alguns colegas da faculdade que por conta dos prazeres que ela podia proporcionar viviam de bajulação.
Na sociedade era tolerada pela posição dos pais.Nada disso importava. Ela sentia-se poderosa e fazia questão de o mostrar em várias ocasiões. Fosse na roupa ou nos acessórios que usava ou nos vários carros que ela fazia questão de exibir.
Apesar de tudo ela sentia-se sózinha. Era orgulhosa demais para admitir mas à noite no seu quarto quando deitava a cabeça no travesseiro, deixava rolar uma lágrima, querendo que surgisse alguma coisa que fizesse sentido.
Dormia com este pensamento mas ao acordar ressuscitava a Juliette perdida e fútil.
Rodolffo de Albuquerque
Jovem de 28 anos. Recém licenciado em Medicina. Solteiro.
Descendente de uma familia abastada, no entanto o pai havia perdido toda a fortuna numa mesa de jogo deixando a família na mais absoluta miséria.A casa da família foi arrestada para liquidar parte das dívidas e foram viver para uma pequena casa que por sorte os avós não passaram para o nome do filho, então ainda não fazia parte do património.
Com remorso do mal que tinha causado o pai do Rodolffo refugiou-se na bebida e em poucos meses faleceu.
Rodolffo passou a viver só com a mãe. Os dois tiveram que procurar trabalho para sobreviverem.
A mãe tornou-se bábá e Rodolffo trabalhava no que aparecia. Afinal ele tinha apenas 16 anos quando a vida lhe pregou esta partida.Resignado, abandonou os estudos no primeiro ano para os retomar logo que pode. A vida tinha sido madrasta com ela mas não lhe levaria os sonhos.
Com esforço dele e da mãe conseguiu entrar na tão sonhada faculdade de medicina. Era sonho de criança que ele iria concretizar.
Com dificuldade conseguia conciliar trabalho e estudo, mas, a sua determinação era o seu bem precioso. Por vezes abdicava do descanso e até de se alimentar para estudar.
Era um jovem humilde e simpático, querido por todos os que privavam com ele. Na faculdade sempre foi muito respeitado pelos professores que conheciam a sua história e sempre se prestaram em ajudá-lo.
A mãe não cabia em si de orgulho quando ele recebeu o seu diploma médico.
Hoje ele iria começar uma nova etapa. Tinha entrado para o quadro do pessoal do grande hospital da cidade.
Apesar da felicidade, o objectivo do Rofolffo não era ficar no hospital.
Para tristeza da sua mãe, ele queria integrar a organização Médicos pelo Mundo. Queria fazer medicina onde houvesse mais necessidade. Onde as pessoas não têm acesso a cuidados primários de saúde, mas por enquanto estar no hospital era bom para adquirir experiência.
A mãe pedia a Deus que ele encontrasse uma boa moça que o fizesse mudar de ideias. Ela queria ter netinhos e os projetos do Rodolffo não comportavam filhos.
Aos 20 anos apaixonou-se por uma jovem mais velha que lhe despedaçou o coração ao traí-lo com outro. Desde aí nunca mais se relacionou com ninguém.