Flame - CONCLUÍDO

Capitulo 24

Heitor

Eu me sinto completo e realizado, a mulher que eu amo vai morar comigo e nada podia me abalar.

- Sr. Villares, a Srta. Lavínia está aqui e deseja falar com o senhor. - Claudia me avisa pelo telefone.

Recebi diversas mensagens dela hoje e bloqueei, ela sempre arruma um número novo ou um jeito diferente de me perturbar.

Não quero me estressar então neguei a entrada dela, Lavínia sempre me procurava pra me atazanar e eu não tô muito afim de perder a linha. Não hoje.

Olhei para o relógio, são 14h12 e percebo que trabalhei demais esquecendo da hora do almoço, saio da minha sala e vejo a mulher sentada no sofá de espera.

Porra, que mulher chata do caralho.

- Já falei que estou ocupado e não quero falar com você Milena. - passo direto por ela entrando no elevador.

Percebo seus passos atrás de mim e ela entra na caixa metálica ficando ao meu lado.

- Não sabia que agora você transava com crianças. - ela atira sobre mim essa frase nojenta e me tira do sério.

- Ficou louca porra? - cresço pra cima dela enquanto um sorriso aparece em seu rosto.

- Como foi comer a filhinha do seu chefe? E se não bastasse isso, engravidou a garota. - ela solta uma gargalhada e a raiva toma conta de mim - Por que você é tão difícil? Todos sabemos que esse romancezinho fajuto não vai durar muito tempo. Aquela putinha vai cansar de ficar com um homem como você, ela quer curtir e aproveitar a vida, aliás, quem garante que aquele filho é seu mesmo né?

Me controlo para não socar a cara dela ali mesmo, eu nunca levantei o dedo pra uma mulher se quer mas essa mulher me faz querer arrancar a língua dela fora.

- CALA A SUA BOCA PORRA! - a pressiono na parede de metal gelado e encaro seus olhos com ódio - A próxima vez que você falar da minha mulher e do meu filho assim, eu não vou medir esforços pra me controlar. Não aparece mais na minha frente nunca mais!

Como mágica quando termino de falar as portas do elevador se abrem e eu saio em disparado perdendo até a fome consumido pelo ódio e pelas palavras nojentas da loira.

Maitê

Reuni meus pais na sala de jantar para conversar sobre a minha mudança.

- Então, eu e o Heitor decidimos que a melhor opção agora seria morarmos juntos.

- O que? Pelo amor de Deus Maitê, de jeito nenhum. - meu pai perde a linha.

Como sempre minha mãe consegue acalma-lo e então prossigo.

- Queremos aproveitar cada momento da gestação juntos e quando o bebê nascer será mais difícil ainda.

- Heitor pode vir pra cá, pronto, resolvemos o problema. - meu pai é realmente difícil de lidar.

- Querida, é realmente isso o que você quer? - minha mãe me encara atenta.

- Sim mamãe, eu quero isso.

Meu pai bufa claramente não gostando dessa ideia.

- Maitê filha, você tem tudo do bom e do melhor aqui, Heitor pode ficar aqui até que o bebê fique maior, não será nenhum problema pra nós.

- Papai, eu quero construir minha família assim como vocês construíram... - pego sua mão olhando profundamente em seus olhos - Eu amo ele, e não é como se eu fosse me mudar para o outro lado do mundo. Nós vamos nos ver sempre, nada vai mudar na nossa relação.