Acordei quando um raio de sol invadiu o nosso quarto. Olhei para o lado e a minha Ju dormia serena.
Tomei o meu banho e fui fazer o café. Preparei a mesa na varanda com café, pão, biscoitos, frutas variadas e outras coisas que a mãe da Ju mandou.
Fui ao quarto acordar a dorminhoca, mas, já havia acordado.
- Vem, dorminhoca! Já fiz o café.
- Estou com preguicite. Vem cá. Quero beijinhos.
Saltei para a cama e deitei-me em cima dela dando-lhe beijinhos na cara, nas bochechas, nos olhos, na testa e por fim parei nos lábios dando-lhe um beijo apaixonado.
- Quero assim todos os dias.
- Sempre meu amor. Agora tomar café.
- Primeiro vou tomar banho. Mas eu preciso de ajuda por causa do bébé.
- Como assim? Ainda nem se nota a barriga!
- Mas o bébé quer chamego do papai.
- Tá bom! Pelo bébé eu estou disposto a outro banho. Vamos.
Peguei nela ao colo e levei-a para o duche. Ajudei-a a lavar e depois a secar os cabelos.
O dia estava no início. Sentado no exterior, tomando café pude apreciar a beleza do sítio. Não foi à toa que a Ju escolheu este local para se refugiar.
De dia ainda era mais bonito.- Ju! Vinhas muito aqui?
- Não. Vim só 2 vezes antes dos meus pais se separarem. E depois de adulta só vim 1 vez.
- Este é o único imóvel que eu quero da herança do meu pai.
- E o resto, o que vais fazer?
- A casa onde vivia dei ao Matias. Outra dei à minha madrasta. O resto vou vender e aplicar o dinheiro ainda não sei em quê, mas tenho algumas ideias.
- Vou querer ajudar no que puder.
- Vamos caminhar?
- Vamos. Vamos colocar calçado confortável e roupa também.
- Ju, leva chapéu. O sol está forte. Vou buscar duas garrafas de àgua.
- E leva fruta na tua mochila. Podes ter fome.
- Eu, né dona Juli? Já pus. E biscoitos também.
O que seria de ti sem mim, diz a minha Juli dando-me um selinho.
Abraçados, fomos caminhando pela mata. O caminho era estreito mas nada difícil.
Parávamos para procurar nas àrvores o passarinho que ouvíamos cantar, mirávamos as flores silvestres que corajosas despontavam da terra à procura do sol, um ou outro coelho saltitava à nossa frente e os esquilos que ligeiros subiam às àrvores.Rodolffo de câmara na mão queria fotografar tudo e muitas vezes rodava a câmara para mim apanhando-me desprevenida e nas mais diversas posições.
Riamos muito com a situação.
Depois de 1 hora de caminhada chegámos a um pequeno riacho.
Poderíamos ter feito o caminho em metade do tempo se não fossem as brincadeiras mas não era a mesma coisa.
- Amor! Podemos entrar na àgua? Perguntou a Ju.
- Nem trouxeste biquíni!
- Mas só estamos nós aqui.
- Tirámos os shorts e as blusas e fomos para a àgua em roupa interior.
O riacho tinha um caudal suave. A àgua era límpida e havia vários poços não muito fundos. Entrei e segurei a Ju para ela entrar.
Sentei-me na àgua com a Ju à minha frente. A àgua era tão gelada que ambos suspendemos a respiração até nos molharmos.
Ficámos os dois coladinhos olhando para o sol que teimava em atravessar a copa das àrvores e refletir os seus raios na àgua.
- Eu podia viver aqui para sempre, diz Rodolffo.
- É só querer.
- Tem o meu trabalho. Eu adoro ser médico.
- Amor! Eu cancelei a faculdade. Acho que vou optar pela Psicologia. Durante a missão a Angola eu vi que não me era tão indiferente.
- Eu apoio o que quiseres.
- Mas por agora eu vou focar na gravidez. Depois do bébé nascer eu resolvo. Felizmente posso fazer isso. Não preciso de um salário como a maioria das mulheres.
- E tens aqui o papai que te apoia 100%.
- O voluntariado mudou a minha visão do mundo. A missão em Angola então muda qualquer um. É impossível alguém vir de um programa desses e ser o mesmo.
- Por isso eu queria ir para os Médicos pelo Mundo.
- E desististe? É bom para o crescimento pessoal.
- Como vou agora numa aventura dessas? Agora não estou sozinho. Tenho tu e o bébé.
A Ju deitou a cabeça para trás e dei-lhe um beijo.
- Amo-te. Obrigada por estares comigo.
- Amo-te mais. Obrigado por me quereres.
- Sempre.
- Agora?
Olhámos à volta e éramos nós e os animais. A Ju virou-se de frente, sentou no meu colo e iniciámos um beijo que terminou num sexo gostoso. A àgua já nem era assim tão fria. O nosso fogo aqueceu-a.
Por fim rimos desta safadeza, aliviados por não termos sido apanhados.
Saímos da àgua e como não tínhamos toalha resolvemos vestir a roupa sem roupa interior.
Comemos a fruta e colocámos a roupa molhada no saco da mesma.
Retornámos à nossa trilha abraçados e aos beijos. Demorámos a chegar pois em todo o caminho viemos a provocar-nos um ao outro.
Rodolffo abraçava-me por trás, dáva-me um beijo no pescoço e passeava as mãos ora por baixo da blusa ora dentro dos shorts.
Eu fazia-lhe o mesmo e por isso e muito mais nunca mais chegávamos.
Era perto da hora de almoço. Entrámos em casa e fomos para o duche apagar o fogo que nos consumia.
Foi um sexo que durou o tempo do duche pois as preliminares já tinham acontecido na caminhada.