Capitulo 18

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Maitê

Heitor acordou mais cedo que eu e foi trabalhar, arrumei as coisas da faculdade e fui pra aula.

Fiquei pensando a manhã inteira na nossa noite juntos, ele disse que me ama e eu com medo de não ser correspondida. Eu estou muito realizada com meu relacionamento.

Minha cabeça estava explodindo, era sempre assim em época de provas, eu me sobrecarregava e me sentia pesada até que eu soubesse a minha nota e aí sim eu conseguia relaxar.

- Preciso marcar uma consulta para começar a tomar anticoncepcional, você tem algum pra me indicar? - pergunto para Cami enquanto almoçamos no refeitório da faculdade.

- Tenho o meu, ele é perfeito mas para marcar as consultas com ele é bem demorado. - ela diz colocando um pedaço de almôndega na boca - Ele é o melhor da região e o mais procurado.

Pego o telefone do consultório e salvo no meu celular. Passei o resto do dia estudando para as provas, meus pais iriam voltar na próxima semana estão eu estaria mais tranquila para conversar  com meu pai.

1 semana depois

Faz 2 dias que meu pai voltou, estamos criando coragem para falar com ele. Saindo da faculdade passei na empresa pra ver Heitor.

- Eu to com medo, amor. - falei pra ele

- Vai dar tudo certo, apesar de tudo saiba que eu te amo muito ok? - ele diz acariciando meu rosto.

- Eu também te amo muito. Então vamos marcar o jantar para amanhã?

- Sim, vamos contar amanhã.

Enlacei meu braço na sua cintura e nos beijamos, sua língua invadia minha boca e senti arrepios me tomando.

- Heitor, preciso dos papei... - meu pai entra na sala - QUE PORRA É ESSA?

O tablet que ele segurava se espatifou no chão. Ele vem na direção de Heitor e eu não consigo ver mais nada além de meu pai em cim dele deferindo socos em seu rosto.

As lágrimas embaçam minha visão e eu sinto um desespero fora do comum.

- SEU FILHO DA PUTA, O QUE PENSA QUE TÁ FAZENDO COM A MINHA FILHA? - meu pai grita enquanto percebo o sangue em suas mãos.

Minha vista fica preta e não consigo me lembrar de mais nada.

Minha cabeça está doendo, sinto pontadas e meus olhos latejarem. Abro meus olhos lentamente me deparando com quarto branco.

- Heitor... - tento chamá-lo mas a única coisa que vejo é minha mãe surgindo na minha frente.

- Calma meu amor - ela sussurra pra mim

Acordo por completo e procuro com o olhar algum sinal dele, me remexo na cama e vejo alguns aparelhos preso a mim.

- Cadê ele mãe? - um nó se forma na minha garganta - Cadê o Heitor? Ele está sangrando... o papai... - as lágrimas começam a descer sem parar.

- Ele está bem meu amor, fique calma. - ela me segura para que eu me mantenha na cama do hospital - Seu pai perdeu a cabeça quando viu vocês juntos, alguns funcionários da empresa separaram a briga antes que acontecesse algo pior - sinto meu estômago revirar e mais lágrimas se acumulam na minha garganta.

- A-aonde ele está mamãe? Eu preciso vê-lo.

- Ele está aqui no hospital, precisou levar alguns pontos mas ele está bem. Não acho que seja a melhor hora para ver ele Maitê, se seu pai pega-lo com você novamente não sei do que ele será capaz.

Sinto minha visão escurecendo e chacoalho a cabeça.

- O que aconteceu comigo? Eu não me lembro de ninguém separando a briga deles

- Você acabou passando por um estresse muito alto e desmaiou, minha filha. Agora você precisa descansar, logo os médicos estarão com o resultado dos seus exames e podemos ir pra casa.

- Mamãe, por favor. Eu preciso ver ele, eu não posso ficar aqui e esperar que fique tudo bem. Tá doendo.. - aponto pro meu coração - aqui dentro.

- Vou tentar falar com ele para vir aqui, seu pai está lá fora esperando pra te ver. Eu falei pra ele que talvez vá não queira vê-lo quando acordasse mas que iria falar com você.

Alguns minutos se passaram desde que mamãe deixou o quarto quando ouço a porta se abrindo e a cena que vejo parte meu coração.

Heitor está com um olho roxo e vários machucados ao longo do rosto, alguns pontos no supercílio e outro no lábio.

- Ah meu amor, eu sinto tanto por isso - eu digo quando ele chega próximo a mim, meus olhos estão encharcados e enquanto eu o abraço.

- Não foi culpa sua meu anjo, eu vou ficar bem. E como você está? - ele diz segurando meu rosto.

- Me perdoa Heitor... - eu começo a chorar sem parar.

- Shhhh... não precisa chorar meu amor, eu tô bem. - encosto minha cabeça em seu ombro e ficamos alguns minutos assim quando ouço a porta abrir novamente e vejo um médico entrando com uma prancheta nas mãos.

- Srta. Montes, como está se sentindo? - ele me pergunta mas não tenho tempo para responder quando vejo meu pai atrás dele pronto para matar Heitor.

- O que esse desgraçado está fazendo aqui? - ele grita - EU NÃO QUERO VOCÊ PERTO DA MINHA FILHA.

- Papai, por favor - começo a sentir meu coração disparar e a máquina ao meu lado fazendo barulho ainda mais rápido.

- EU VOU TE MATAR SEU PEDÓFILO! EU TENHO NOJO DE VO... - meu pai tenta se aproximar mas eu o corto

- PARA! - dou um grito em meio a choro - Se você se aproximar dele eu juro papai, eu nunca vou te perdoar.

Meu pai me olha com decepção e permanece onde está.

- Sr. Montes por favor, pedimos que nessa fase a Maitê não passe por estresse ainda mais pelo episódio que aconteceu a poucas horas - o médico coloca a mão no ombro do meu pai - demos sorte que o bebê está bem, mas agora você precisará de repouso total Maitê.

O que? Bebê?

Pisco algumas vezes olhando pro médico.

- Bebê? - pergunto sem reação alguma e me esquecendo de tudo em volta.

- Você está grávida, com 5 semanas de gestação. Você não havia descoberto?

Porra... não pode ser.

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Como prometido mais um capítulo hoje

Baby MaiTor a caminhooo🤰

O que vocês acharam?

Avalieeeeem

Flame - CONCLUÍDOOnde histórias criam vida. Descubra agora